Departamento de polícia às sete e meia da manhã, Giovanna está sentada em sua sala com a mão esquerda enfiada no bolso de sua calça jeans preta, seus pés coberto por um tênis preto com detalhes em dourado, usando uma camisa lisa branca e uma jaqueta na cor preta. Sua mão direita batuca sobre a mesa branca, ao lado de um porta lápis azul e um porta retrato transparente com uma foto dela e William fazendo careta.
A delegada puxa uma das duas gavetas de sua mesa, retirando uma pasta contendo arquivos sobre um caso, quando Gustavo bate à porta.
Giovanna olha para a porta.
-Pode entrar!
Gustavo entra, usando um óculos de sol preto, calça jeans azul-escura, camisa preta e o seu distintivo encaixado no cinto preto. O policial encara seriamente a delegada. Gustavo passa as mãos sobre o cabelo.
Giovanna bate na mesa.
- Vamos fala logo! O que o William aprontou agora?
Gustavo olha para a mulher à sua frente e balança a cabeça em sinal de negação.
- Não foi nada com o seu filho, dessa vez. Temos mais uma vítima.
Ao ouvir isso, Giovanna, passa as mãos sobre o rosto.
- Vamos! Imediatamente.Ela pega suas chaves, que estão ao lado do porta retrato e sai apressadamente ao lado de Gustavo. Enquanto isso, no colégio Peixoto William está sentado numa cadeira, recostada em uma parede amarela, cercada por azulejos azuis. Ele está de cabeça baixa, esfregando as mãos em sua calça jeans preta. Quando a porta marrom da sala da direção se abre e Ana Clara usando um terno feminino verde, e sapato social da mesma cor sai da mesma, acompanhada por Marlene a vice-diretora da instituição, uma mulher de 57 anos, branca, cabelos grisalhos, usando óculos de grau, um vestido longo e florido.
Clara olha de lado para William, que matem a cabeça baixa, evitando
o contato visual. Ela se aproxima e toca no ombro do garoto, fazendo um sinal com a cabeça para que ele a acompanhe.
Então Marlene olha para William.
- Se continuar assim, você acabará sendo expulso.
William olha para a mulher e abre um sorriso de lado.
- Seria um presente não ter mais que olhar para a sua cara.
No mesmo instante Clara olha seriamente para o afilhado
-Will isso não é jeito de falar com as pessoas, seja mais respeitoso.Em seguida ela olha para Marlene.
- Peço desculpas pelo comportamento do meu afilhado, prometo que vou conversar com as mães e faremos de tudo para, o colocarmos na linha.
Marlene sacode a cabeça.
- Espero que mude de postura William.
Ela volta para a sala da direção, e William começa a caminhar para a saída, sendo acompanhado por Clara que toca em seu braço.
- O que deu em você? É a quarta vez só nessa semana, que me ligam do colégio para fazerem alguma reclamação sobre você.
William olha para o lado.
- Desculpa! Sei que deveria estar no trabalho e eu atrapalhei o seu dia.
Ele suspira.
- Liguei para minha mãe Maya, mas ela não atendeu, mandei mensagem e ela me respondeu que não está na cidade e só retorna amanhã, e como eu não queria encarar a mãe Giovanna. Então liguei para você.Clara coloca a mão direita no queixo do garoto, o fazendo olhar para ela.
- William, eu não me importo de sair da galeria porque você precisa de mim, o que me deixa preocupada é o motivo.
- Dessa vez por pichar a escola. Outro dia, por se meter em brigas, responder aos professores em sala.
O garoto começa a estralar os dedos.
- Vai contar para minha mãe Giovanna que eu fui suspenso? Ana Clara aperta levemente o ombro dele.
-Logico! Não posso esconder algo assim dela.William bate com a palma da mão no meio da testa.
-Ah ela vai me matar.
- Com a mãe Maya eu consigo contornar.
Clara começa a rir e abraça o menino de lado, eles caminham até o enorme portão verde na frente do colégio.
Distante dos portões do Peixoto, vemos Giovanna recostada no carro preto da viatura policial, conversando com mais dois policiais. Então ela começa a andar na direção de um bosque cercado por eucaliptos e plantas rasteiras. Giovanna coloca uma das mãos na faixa amarela que isola o local do crime, passando por baixo da mesma. Giovanna se aproxima de Clarissa, a perita técnica de 27 anos que está conversando com Gustavo. Gustavo sorri para a perita.- Então na minha casa ou na sua onde será o nosso primeiro encontro? Ele retira o óculos e pisca para a garota, que ri e da um tapa de leve em seu ombro.
Clarissa passa a mão sobre os cabelos.
- Por Deus Gustavo, você não muda. Sempre marcando em cima.
Gustavo se aproxima e puxa a garota pela cintura.
- Não perco as oportunidades que a vida me dá.
A garota fica vermelha e antes que ela diga algo é interrompida pelo som da voz da delegada.
- Atrapalho?
Giovanna ergue a sobrancelha.
- O amor é lindo mais nós temos um trabalho a fazer. Ela olha para o corpo do garoto que está deitado no chão de terra, usando calça jeans, azul-clara, tênis velho, rasgado e uma camiseta branca, coberta por sangue, seu rosto está irreconhecível.
Clarissa e Gustavo se afastam.
-Desculpa. Falam ao mesmo tempo.
Giovanna revira os olhos e se aproxima da perita.
-Me diga o que sabemos sobre a vítima?
Clarissa olha para o monobloco branco.
em sua mão e começa a ler.- Não conseguimos ainda, identificar a vítima, o garoto está sem documento e parece ser um morador de rua.
Larissa chega correndo.
- Eu falei com uma garota que estava parada, naquela árvore pois perceci que ela parecia conhecer a vítima.
- Ela disse que se chama Eduarda e que a vítima era seu amigo Thomás Jones, 16 anos.
A policial fala tudo de forma corrida.
Clarissa dá um tapinha nas costas de Larissa.
- Bom trabalho policial!
- Posso dizer que pelo rigor pós morte, o Thomás foi morto entre as 12 e 2 da manhã de hoje.
Giovanna coça a cabeça.
- Qual a causa da morte?
Clarissa olha para o corpo e depois para a delegada.- A vítima teve politraumatismo, foi acertado diversas vezes na cabeça com um objeto maciço.
- Não encontramos a arma, mas pelo formato e profundidade dos machucados.
- Posso afirmar que ele foi atingido por algo pesado.
Giovanna se agacha próximo ao corpo.
- Então ele foi morto igual as últimas três vítimas.
Gustavo
- Céus! Temos um serial killer à solta.
Giovanna respira pesado.
- Creio que sim, mas para afirmarmos.
- Precisamos estudar mais sobre as vítimas, encontrar pontos em comum e assim poder formar o perfil do assassino.
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Distrito 29
RomanceGiovanna Torres é a chefe do 29 distrito do departamento de homicídios, ela tem em suas mãos a missão de parar um serial killer que está matando adolescentes e ao mesmo tempo em que precisa resolver problemas pessoais com a ex mulher por quem ainda...