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No 29 distrito Gustavo recosta na parede, fecha os olhos e suspira.
- Que merda cara!
- Sinto que está tudo prestes a desmoronar.
Clarissa se aproxima dele.
- Está tudo bem?
- Você saiu do hospital tão nervoso.
Gustavo ajeita seu uniforme e depois olha para ela.
- Claro!
- Você insinuou que eu fiz algo contra aquela garota.
A perita passa a língua sobre os lábios.
                            Clarissa
- Você é policial e sabe que uma parte do trabalho é justamente analisar Como as pessoas se portam.
- E tentar ver se por acaso elas dão algum indício de uma possível.
Ela fala tudo se aproximando do policial que dá uns passos para trás, Clarissa observa casa expressão de Gustavo.
                              Gustavo
- Eu!
- Não tenho nada a temer.
- Não sou culpado.
Ela mexe os ombros e a cabeça.
- Fico feliz por você, então.
- Bem, eu tenho que voltar para o escritório da perícia técnica, tenho muito trabalho.
Antes que ela saia.
                               Gustavo
- Espera!
- Vai precisar da minha ajuda?
                                Clarissa
- Eu te disse que não trabalharia com você.
- Se eu achasse que tem alguma possibilidade de você ser o culpado.
- Infelizmente nesse momento eu acho.
Ela se vira e sai, deixando Gustavo sem reação.

Na galeria Christopher olha seriamente para Ana Clara, que continua atenta a tela do seu notebook.
                           Ana Clara
- Vai ficar o dia inteiro me encarando, senhor Collins?
                            Christopher
- Quero esperar pela Manoela.
Ana Clara revira os olhos.
- O homem chato!
- Gruda mais que carrapato.
Fala para se mesma, depois olha para o empresário.
- Sem querer ser repetitiva.
- E ao mesmo tempo sendo.
- Ah Manoela não vai aparecer por aqui hoje.
Christopher fecha os olhos irritado e caminha para a porta.
- Obrigado!
- Por nada Ana Clara.
Ele sai e a galerista ri de lado.
- By senhor Collins!
- Volte sempre.
Ela pega o celular e verifica as mensagens.
- Nada da Manoela.
- Pelo lado bom.
- Isso significa que o William não piorou.
- Pelo ruim ele não melhorou.
Colocando o aparelho novamente em cima da mesa.

Enquanto isso no hospital Maya está com a cabeça recostada no ombro de Giovanna, ela cochila quando o médico a desperta.
                                 Otto
- Senhoras!
Maya abre os olhos tentando se adaptar a luz e Giovanna levanta e olha para médico.
                             Giovanna
- Dr!
- Está tudo bem com o nosso filho?
                                  Otto
- Bem, repetimos os exames.
- E não dectamos alteração.
- O cérebro do William está trabalhando normalmente.
Maya franze o rosto.
- Se tá tudo bem!
- Por que ele não acorda?
O médico olha para as próprias mãos e depois para ela.
- Ah verdade é que clínicamente o seu filho, tirando algumas escoriações está bem.
- Ele já deveria ter acordado!
- O cérebro humano é complexo.
- Ele pode acordar a qualquer instante.
O médico sai e as mulheres se abraçam.
Giovanna acaricia as costas de Maya.
- Vai ficar tudo bem meu amor.
Ela beija o topo da cabeça de Maya que acaricia o seu braço.

Júlia chama Larissa para tomar um café, em uma lanchonete ao lado do distrito policial.
Larissa mexe o açúcar no fundo da xícara.
- Não deveria estar tomando café com a filha do meu chefe!
Júlia fecha o punho irritada.
- Dá para você esquecer por cinco minutos quem é o meu pai?
- Tá chato isso.
Larissa toma um gole do café.
- Desculpa.
- É que eu gostei muito de ter te conhecido.
- E o fato do Brandão ser seu pai, me assusta.
A policial passa a mão pelo cabelo.
- Além de chefe, ele vai ser meu sogro.
Ela não percebeu o que tinha dito, até ver o sorriso nos lábios de Júlia.
                            Larissa
- Eu falei sem pensar.
- Tá
- Eu.. eu...
Ela começa a gaguejar e Júlia ri, muito do seu nervosismo. Júlia passa a mão pelo braço de Larissa.
                               Júlia
- Calma garota!
- Relaxa.
- Então quer dizer que você me vê como uma candidata a namorada?
Larissa cora e abaixa a cabeça. Júlia coloca a mão no queixo da policial, erguendo a sua cabeça a fazendo olha-la.
                              Júlia
- Porque eu amei a ideia.
- Lari, eu quero você na minha vida.
Ela coloca as mãos no rosto da policial e a beija.

No escritório da perícia técnica Clarissa, coloca seus equipamentos e começa a fazer alguns testes

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No escritório da perícia técnica Clarissa, coloca seus equipamentos e começa a fazer alguns testes.
- Ainda bem que eu peguei uma cópia do prontuário da desconhecida no hospital.
Ela lê o documento, várias vezes.
- Ela conseguiu arranhar o agressor.
- Preciso comparar o DNA com, o que obtive da vítima anterior e saber se é o mesmo ou se temos agressores diferentes.
Ela usa lentes de aumento para analisar o material genético. Clarissa tenta focar no trabalho, mas seus pensamentos estão na noite que ela encontrou Gustavo de madrugada a caminho do distrito.
- Ele estava tão estranho.
- E se recusou a explicar o que foi aqueles arranhões.
- Estava tão recente.
Ela passa as mãos sobre os cabelos
-Eu deveria avisar a Gio?
- Ela já tá com tantos problemas.
- Não é justo jogar isso nela, sem que eu tenha certeza.
Ela morde os lábios e balança a cabeça em afirmação.
- Vou ficar de olho no Gustavo.
- Por enquanto!
Ela respira fundo e volta a analisar o material genético. Ao mesmo tempo que Christopher após sair da galeria, entra no carro e começa a dirigir ele liga para Heitor.
                             Heitor
- Fala Chris!
- Cara eu em reunião espero que seja importante.
                           Christopher
- Não me importa o que esteja fazendo.
- Se eu te chamo você me atende.
- Entendeu?
Heitor resmunga algo inaudível
- Tá!
-  Do que você precisa.
                           Christopher
- Preciso que você me descubra em qual hospital o filho da Manoela está internado.
Heitor ri
- Você tá falando sério?
- Tem ideia de quantos hospitais!
- Existem nessa cidade?
                            Christopher
- Não me interessa!
- Se você terá que colocar o Rio de Janeiro abaixo.
- Mais faça o que estou pedindo.
                                Heitor
- Ok
- Qual o nome do muleque?
- Anotado.
- Certo logo te mando as informações.
Ele desliga e Christopher sorri vitorioso.

No hospital Giovanna está do lado de fora, fumando quando Maya vai até ela e a abraça.
                                Maya
- Sabe que isso causa câncer neh?
Giovanna ri.
- É o que diz na embalagem!
- Como você está.
Maya suspira.
- Por um lado mais calma, depois do que o médico disso.
- Mas por outro..
                               Giovanna
- Continua angústiada.
- Te entendo me sinto do mesmo jeito.
Maya acaricia a coxa de Giovanna.
- Quando disse para irmos devagar.
- Ao que se referia.
                               Giovanna
- Eu te amo!
- Mais as coisas que aconteceram.
- Me deixou muito magoada.
- E, eu só não quero tomar alguma decisão precipitada.
- Vamos com calma.
Maya beija as mãos de Giovanna
- Claro meu amor.
Elas sorriem e se beijam.

O momento fofo entre elas é interrompida pela chega de Christopher que deixa o buquê cair ao ver a cena

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O momento fofo entre elas é interrompida pela chega de Christopher que deixa o buquê cair ao ver a cena.
- Manuela!
Ele a chama, fazendo as duas olharem para ele sem entender nada.

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