Balavic em Paris? Siiiiiiim 😍
Voltei, vidas. E voltei com um capítulo enormeeeeee 🧡
Espero que vocês gostem e tenham paciência com as meninas 🥺
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“Cinco dias depois”
Hande teve que embarcar primeiro para a Turquia, onde mentiu para a imprensa sobre o seu destino após o campeonato, já que não fazia sentido algum ela ir para a Sérvia.
Ao chegar em casa, ela deu de cara com a sua irmã, jogada no sofá.
- Não estou nem um pouquinho surpresa...- revirou os olhos, chamando a atenção da Baladin mais velha.
- Han! – correu para abraçá-la. – Eu estava morrendo de saudades suas, sua ingrata!
- Eu também estava com saudades, irmã. – a apertou em seus braços, a soltando em seguida.
- Como é que ela está? – se referiu a Mirna.
- Acho que a uma hora dessas já deve estar na casa da Tijana. – respondeu, se jogando ao lado da irmã. – Vou para a terapia daqui a pouco e depois vou para lá.
- Você vai ter uma surpresa com o jardim! – Eda sorriu. – Por falar em Tijana, como foram as coisas? Foi muito constrangedor?
- Não. A família dela é bem acolhedora...
- Você tem essa sorte. – pontuou.
Houve um momento de silêncio.
- Nós conversamos. – Hande o quebrou.
- Conversaram sobre aquilo que não deve ser nomeado? – perguntou preocupada.
- Aquilo já pode ser nomeado, Eda. – sorriu para ela. – Ela esclareceu tudo e me fez entender o lado dela da história.
- Que é...
- Ele não aceitava o fim do namoro e pediu para ela esperar até eles se encontrarem novamente. – explicou. – Ela não conseguia encontrar um modo de me contar e deu no que deu.
- Foi isso que aconteceu? – devolveu incrédula.
- Sim, irmã. – se levantou do sofá. – Agora, eu preciso ir. Já estou atrasada com a terapia.
- Mas Hande...
A turca saiu correndo escada acima, antes que sua irmã resolvesse insistir mais no assunto.
(...)
- Finalmente o dia do nosso encontro chegou. – pontuou Azia, assim que a turca entrou no consultório. – Sinta-se a vontade.
- Não faz tanto tempo assim. – tentou desconversar, deitando no sofá marrom.
- Foram dez dias, Hande. Quando nos falamos, você estava com receio de enfrentar um adversário difícil. – a lembrou. – O que houve depois disso?
- Eu não sei se você vai gostar de saber...- disse envergonhada.
- Me fale apenas quando se sentir a vontade. – Azia a acolheu. – Não temos pressa alguma, está bem?
Hande sorriu para a sua psicóloga, se agradecendo por ter tomado aquela iniciativa de procurar ajuda psicológica e agora elas estavam há um ano juntas, nas sessões.
- Mirna sofreu um atropelamento. – disse de uma vez. – E eu fui até a Servia visitá-la.
- Mirna é a avó da Tijana, não é? – indagou, apenas para confirmar um ponto.
- Sim. – respondeu cabisbaixa.
- Lembre-se que eu não estou aqui para julgar você em nenhum momento. - voltou a tranquilizá-la. – Quando aconteceu?
- Dois dias antes da final do campeonato.
- Como você se sentiu assim que soube da notícia? Aliás, como soube?
- Eu liguei para o celular dela, assim que a partida havia acabado e nós já estávamos no quarto. – explicou. – Quem atendeu foi a Dajana e me disse tudo.
- Como você se sentiu? – voltou a insistir.
- Eu tive vontade de largar tudo e entrar no primeiro avião que eu conseguisse. – desabafou. – Mas a minha amiga me pediu para esperar ter notícias e eu esperei. – Continuou. – Assim que o campeonato acabou, eu aluguei um jatinho e fui para a Sérvia.
- Você alugou um jatinho? – indagou, anotando em seu bloco.
- Era a única forma de chegar lá mais rápido. – se defendeu. – Quando cheguei lá, só tive tempo para conseguir pegar um táxi no aeroporto e correr para o hospital em que ela estava.
- Quem estava lá?
- Toda a família Boskovic. – sussurrou.
- Ela estava lá? – Azia se referia a oposta.
- Sim, assim como os outros. – pontuou.
- Você quer falar sobre ela, ou paramos por aqui? – a psicóloga quis saber o limite de sua paciente.
- Eu pensei que fosse diferente vê-la novamente, mas eu não sei descrever o que eu senti. – disse. – Eu esperava sentir raiva dela, como estava acostumada a sentir sempre que nos reencontrávamos nas partidas, mas ela parecia tão fragilizada...
- Você sentiu pena dela? – quis saber.
- Não! – respondeu rapidamente. – Ela me disse a mesma coisa, que eu estava apenas com pena dela, mas eu não estava.
- O que estava sentindo?
- O que todo mundo estava sentindo...- justificou.
Azia fez uma pausa momentânea.
- Hande, o que você estava sentindo. – frisou o “você”.
A turca mais nova travou.
- Se não quiser falar, tudo bem. – a lembrou carinhosamente.
- Eu senti medo de que algo muito grave pudesse ter acontecido com a Mirna. – explicou. – Mas não senti apenas medo por mim e sim por ela.
- Você teve medo de que a Tijana pudesse perder a avó. – constatou Azia.
- Ela significa o mundo para ela e eu não quero nem pensar o que seria dela, caso o pior tivesse acontecido. – confessou.
Ázia anotou em seu bloquinho.
- Hande, o que foi fazer na Sérvia? – perguntou e a garota a olhou sem entender.
- Ázia, eu acabei de explicar...
- Certo. Esse foi um dos motivos. – assentiu. – Qual foi o outro?
Hande teve vontade de levantar e ir embora e quase o fez, mas precisava colocar tudo para fora.
- Eu precisava saber como ela estava e não sabia de outro modo para entrar em contato com ela. – explicou. – Claro que eu queria ver a Mirna, mas não foi apenas por isso.
- Me lembro que na última sessão, você falou bastante sobre ela e de como sentia falta dela nos jogos...
- Eu sinto falta dela em todos os momentos. – a interrompeu.
Ázia refletiu sobre aquilo e voltou a anotar.
- Nós conversamos e ela me explicou tudo...
- Explicou? – a interrompeu interessada, já que aquele seria um grande progresso de sua paciente.
- O garoto não aceitava o fim e pediu para que ela esperasse por ele. – disse. – Não estavam juntos, de fato.
- Você não me parece tão feliz por saber disso. – pontuou.
- Uma simples conversa, teria anulado toda a indiferença. – observou Hande.
- O que te faz pensar nisso?
- Que, mesmo se eu soubesse a verdade, tudo teria acontecido do mesmo jeito. – explicou. – Ela mentiu pra mim!
- Ela não mentiu para você. Na verdade, houve uma omissão de fatos. – explicou a psicóloga. – Isso não anula a sua mágoa, Hande. Mas nós entendemos que não é pior do que uma traição em si. Também não estou dizendo para você dar pulos de alegria por não ter sido traída, porque isso é o mínimo, mas o problema é um pouco menos complexo do que parece.
- Ela também está magoada, porque eu duvidei da índole dela...
- Ela jogou isso contra você? – perguntou preocupada.
- Pelo contrário. – sorriu ao lembrar. - A irmã dela pediu que eu me afastasse, porque a situação poderia fazer mal a nós duas, mas a Tica discordou e disse que a única culpada de tudo era ela.
Ázia sorriu e anotou.
Hande suspirou profundamente.
- Ázia? – a chamou. - O que eu devo fazer?
- Você já sabe o que fazer e está esperando por um validação minha. – argumentou. – Tente ir aos poucos e respeitando o seu espaço, Hande. Lembre-se de que paciência é uma virtude.
- Você tem razão. – sussurrou.
- Como será a volta para o clube? – mudou de assunto.
- Ainda tenho um mês e meio para me recuperar. – respondeu – Não vou poder jogar no início da temporada de clubes.
- Está confortável em voltar?
- Eu tenho que voltar. – rebateu.
- Você não me parece muito animada com isso. – a olhou desconfiada. – Estou certa?
- Algumas jogadoras saíram e outras chegaram, e eu só não estou tão sociável como gostaria.
- Não tem nada relacionado com a Tijana?
- Sim. – falou baixinho. – Não sei se estou pronta para vê-la sempre novamente.
- Vocês se viam toda hora porque eram namoradas, Hande. Antes de serem namoradas, eram amigas. Quero que tenha em mente que não é essa a situação que está esperando por você. – pontuou Ázia. – Consegue me entender?
- Sim. Agiremos como profissionais que somos e não teremos tanto contato.
- Não quer voltar ao menos a ser amiga dela?
- Ela tem um namorado. – respondeu amargamente. – Eu não suportaria a ideia de vê-la beijando outro. Consegue se lembrar de quando eu descobri o namoro?
- Tivemos que ter duas sessões por semana! – se lembrou. – Não queremos que você regrida no tratamento...
- Eu não vou regredir. – a tranquilizou.
- Me avise, se precisar ter duas sessões por semana. – a observou. – Hande...
- Vai ficar tudo bem, Ázia. – tentou sorrir pra ela.
- Você continua tomando a medicação?
- Continuo. – garantiu. – Sem mais ataques nervosos...
Ázia anotou em seu bloquinho.
- Quanto as tempestades? – perguntou.
- Eda estava comigo na última vez, há dois dias. – respondeu.
- Eda conseguiu sempre acalmar você, não é?
- Tijana também fazia isso. – pontuou.
Ázia refletiu e anotou.
- Olha, um ponto importante esse. – sussurrou. – Como você se sentia?
- Como se o mundo pudesse acabar e eu ficasse protegida por ela. – desviou o olhar. – É como eu me sentia.
Ázia anotou mais uma vez e deu continuidade a sessão com a turca, que durou um pouco mais. Hande estava satisfeita por poder conversar com a sua psicóloga, depois de tanto tempo. Ela era a única que pessoa que não tinha receio de falar a realidade para a ponteira e ela engolia em seco e aceitava tudo. Um dia, tudo aqui lo mudaria, e ela torcia para que fosse rápido.
(...)
Na casa de Tijana, Mirna reclamava de que a turca estava demorando muito.
- Estamos atrasadas para a fisioterapia! – reclamou, assim que a turca atendeu.
- Me desculpe, Mirna. Eu estava na terapia. – lamentou.
- Tudo bem, meu amor. Não está mais aqui quem falou. – se acalmou. – Como foi na terapia?
- Está tudo caminhando bem. – assegurou. – O meu motorista está chegando aí para buscar você, ok?
- Para onde iremos? Eu pensei que a fisioterapia fosse aqui...- indagou, confusa.
- Vamos fazer o nosso tratamento no clube. – disse animada. – Dá pra acreditar?
- No clube que vocês jogam? – perguntou desacreditada. – Como conseguiu isso?
- Digamos que o papai ajudou um pouco. – deu de ombros. – Preciso desligar agora, ou não vou conseguir chegar a tempo, ok?
- Tudo bem. Te espero por lá. – rebateu. – Um beijo.
- Beijo. – ela imitou o som do beijo, antes de desligar.
A oposta chegou a sala, vestida com o seu uniforme para o treino.
- Eu devia ter dito a Hande que não iria precisar de motorista. – lamentou Mirna. – Você poderia me dar uma carona.
- Carona para onde, vovó? – a olhou confusa. – Eu pensei que a senhora já estivesse fazendo fisioterapia agora...
- Hande vai me levar ao clube. – explicou.
- Hande vai levar a senhora para qual clube? – rebateu sem entender. – Eu pensei que a fisioterapia fosse em casa.
- Vamos ao Eczacibasi! – exclamou, animada.
- O quê? – perguntou incrédula.
- Hande disse que o pai dela deu um jeito. – explicou. – E nós vamos para lá.
- Claro que o pai dela daria um jeito, vovó. Ele é dono de parte do clube! – observou. – Um tratamento como o seu pode custar uma pequena fortuna!
- Que bom que eu ganhei, então! – sorriu animada.
- Não ganhou, não. Eu faço questão de pagar por tudo...
- Você não vai fazer questão de pagar nada, mocinha! – a repreendeu. – Ela apenas quis fazer uma gentileza e eu vou aceitar.
- Mas vovó...- tentou argumentar.
- Pegue o dinheiro que usaria e dê para uma instituição de caridade. – sugeriu e ouviu a buzina do carro, ao lado de fora da propriedade da neta. – É o motorista e eu preciso ir.
Tijana encarou a cena, completamente perplexa. Ela falaria com Hande e aquela conversa não iria demorar muito para acontecer.
(...)
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Love Story (Season two)
أدب الهواةLEIA "LOVE STORY" ANTES. O que você faria se tivesse uma segunda chance para concertar um erro? Era isso que Tijana Boskovic queria descobrir.