Manas do céu, quanto tempo, heim?
Eu sinto muito pela demora, vidas, mas a minha vida está de cabeça pra baixo e eu tô dedicando o meu tempo aos estudos, que nem sobra tempo para vir aqui 💔
Não vou prometer voltar rápido, porque eu sei que isso não vai acontecer, infelizmente.
Ps: Alerta gatilho, se você for sensível ao conteúdo, por favor, pule essa parte da história.
Espero que aproveitem, na medida do possível 🧡
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“Um mês depois”
Um mês havia se passado e as coisas entre Hande e Mirna não podiam estar melhores. As duas faziam fisioterapia juntas e era nítida a evolução da mais velha, assim como a recuperação. O fisioterapeuta ainda tentava conversar com a ponteira, mas ela não lhe dava brecha para isso.
- Ele claramente gosta de você. – disse Mirna, quando as duas chegaram ao estacionamento para aguardar por Tijana.
- Eu tenho percebido. – deu de ombros.
- Por que não tenta dar uma chance ao rapaz? – indagou, sentando no banco do passageiro, com a ajuda da turca.
- Eu não gostaria de que ficassem comigo apenas para tentar esquecer outra pessoa. – rebateu.
- Está falando da minha neta, eu presumo.
Hande suspirou.
- Estou falando da sua neta. – confirmou. – Ela pode ter seguido em frente, mas eu ainda não consigo e não quero alimentar falsas esperanças em ninguém.
- Você fala com tanta certeza de que ela seguiu em frente...- resmungou.
- Bem, ela tem um namorado, Mirna. – pontuou pacientemente.
- Tem mesmo? – a encarou.
A turca arqueou a sobrancelha e, quando ia falar algo, a Boskovic mais nova apareceu.
- Aí estão vocês! – exclamou, se aproximando de seu carro. – Hande, aquele homem pediu para te entregar isso. – ela estendeu um envelope para a outra garota, a contragosto.
Hande o pegou e abriu.
- Ah, são ingressos para o jogo de hoje a noite! – exclamou feliz. – Eu acabei me esquecendo. Obrigada, Tijana.
- Não por isso. – fingiu indiferença.
- Vocês vão juntos? – Mirna vez a pergunta que a neta não podia fazer e ela quase a beijou por isso.
- Não. – deu de ombros. – Eu havia comprado os ingressos mais cedo e acho que esqueci de colocar na minha bolsa. Devo ter deixado em algum dos bancos.
- Que bom que vai sair com os seus amigos, minha filha. – Mirna sorriu. – Você me parece tão cansada.
- Na verdade, vou com os seus netos. – disse envergonhada pela presença da morena.
- Não me diga que Vulk e Dajana estão importunando você de novo...- reclamou Mirna.
Tijana tentava a todo custo manter a expressão neutra. Ela não queria demonstrar, mas amava a proximidade que a turca tinha com a sua família, especialmente com os seus irmãos.
- Eles gostam de baquete, Mirna. Já fomos a um jogo, mas hoje é um jogo especial. – sorriu ao lembrar. – É o jogo das estrelas do basquete, em prol das vítimas do último terremoto. – explicou. – Eu consegui acesso vip para o Vuk conhecer os jogadores.
- Ele vai cair duro quando souber...- Tijana pensou em voz alta.
Hande a olhou rapidamente e desviou o olhar em seguida.
- Bem, eu preciso ir. – se despediu. – Nos vemos em breve, Mirna.
- Até logo, meu bem. – sorriu para ela.
Hande foi até o seu carro, sentindo que estava sendo observada e estava.
- Você pensou que ela iria com aquele cara, não pensou? – Mirna provocou a neta.
- Sim. – confessou, dando a volta no carro e entrando no banco do motorista. – Foi exatamente o que eu pensei.
- Uma hora ou outra, ela vai aparecer namorando. – a mais velha alertou. – Ou você acha que uma garota como ela vai ficar solteira para o resto da vida?
- O que a senhora quer que eu faça? – resmungou.
- Eu quero que reaja!
- Nós não podemos ficar juntas! – rebateu. – A senhora sabe os motivos...
- Eu mesmo posso acabar com a mãe dela para você!
Tijana teve vontade de rir, mas não o suficiente.
- Não sei do que aquela mulher é capaz. – sussurrou. – Não quero que ela faça com que o próprio povo odeie a filha...a Hande já passou por tanta coisa e ainda passa. Eu não quero que ela tenha que sofrer com o ódio gratuito das pessoas. – disse. – Ela é apaixonada pela Turquia, não pode sofrer com as represálias dos turcos.
- Isso não é justo. – rebateu.
- Não, não é. – falou baixinho. – Mas é o que está acontecendo.
As duas ficaram em silêncio por alguns segundos.
- Você ainda a ama? – questionou Mirna.
- Mais do que tudo, vovó. – suspirou. – Vê-la com outra pessoa, seria a minha ruína. Mas eu não tenho o direito de sentir nada.
- Como não? – perguntou revoltada. – Você a ama e não luta pelo amor dela porque aquela mulherzinha horrível acha que pode mudar o destino das coisas!
- Vovó...
- Vocês nasceram para ficarem juntas, minha filha. – a interrompeu. – Eu soube disso no momento em que vi vocês duas juntas. – completou. – E eu vou fazer de tudo para que isso aconteça novamente, ou não me chamo Mirna Boskovic!
(...)
A noite logo havia chegado e Hande buscou os dois na casa da oposta, antes de irem para o estádio.
- Alguém já disse que o seu carro é irado? – perguntou Vuk.
- Você gosta dele? – devolveu a pergunta.
- Quem não gosta? Ele é lindo! – a turca encarou o sorriso do garoto pelo retrovisor. – Se eu tivesse um desse, levaria uma garota para sair...
- Vuk! – Dajana o repreendeu. – Você ainda não tem idade para ter um carro, garoto.
- Mas eu já tenho quase 16 anos...- resmungou.
- Papai disse que você só teria um carro quando atingisse a maior idade. – o lembrou.
- Com quantos anos? – Hande perguntou, curiosa.
- 21. – respondeu Dajana.
- Mas a Tijana dirigia antes disso, não dirigia? – a turca lembrou.
- A Tica era apenas inconsequente. – a mais velha deu de ombros.
- Eu também quero ser inconsequente! – insistiu Vuk.
- Você quer apenas sair pegando as garotinhas, irmão! – revirou os olhos.
Hande não segurou a vontade de rir, mas acabou gargalhando.
- Eu gosto de uma garota turca, tá legal? – o garoto se defendeu.
- Ótimo. Falta apenas eu para completar a sina. – pontuou Dajana. – Os Boskovic buscam por amor sempre no mesmo país...
Hande ficou em silêncio.
- Você acabou de constranger a Hande. – chamou a atenção da irmã.
Dajana arregalou os olhos.
- Hande, eu não...
- Está tudo bem. – tentou sorrir. – Não estou constrangida por isso, estou lisonjeada pela preferência.
- Vocês são muito bonitas mesmo. – concordou Dajana. – Se eu fosse lésbica...
- Iria encontrar um amor na Turquia? – o irmão debochou.
- Ah, então você já ama a garota? – debochou de volta.
O garoto sentiu as bochechas esquentarem.
- Você deixou ele envergonhado. – Hande sorriu para ele. – Você quer impressionar a garota? Eu posso te dar umas dicas...
- Se ela conquistou a Tica, você pode conseguir qualquer coisa...- novamente, Dajana falou sem que percebesse.
- Daj! – Vuk a repreendeu novamente. – Da próxima vez, você não precisa trazê-la, Handem...
- Eu prometo não falar mais nada! – tentou remediar. – Me desculpe, Hande.
Dessa vez, a turca sorriu de verdade.
- Meninos, está tudo bem. – pontuou. – Eu não vou quebrar se falar da minha relação com a irmã de vocês. – disse. – Não é inconveniente falar sobre isso, porque já passou.
- Infelizmente...- resmungou Vuk.
- É uma pena mesmo...- Dajana resmungou de volta.
A turca suspirou, prestando a atenção na estrada.
- Se eu fosse um pouco mais velho, daria em cima de você. – disse Vuk e a turca gargalhou.
- E a Tica mataria você! – retrucou Dajana. – Você não estava apaixonado há cinco minutos?
- Não queremos perder o convívio com ela, não é mesmo?
- É, mas também não queremos uma briga em família, seu tonto.
- Meninos, seremos sempre amigos, não se preocupem. – a turca os tranquilizou.
- Ainda bem. Eu não faria isso com a Tica. – ele deu de ombros.
- Vuk! – a irmã chamou a atenção dele. – Céus, somos péssimos, Hande...
- Eu deveria chutar vocês para fora do meu carro! – brincou. – Foquem apenas na garota do Vuk, ok?
- Que bom que voltamos ao assunto! – ele sorriu. – Me empresta o seu carro?
- Não! – Dajana interviu.
- Vuk, se ela ficar impressionada com os seus bens materiais, ela não vale a pena. – pontuou Hande.
- Como soube que a Tica não estava impressionada com a sua fortuna? – o garoto quis saber.
- A sua irmã não sabia do meu patrimônio, antes de voltar para a Turquia. – explicou. – Ela só descobriu seis meses depois e não ficou nada impressionada, muito pelo contrário. A última coisa que ela queria de mim, era o meu dinheiro.
- É a minha garota! – Dajana pontuou orgulhosa.
- Então o que eu faço para impressionar a Salim?
- Agora temos um nome...- debochou Dajana.
- Apresente a sua avó para ela. – sugeriu Hande. – Acho que me apaixonei primeiro pela Mirna do que pela Tijana.
- Vovó é um amor. – sorriu Dajana. – Mas, se ela não gostar da garota...
- Tem razão. – concordou Hande, estacionando o carro no estacionamento do estádio. – Leve ela para tomar um sorvete a tarde, na praia e converse sobre interesses em comum. Nunca perca a oportunidade de fazê-la rir e, se ela disser que não quiser ficar com você, aceite isso bem, ok?
- É uma boa ideia, Handem. – ele desceu do carro.
- O que acha, Daj? – questionou Hande.
- Você domina a arte de conquistar as garotas, Hande. Eu apenas acompanho. – sorriu para ela.
- Não tenho tanta experiência. Namorei apenas uma vez. – a lembrou.
- E não foi uma pessoa muito fácil. – os três começaram a andar para dentro do estádio. – Então merece um crédito a mais, por isso concordo com você.
- Vou disponibilizar um motorista para vocês. – disse Hande. – Já que não tem idade o suficiente.
- Caso vocês tenham um carro que não chame tanto a atenção, seria o ideal. – observou Vuk.
- E quanto ao meu esportivo de luxo? – brincou Hande.
- Você tem razão quando diz sobre os interesses dela. – pontuou. – Obrigada, Handem. Você sempre será a melhor.
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Love Story (Season two)
FanficLEIA "LOVE STORY" ANTES. O que você faria se tivesse uma segunda chance para concertar um erro? Era isso que Tijana Boskovic queria descobrir.