"Nunca pensei que poderias ser tão fascinante, mas à medida que te conhecia, só conseguia te achar mais incrível."
Esperando em sua cama ansiosamente pela chegada do Smith, o garoto Howard estava à beira de um colapso. Seu pai, John, não o autorizava a trazer muitas pessoas à sua casa, somente aqueles que o homem julgava ser "atletas com altos índices de testosterona, sem a menor possibilidade de ser gay." Era essas exatas palavras usadas pelo homem.
Louis batucava seus próprios dedos em suas coxas, suspirando impacientemente, aguardando pela chegada de Finn, que a qualquer momento poderia tocar a campainha. O Howard não entendia porque se sentia tão ansioso, ele nunca havia ficado com ninguém que tinha convidado a sua casa.
Ao ouvir o som da campainha ecoar pelos arredores da casa, o garoto levanta de sua cama rapidamente, saindo de seu quarto. Ele desce as escadas de forma veloz e sem cuidado algum, pulando de uma só vez os últimos três degraus da escada. Assim que o garoto para em frente a porta, ele respira fundo, abrindo a mesma em seguida.
— Pensei que fosse me deixar aqui fora — Finn se pronuncia assim que a porta é aberta, sorrindo de forma descontraída, sorriso qual logo é retribuido por Louis.
— Eu pensei nisso, mas decidi abrir... Você sabe, notas e tals — o Howard diz em tom brincalhão, dando espaço para que Finn adentrasse a casa, e assim ele o faz.
— Como assim?! Pensei que gostasse da minha companhia — o Smith comenta, fingindo incredulidade a fala do rapaz.
— Eu gosto, mas as notas são o principal — o atleta tenta se fazer de desentendido.
— Então eu acho melhor eu ir embora — Finn sugere, apontando pra porta, com um mínimo sorriso brincalhão nos lábios.
— Não, não, não, por favor, eu preciso da sua ajuda — Louis entra em sua frente, o impedindo de passar pra ir até a porta.
— Tá bem, já que você está me implorando de joelhos, não tem como negar — o Smith dá de ombros, e um breve riso escapa dos lábios do Howard.
— Vamos pro meu quarto, lá estão todas as minhas anotações e cadernos — logo o jogador de basquete começa a subir as escadas, e o outro apenas o segue.
Chegando no quarto de Louis, Finn não pode deixar de reparar em cada detalhe. Era um quarto de adolescente estadunidense normal, não tão grande, com uma cama de solteiro e uma cômoda ao lado da cama, com uma luminária em cima. Havia também um guarda-roupa, não tão grande, e ao lado dele, alguns tênis alinhados perfeitamente no chão, sendo a maioria da Adidas e Nike. Seu quarto era em tons de cinza e azul, com alguns pôsteres nas paredes. Alguns de filmes de ação, outros de bandas, outros de série e basquete.
— Uau, são muitos troféus — o garoto Smith comenta, analisando a prateleira de prêmios, com algumas medalhas também.
— Não é nada tão empolgante ou impressionante — o Howard da de ombros, vendo o olhar fascinado do outro.
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Lilian (Romance lésbico)
RomanceEssa é uma história de romance lésbico entre duas garotas, no auge de seus 17 anos, cursando seu último ano de escola. Sara Belchior, uma brasileira que se mudou para os Estados Unidos, mais precisamente Connecticut, no começo de sua pré-adolecência...