Minho era ruim em cumprir promessas e em fazer o que era certo.
Soonie, Doongie e Dori não ficaram felizes de terem sido abandonados o dia todo. Seus comedouros e bebedouros eram automáticos, então nenhuma necessidade foi negligenciada. Eles usaram a estação eletrônica felina de jogos para simular uma caçada na natureza e estimular seus instintos de caçadores, exercitaram seus corpos e mentes perseguindo as pequenas presas tridimensionais. Mas eles não gostavam de ser afagados pelas mãos rígidas metalizadas de androides, e Minjae nem estava lá de toda maneira.
Eles queriam a atenção e os carinhos de seu dono!
Quando Minho entrou parecendo muito cansado e precisando de um banho, eles correram para suas pernas e Dori cravou os dentes na lateral de seu tornozelo. O humano sobressaltou e levantou a perna com o susto.
— Dori! Não faça isso, você podia me derrubar, sabia?
O gato miou em protesto, nem um pouco arrependido, enquanto Soonie se esfregava e Doongie o observava paralisado. Quando seus irmãos se deram conta e farejaram o ar, ficaram curiosos ao redor do Lee. Dori ficou em duas patas para crescer em altura e talvez alcançar sua mão para cheirar, mas foi insuficiente.
Os braços de Minho estavam suspensos carregando a nova lembrancinha que ele trouxe de Kolmanskop.
Esquilinho estava agarrando o tecido da camiseta do Lee desde que ele o pegou no colo estilo noiva para tirá-lo do meio dos destroços. Ele insistiu para que ele andasse, mas suas pernas não firmavam e ele não parecia saber como. Sem outra solução, Minho o pegou em seus braços e o conduziu para o veículo elétrico autônomo. Estava vazio, assim como ele pediu no aplicativo, então eles tinham muito espaço e privacidade.
Esquilinho não sentia que precisava deles, então se recusou a sentar no banco, mantendo-se firmemente agarrado a camiseta do Lee, com punhos cerrados travados. Ele viajou no colo de Minho, olhando a paisagem passando rapidamente pela janela. Estava curioso e um pouco assustado, encolhendo-se no pescoço do humano a cada novo som que ouvia.
O arqueólogo achou fofinho, apesar de sua camiseta estar amassada entre os dedos de Esquilinho e de ser um pouco estranho mantê-lo em seu colo nu. Bem, ele estava usando o sobretudo dele, mas nada além por baixo.
Ele tinha uma camada fina de poeira sobre a pele e bochechas agora vermelhas, parecendo uma criança levada que brincou na areia e precisava de um banho.
Depois de uma refeição, porque Minho estava faminto.
Logicamente, ele teve de afagar os gatos primeiro, que ficaram curiosos ao redor de Esquilinho. Este, apavorado, tentava subir mais no colo do Lee, que o tranquilizava e pedia aos felinos para terem paciência. Quando finalmente os punhos do ET se abriram da camiseta dele, foi para enrolar-se em seus joelhos outra vez, com ele observando os gatos se esfregando em Minho e ronronando.
Uma vez que o trouxe para casa, o arqueólogo achou melhor nomeá-lo, só provisoriamente, até conhece-lo um pouco melhor e decidir para qual autoridade ele deveria entrega-lo.
Ele achou muito precipitado e impulsivo de sua parte querer despejá-lo em qualquer delegacia e pensar que "não era problema dele". Já que ele o encontrou, ele era uma espécie de... responsável dele, certo?
Sua decisão de não adotar mais nenhum outro animalzinho e de entregar o ET ao governo ainda não havia mudado. Mas por ora... ele iria agir com calma. Sem pressa.
Em homenagem ao cometa Halley, Minho pensou em chama-lo assim, mas, pensando na praticidade de ele aprender a pronunciar o próprio nome, decidiu simplificar como "Han". Han soava bem.
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Celestial Lover | MinSung (em hiatus)
FanfictionApesar da vastidão das possibilidades que a tecnologia e o progresso trouxeram, foi na antiquada cidade fantasma de Namíbia que Minho Lee encontrou um vislumbre de seu futuro. Após desejar um amor para a estrela cadente que cruzou os céus, o arqueól...