6. Estranho

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Minho voltou de um longo dia de trabalho e só queria renovar suas forças com Han. Ele o esperava na sala, como de costume, e seus olhos brilharam quando viu o humano passar pela porta. Com os braços estendidos em sua direção, esperou pelo abraço que logo veio.

O Lee cheirou seus cabelos e deixou sua mochila de lado no sofá.

— Estou de volta. Você teve um bom dia? — perguntou enquanto sinalizava de uma forma básica e meio incorreta.

— Dia alegre. Sinais desnecessários. Palavras faladas. Han entende.

— É? Você não quer que eu sinalize para você? — Puxou-o para seu peito enquanto se reclinava no sofá e seus gatinhos se amontoavam em suas pernas.

Han assentiu e emitiu um som agradado por estar em seus braços.

— Tudo bem, vou falar sobre o meu dia.

"Como é lá fora? Estou sempre preso".

Lino franziu o cenho e acreditou ter surgido em sua mente um pensamento estranho. Chacoalhando a cabeça, deu de ombros e continuou:

— Estava muito quente e abafado, comecei bebendo algo refrescante e iniciando o escaneamento na região mais ao Sul das ruínas...

Notando o interesse do alienígena, ele sentiu um certo aperto no peito. O que sua consciência disse era verdade, Han esteve confinado naquela casa por tantos dias, sem sequer receber o calor do sol em sua pele. Não era justo, mas Lino estava pensando em sua segurança, se alguém o descobrisse e denunciasse, ele poderia ser levado e Minho... não estava pronto para perde-lo.

Ele só queria evitar que Hannie fosse aprisionado em um cativeiro e virasse uma posse, mas o tipo de vida que ele o estava proporcionando também não era uma prisão?

— Quer saber, Hannie? — O peito do humano vibrava enquanto ele falava e o platinado gostava da sensação em seus ouvidos, mas sentiu que a conversa estava para tomar um rumo potencialmente perigoso. — Vou levar você para passear.

O ET se levantou imediatamente para olhar o mais alto nos olhos, alarmado.

— Passear? — sinalizou em questionamento.

O mais alto suspirou e assentiu.

— Sim, um passeio pela praia. Tenho certeza de que o mar estará lindo nessa noite de lua cheia — disse, com um sorriso que iluminava seu rosto cansado.

O brilho da noite esgueirava-se pelas cortinas e fazia a pele de Hannie parecer diamante, pequenas partículas de luz brilhavam em meio a palidez esverdeada leitosa, seu cabelo refletia o luar e escorregava como um véu prateado por seus ombros, Minho acreditava estar em seu conto de fadas irreal. Aquele ser em sua frente era belo demais para sua limitada compreensão humana processar em sua totalidade.

Se não estivessem aconchegados no sofá pela milésima vez, com seus corpos se entrelaçando em um abraço quentinho, ele não acreditaria que tudo era real e não um sonho.

Han não sabia como reagir, ele gostava de coisas lindas, mas ir lá fora era proibido, certo? O Lee disse a ele várias vezes, por que as regras estavam mudando? Havia algo de errado com a casa?

— Você quer comer antes de ir? — Minho apertou suavemente a mão dele.

O ET negou com a cabeça e mostrando ansiedade e receio, colocou-se no colo do Lee, meio que para impedi-lo e meio que para dizer que estava pronto para ir.

— Não precisa ficar nervoso, está tudo bem, será divertido — tentou transmitir confiança.

Minho o vestiu com um casaco seu que ficava meio grande, estendendo-se por seu tronco até chegar às coxas. Ele se preocupava em mantê-lo aquecido e protegido da brisa noturna porque a temperatura corporal dele era inferior à humana. Ele levou para trás de sua orelha uma longa mecha prateada que encobria o rosto do alien, e perdeu bons minutos admirando sua imagem.

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⏰ Última atualização: Oct 12 ⏰

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Celestial Lover | MinSung (em hiatus)Onde histórias criam vida. Descubra agora