Uma guerra dividiu o mundo bruxo e quebrou com a ordem das coisas, mas Lua Gardner foi quebrada muito antes da guerra explodir, ela não se importa mais, mas isso muda quando ela é caçada, capturada e enviada para a casa do seu pior inimigo como pris...
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Eu desejo o seu gosto durante a noite inteira Até a manhã chegar Vou ter o que é meu Você vai ter o que é seu (Elley Duhé)
Lua Gardner
3 anos atrás
Eu odiava quando tínhamos interclasse em Astaroth, principalmente quando era minha sala contra a de Daemon. Aturar Reese Oferecida'brien se pendurando em Daemon a cada mínima oportunidade, exatamente como estava fazendo agora... era tortura. O que mais me irrita é não poder chamá-la de feia, temos o mesmo tipo físico, mas seus cabelos negros e lisos são bem diferentes dos meus volumosos e ondulados fios dourados. Ela parece a droga de uma Deusa do submundo, uma muito insuportável, mas devo admitir, incrivelmente linda. Eu estou na arquibancada bem atrás do casalzinho de amigos que estão embrulhando meu estômago esfregando na minha cara suas trocas de caricias. Mais por parte dela, mas ainda assim, se eu tivesse uma faca eu atirava. Reese está em pé próxima a posição de Daemon na quadra de vôlei, que olha em minha direção toda vez que ela se aproxima demais, para verificar quão puta eu estou. Ah... ele não faz ideia.
Foda-se
O jogo estava no começo, mas parecia durar horas pelo inferno que eu estou passando. Cruzo as pernas apoiando o cotovelo no joelho e a cabeça sobre minha mão querendo que meu cabelo tape minha visão periférica para me poupar dessas preliminares ao ar livre.
Só uma amiga.
Eu sou uma amiga também e não posso fazer isso.
Suspiro.
Abro meu Grimório tentando fugir da frustração de não poder matar aqueles dois projetos de bruxos das trevas. Retomo o foco e analiso pela quadragésima vez o feitiço de localização que consegui formular. É complexo, mas já tenho tudo o que é necessário para realizar. Principalmente o mais importante, um objeto pessoal da pessoa que deseja localizar. Não conheço minha mãe, mas tenho algo seu, um colar de prata com um pequeno pingente de ônix em formato de lua. Acredito que tenha sido dela e como eu nunca usei, sempre o mantive guardado, deve servir.
Rio nasalmente. Se meu pai descobrisse que mesmo depois de todas suas advertências eu ainda pretendo insistir na ideia de localizar minha mãe, ele ficaria desapontado. Puto é uma palavra melhor, ele ficaria puto. Sinto muito papai. Minha vida, minhas regras. Eu tenho direito de saber por que meus pais biológicos me abandonaram aqui nessa ilha.
Para localizar a ilha de Koszmar é necessário saber sua localização e ter estado aqui anteriormente. Sendo assim posso supor que minha mãe já estudou nessa escola e morou nessa ilha. A não ser que outra pessoa tenha me trazido, mas seria um lugar muito específico para abandonar um bebê quase recém-nascido. Não aposto nessa possibilidade. Sem falar que meu pai parece saber de algo.
