Bakugou sorriu com a visão.
Mirai era uma criança esperta, então não ficou surpreso ao vê-la ajudar Denki com a preparação da massa do bolo.
Ele não gostava de doces, mas sabia que se não comesse, a menininha faria um escândalo mais tarde.
O beta magro de cabelo loiro sorriu largo enquanto conversava de forma animada com a garota que contava seu dia na creche.
Para alguém com quatro anos, ela sabia muito bem como se comunicar e bater nos meninos da sala, além de mentir da forma mais incrível possível. O problema era que seus pais eram liberais demais, tanto Denki quanto Eijirou não conseguiam ser firmes o suficiente contra a criança que arrumava os melhores argumentos possíveis contra qualquer bronca.
No fim, Katsuki a ensinou bem como ser uma pirralha bagunceira como ele era na idade dela.
— Tio Kat. — ela chamou enquanto lambia uma colher com resto de massa de bolo.
O alfa estava sentado em uma poltrona – essa sendo o assento favorito do melhor amigo – enquanto olhava para a TV ligada no jornal local.
A casa era pequena na visão do alfa, mas grande o suficiente para três pessoas morarem.
Entre a cozinha e a sala não existia nenhuma parede divisória, a escada para o segundo andar ficava ao lado de um banheiro e um corredor seguia para o quintal.
Dois quartos estavam no andar de cima e mais outro banheiro para completar.
— O que foi? — ele olhou para o rostinho sorridente com a boca suja.
— Você vai passar a noite? — ela perguntou com certo interesse.
Normalmente Katsuki dormia em um colchão no quarto dela. Mirai sempre se esgueirava para dormir abraçada com ele fingindo que estava com medo do escuro.
O loiro não se considerava bom para lidar com crianças, mas era bom que a menina gostasse da presença dele.
— Tenho que voltar para casa, eu trabalho cedo amanhã. — respondeu e cruzou as pernas.
Ela armou um bico e encarou a colher quase limpa.
— Mas você não veio de carro. — contrariou. — E tá chovendo lá fora.
— Eu trouxe um guarda-chuva, ele tá encostado na porta de entrada. — sorriu ao ver as sobrancelhas finas franzirem.
Mirai marchou até a porta apenas para conferir e voltou irritada.
O objeto ainda portava algumas gotas d'água.
— Papai Den! O tio Kat não pode ficar? — ela gritou para o loiro e ele apenas deu de ombros com um sorriso nos lábios finos.
— Acho que ele não trouxe roupas extras e alfas não gostam de usar roupas de outras pessoas, principalmente se não forem de seus parceiros ou familiares. — disse ao colocar a forma do bolo no forno.
— Mas ele tem que ficar! — Mirai retrucou impaciente e enfiou a colher na boca.
— Já conversamos sobre esse tipo de birra. — Eijirou surgiu pela escada.
Um sorriso tranquilo pincelava seus lábios, mas era óbvio que estava bravo.
Mirai armou um bico e cruzou os braços. Ela deu meia volta e voltou para a cozinha com a colher limpa.
— Bro. — o ruivo andou em sua direção.
Kirishima não demonstrou, mas com certeza queria sentar em sua poltrona ao invés do sofá.
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Quando a Meia Noite Chegar - Bakudeku ABO
FanficDiante da sua própria calamidade, existia uma lacuna entre a realidade e os sonhos infantis fundados por esperança. "- Deixe-me te mostrar as estrelas, contar uma por uma e nomeá-las em seu nome. Eu desejo desbravar seu corpo, numerar cada sarda de...