|1| things fall apart

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<3
Oieee, fanfic nova gente.
Eu espero que gostem!

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Acordo com o barulho estridente do despertador, que parecia gritar para que eu saísse da cama. A luz forte da manhã bate em todo o meu rosto, fazendo com que eu me enfie debaixo da coberta.

- Bruna? Já acordou? - a voz de Giulia vem de fora, suave, mas ainda assim insistente.

- Sim... - murmuro, me levantando na força do ódio.

- Eu já fiz o café da manhã, está em cima da mesa - ela diz, antes de se afastar.

- Muito obrigada, sério! - elevo um pouco a voz para que ela consiga ouvir.

Vou até o banheiro e faço minhas higienes. Coloco uma calça legging confortável e uma blusa um pouco larga, finalizando com o meu par de vans. Caminho até a cozinha e encontro Giulia mexendo no celular com um sorrisinho no rosto.

- Com quem você está conversando, em? - pergunto, pegando uma uva da fruteira.

- Ah? - levanta a cabeça, um pouco confusa.

- Está sorrindo que nem uma boba aí - rio com um tom provocador.

- É só uma amiga - Giulia deixa o celular de lado e se junta a mim na mesa.

- Aham sei, amiga.....

- Vai se foder, Bruna - ela retruca, atirando um pão na minha cara.

- Ei! Não fala assim comigo não - começamos a rir juntas sem parar.

Giulia se tornou uma pessoa muito próxima de mim nesses três anos na universidade, sempre andamos juntas para qualquer canto que for. Eu devo muito a ela.

- Chega de conversa, eu preciso correr pra minha aula - Giulia fala de boca cheia e se levanta pegando suas coisas.

- Então vai, antes que se atrase - lhe dou uma beijo na bochecha, vendo a mesma se afastar logo em seguida.

Termino de comer e começo a lavar a louça. Aqui na república nós temos um acordo de dividir todos os afazeres domésticos, o que faz com que nada fique pesado demais para nenhuma de nós duas. Enquanto esfrego os pratos, ouço meu celular começar a tocar e logo o atendo.

- Oi, meu amor! Como você está? - reconheço imediatamente a voz carinhosa da minha mãe.

- Oi, mãe! Eu estou muito bem. E aí com o papai?

- Ah....está indo, né. Ele quer o mesmo o divórcio, não adianta eu dizer absolutamente nada - percebo a voz embargada de Cecília.

- Mãe, sei que é difícil, mas você precisa seguir em frente. Ele não teve dó quando te traiu - digo, enquanto arrumo minhas coisas.

- Prometo que vou tentar...Bom, não vou te atrapalhar mais, vá logo - ela suspira.

- Você não me atrapalha, mãe. Mais tarde eu te ligo, tudo bem?

- Claro, Bru! Vou te esperar.

Me despeço de Cecília e logo saio do apartamento. Desde pequena, as brigas dos meus pais eram frequentes, o que me deixou com um trauma enorme já que na maioria das vezes era eu quem separava os dois.

Durante toda a minha infância, a presença deles foi ausente. Em cada apresentação do dia das mães e dos pais, eu olhava anciosamente para o público, apenas para me decepcionar ao ver que eles não estavam lá. O trabalho sempre foi a prioridade deles, e eu vinha em segundo plano. Eu ansiava por um simples gesto de apoio.

𝙬𝙞𝙡𝙙𝙛𝙡𝙤𝙬𝙚𝙧 - 𝙗𝙞𝙡𝙡𝙞𝙚 𝙚𝙞𝙡𝙞𝙨𝙝 [G!P]Onde histórias criam vida. Descubra agora