|25| in leather

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Billie Eilish

- Bruna! Ei, fala comigo!

Tento fazer de tudo para a manter acordada, mas falho ao seu corpo ficar mole de repente e cair em meus braços. Me agacho no chão junto a ela, apoiando sua cabeça no meu colo.

- O que aconteceu aqui!?- Luana aparece com a respiração descompassada, caindo levemente pro lado.

- Você quem deveria me dizer, Luana! - grito, a voz rouca de tensão.

O rosto de Bruna estava pálido, sem nenhum tipo de cor. Do que ela estava com medo?

Muitas pessoas estavam em volta de nós, querendo saber o que estava acontecendo ou fazer fofoca. Eu não me importava com ninguém daquele meio, só queria que ela ficasse bem e segura comigo.

Sabia que deveria ter vindo junto pra essa festa. Patrick me chamou horas antes dizendo que precisava de ajuda com algumas planilhas. Eu não queria ter que ir até lá, mas era algo tão importante que não poderia deixar pra depois.

Luana me olha, claramente abalada. Ela massageia as têmporas, tentando se recompor, mas o cheiro de álcool é forte.

- Eu tô bêbada pra caralho... - murmura, tropeçando nas próprias palavras - M-me desculpa, Billie. E-eu deveria ter ficado com a Bruna e-

A interrompo, fazendo um movimento firme com a mão, cortando as suas desculpas.

- Não adianta conversar sobre isso agora, Luana. - digo, controlando a raiva enquanto vejo seus olhos encherem de lágrimas.

Apoio dois dedos em seu pescoço, suspirando em alívio ao perceber que havia pulsação.

- Vou levar a Bruna no hospital. - aviso, sem tirar os olhos dela, ainda com a cabeça no meu colo - Quando eu voltar, quero saber exatamente o que aconteceu nessa festa.

Luana não diz nada, apenas se senta na beira da cama e começa a chorar.

Com cuidado, levanto Bruna nos braços e me apresso para tirá-la daquela multidão. As pessoas continuam nos olhando, algumas cochichando, mas eu ignoro todas.

Assim que chegamos no carro, coloco ela no banco do passageiro e me inclino sobre a morena, ajustando o cinto de segurança. Selo nossos lábios rapidamente e dou a volta no carro, dando a partida.

Entre um semáforo e outro, a observo, segurando em sua mão e desejando que seus olhos se abram, que ela me olhe e faça algum comentário sarcástico, qualquer coisa que me tire dessa angústia.

Sua respiração é leve, como se estivesse dormindo em um sono profundo. Quando percebo, já sinto as lágrimas escorrerem pela minha bochecha. Aconteceu tudo muito rápido e o desespero ainda corre nas minhas veias, pulsando com força a cada batida acelerada do meu coração.

Finalmente depois de alguns minutos, chegamos no hospital. Abro a porta com pressa e a seguro novamente nos braços, sentindo o peso de seu corpo inerte. Entro na emergência, onde alguns enfermeiros vêm ao nosso encontro.

- Pode me dizer o que houve? - uma enfermeira pergunta correndo, separando uma maca branca.

- Ela estava muito nervosa com alguma coisa e acabou desmaiando. E-eu não sei exatamente o que aconteceu... - explico, gesticulando com as mãos trêmulas e a voz embargada.

Estava prestes a desabar ali mesmo.

A mulher assente e faz um sinal para que outros venham ajudar. Eles pegam Bruna dos meus braços e a colocam na maca.

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𝙬𝙞𝙡𝙙𝙛𝙡𝙤𝙬𝙚𝙧 - 𝙗𝙞𝙡𝙡𝙞𝙚 𝙚𝙞𝙡𝙞𝙨𝙝 [G!P]Onde histórias criam vida. Descubra agora