Capítulo 4

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Megumi na Universidade

O curso de veterinária era como um paraíso e inferno ao mesmo tempo para alguém que possuía uma paixão tão profunda por animais. Megumi era feliz, apesar dos desafios ocasionais que a vida universitária impunha. Seus dias eram simples. Acordava, ia à universidade, estudava durante o almoço, seguia para o trabalho, e depois corria com seus cães Shiro e Kuro.

Era uma rotina perfeita. Ele tinha uma alimentação balanceada, amigos verdadeiros - embora poucos, mas joias raras -, uma família amável que sempre se mostrava presente ao ajudá-lo com o aluguel do mês e a feira. Era... perfeito.

Isto é, até esse homem entrar na sua vida.

"Eu trouxe flores." disse Sukuna, parado ao lado de uma Ferrari vermelha, com um buquê de rosas na mão.

"Não morri. Ainda é cedo pra eu receber flores." disse Megumi, curto e grosso.

"Rosas vermelhas simbolizam amor e paixão. É a representação mais sincera do que eu sinto por você." continuou o yakuza, sem dar a mínima para a atenção indesejada que causava na frente da universidade. Megumi ficava cada vez mais constrangido.

"Sukuna," chamou.

"Sim, amor?"

"Vá se foder."

Dito isso, afastou-se em passos rápidos, ignorando a presença do dragão na sala.

Os dias seguintes eram todos iguais. De alguma forma, Sukuna havia conseguido seu número de telefone e lhe enviava mensagens fofas de bom dia e boa noite, embora fosse ignorado na maioria delas.

Quando Megumi estava na universidade, Sukuna aparecia na entrada, sempre com um terno elegante e chamativo, relógio de ouro e sapatos folheados em extravagância. Não se sabia qual das opções ele tinha a maior gama: os veículos ou as flores.

Francamente, Megumi perdeu a conta depois que Sukuna apareceu com uma Porsche preta e um buquê gigante feito de notas de cem dólares com botões de diamante.

Hoje, entretanto, Megumi surpreendeu-se ao avistar um homem comum na entrada, apoiado numa Harley Davidson maneira, com roupas casuais, como calças jeans, sapatos vermelhos e uma jaqueta preta de rock. Era chamativo, mas na dosagem certa.

"Como foi sua aula?" Ele perguntou com intimidade, mostrando aquele sorriso amoroso que começaram a preencher os dias de Megumi.

"Normal." Respondeu com calma, pela primeira vez se aproximando dele, sabendo que não ia receber nenhum presente espalhafatoso. "De onde você vem?"

"Trabalho."

E quando ele diz trabalho, significa "Desmantelei uma organização criminosa e me tornei o líder dela agora. E você, amor?" 

Bom, isso já era um começo.

"Quer carona?" Sukuna propôs, sugerindo a moto irada logo atrás.

Megumi observou com cautela, pensando em recusar, mas com vontade de subir nela.

"Sem trapaças hoje. Nem rosas ou diamantes." Acrescentou Sukuna.

"Eu aceito."

Logo, subindo na moto, Megumi aconchegou-se atrás dele, circulando os braços ao redor do tronco musculoso do yakuza, que mordeu o lábio, contendo a animação bizarra que acontecia dentro de si.

Duas alunas que passavam na calçada repararam na expressão de Sukuna e comentaram entre risinhos:

"Você viu a cara dele?"

"Que louco! Parecia que ele estava tendo um orgasmo!"

Após ouvir, Megumi imediatamente lhe deu um golpe duro na cabeça, dizendo:

"Eu vou a pé."

You're my puppyOnde histórias criam vida. Descubra agora