Capítulo 6

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O Yakuza Visita o Maternal

Megumi sentiu o celular vibrar em cima da mesa de estudos no meio da aula. Uma notificação apareceu na tela com o nome "Meu Stalker."

Ele revirou os olhos e atendeu, levando o telefone ao ouvido.

"Escuta, estou na aula. Não tenho tempo para suas brincadeirinhas."

"Preciso de você. Urgente," respondeu Sukuna do outro lado, com um tom sério.

A aula seguia normalmente, e Megumi deu uma olhada ao redor, procurando sua melhor amiga, Nobara, a garota de cabelos curtos e castanhos que sempre andava na moda. A desgraçada estava no último banco, claramente paquerando um aluno alto e musculoso que, com certeza, não era um vagabundo sustentado pelo pai. Ele acenou para ela, apontando discretamente para o professor. Nobara piscou e fez um joinha com a mão, permitindo que ele saísse.

A presença dela já estava garantida.

Megumi saiu da sala pela porta dos fundos, guardando seu material, e pegou o telefone novamente.

"Do que você precisa?" perguntou.

"Estou indo até a sua universidade. Te explico no caminho."

Um minuto depois de encerrar a ligação, Megumi esperava do lado de fora quando um Volvo XC preto parou bruscamente ao seu lado.

"Entra" ordenou Sukuna.

Megumi entrou no veículo e colocou o cinto de segurança. Só depois disso Sukuna pisou no acelerador e trocou as marchas com a destreza de um piloto de fuga.

"O que aconteceu?" perguntou, finalmente.

"Preciso de você comigo hoje," disse Sukuna, dirigindo pelas ruas com uma mistura de imprudência e talento que só se vê em filmes de ação.

"Pode ser mais específico?"

"Vou explodir uma escolinha hoje," respondeu Sukuna, e Megumi arregalou os olhos. "Quer dizer, eu iria. Mas preciso de você ao meu lado pra evitar que eu faça alguma besteira."

"Qual é o problema dessa vez?" Megumi perguntou, vendo a expressão de Sukuna ficar ainda mais tensa.

Algum tempo depois, Megumi entendeu por que seu "stalker" estava tão nervoso.

O sobrinho de Sukuna, Itadori Yuuji, berrava em prantos, agarrado à perna do mafioso, que tentava desesperadamente acalmá-lo com uma voz doce enquanto fuzilava a professora do maternal com os olhos.

O jovem estudante de veterinária suspirou, passando a mão pelo rosto.

"Qual é o problema?" perguntou a professora, enquanto Sukuna segurava Yuuji no colo.

"Yuuji e Mahito não são exatamente amigos. Eles vivem brigando, coisa de criança, sabe. Hoje, Mahito roubou o pedaço de bolo de morango dele e comeu," explicou a professora, como se estivesse pisando em ovos.

Uma veia saltou na testa de Sukuna.

"Aquele desgraçado roubou o pedaço de bolo do meu sobrinho?!" Ele questionou, apontando para a criança do outro lado da sala como se fosse um dragão prestes a incendiar a escola.

"S-senhor, eu juro que..."

"Sukuna," disse Megumi com firmeza, fazendo o homem se controlar. Ele sorriu docemente para a professora. "Desculpe, ele tem o pavio curto."

A professora assentiu, claramente impressionada com a coragem e postura de Megumi, capaz de acalmar um homem com o dobro do seu tamanho.

Megumi puxou Sukuna para uma área mais reservada, seu sorriso sumindo ao dar lugar a uma expressão sombria.

"Você me tirou da aula pra isso?!"

Sukuna não recuou, mas sua postura mostrava o quanto ele estava sem jeito.

"Ia explodir uma escolinha porque seu sobrinho chorou?!"

"O que você faria então?!" Sukuna desafiou.

Sem paciência, Megumi suspirou e pegou Yuuji do colo do tio. O garoto, doce e delicado, coçava os olhos enquanto o rosto ficava vermelho e úmido de tantas lágrimas.

Com uma firmeza desconhecida para o yakuza, Megumi colocou Yuuji no chão e se agachou para ficar na altura dele.

"Escuta aqui, pirralho, seu tio me tirou da universidade por sua causa. Estou perdendo uma aula incrível de anatomia porque você não soube lidar com um problema. Entende isso?" disse com frieza. Yuuji engoliu o choro, soluçando. Megumi assentiu, colocando a mão com firmeza no ombro dele. "Você tem o sangue dos Ryomen nas veias. Não abaixe a cabeça para um moleque mimado que rouba seus doces. Você perdeu? Lute, se fortaleça e vingue seu bolo de morango! Entendeu?"

Yuuji assentiu, o rostinho ainda vermelho, mas agora demonstrando uma determinação admirável.

Sukuna sorriu, incrédulo com o que estava vendo.

"Se eu perder outra aula por sua causa, eu mesmo venho te cobrar. Da próxima vez que eu te ver, quero que seja o tigre da família. Entendido?!"

"Sim, senhor!" Yuuji bateu continência.

Megumi sorriu docemente, bagunçando os cabelos rosados do menino.

No dia seguinte, por causa de um temporal que assolou Tóquio, Megumi aceitou uma carona de Sukuna, que "por acaso" passava perto da universidade.

Dentro do carro, com uma música suave de jazz tocando ao fundo, ele perguntou:

"Como está seu sobrinho?"

"Bem. Soube que ele intimidou o moleque de cabelo azul que implicava com ele. Fez o pirralho se mijar nas calças," respondeu Sukuna, orgulhoso.

"Muito bom."

E seguiram em frente.

Por motivos pessoais, Sukuna evitou contar a Megumi que Yuuji o elogiou por ter um "namorado bravo."


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⏰ Última atualização: Aug 25 ⏰

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