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—Não vai gritar ou atirar em mim com a arma na sua bolsa? - ele pergunta depois do meu longo silêncio

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—Não vai gritar ou atirar em mim com a arma na sua bolsa? - ele pergunta depois do meu longo silêncio.

Bastardo!

—Não. - volto a comer indiferente.

Terei que me casar sem a minha vontade e ainda por cima ser corna? Isso é um pesadelo sem fim.

—Não confio e nem acredito nessa sua reação.- ele se aproxima de mim.

—Se você terá uma amante, eu também terei um. - falo dando de ombros.

—Entendi. Se quer um amante, você terá. - dá uma garfada na sua carne.

—A mesma dor que doer em mim, doerá em você. - analiso sua expressão agora. Seu rosto contraído em uma careta orgulhosa, maxilar trincado e olhos levemente mortais, ele está puto.

—Não doerá, você terá o que quer e eu também.

—Então pronto. - dou de ombros.

Não vou admitir que estou incomodada, mas eu tenho um plano para botar o seu parquinho de baixo d'água.

—Você engravidará no primeiro ano de casados, tenho que apresentar um herdeiro em torno de seis meses. - diz me analisando.

Eu sei as minhas funções como primeira dama, fui criada pra isso e nunca esconderam isso de mim. Nunca tive o sonho de ser mãe, mas eu serei a melhor para que os meus não sejam iguais a ele.

—Sei dos meus deveres como sua mulher, Dimitri. - dou outra colherada em minha comida.

—Tente não engravidar do seu amante, ou nos teremos problemas. - seus olhos ficam frios sobre mim.

—Você não vai engravidar a sua protegida. - é mais uma ordem do que uma pergunta, ele entende isso porque só volta a olhar para seu monte de carne e comer.

—Dormiremos em quartos separados, nas noites que eu quiser te fuder, você irá para o meu e sairá depois que acabar. - deposita seus talheres ao lado do prato e encosta na cadeira.

—Cinco minutos depois de eu entrar, sem problemas. - resmungo sorrindo de canto.

—Você está achando que isso é algum tipo de brincadeira? - sua voz grossa fica rouca, sua postura cresce tentando me intimidar.

—Eu disse que não tenho medo de você. - o imito, indo para frente com o corpo. —Diga qualquer coisa e eu aceitarei calada, desde que eu tenha os mesmos direitos. Quer ter uma amante, eu terei também. Quer sair as escondidas para beber e fuder quem quiser, eu sairei também. Quer mandar em mim, saiba que eu darei trabalho à você, noivo.

Nossos olhares não se desprendem ou desviam, nossas respirações estão na mesma velocidade. Se pudéssemos, pulariamos agora um no outro e quem sobrevivesse contaria a história.

A mesma fúria que emana dele, emana de mim. Não vou ser domada por ele, ele não vai ser domado por mim e seremos inimigos até um de nós morrer. Casaremos, teremos os seus herdeiros, mas não passará disso.

LA MÁFIA KOZLOV Onde histórias criam vida. Descubra agora