You're too sweet for me. - Too sweet. /Bakudeku/DekuBaku.

Too sweet..~ (Hozier)

I prefer to drink my whiskey neat ~...
my coffee black and my bed at three~..

You are too sweet for me..

Izuku.

Às vezes deveria me acostumar com os dias normais de trabalho. Era uma rotina, mas eu nunca me adaptava do jeito que eu devia me adaptar. Jornalismo nunca foi o emprego dos meus sonhos, então talvez seja um motivo para não me acostumar com isso. É uma grande ingratidão eu falar assim do trabalho que me sustenta. Mas realmente, ele foi apenas uma válvula de escape para eu não ficar desempregado. Quem nunca, certo ?

Enfim, prazer, sou Izuku Midoriya. Atualmente tenho trinta e três anos e lutei muito pra chegar onde eu estou. Bom, literalmente. Honestamente, me esforçar no colégio foi algo que eu nunca deixei de fazer. Antes de meu pai morrer, ele me deixou como ensinamento de que se eu quisesse me tornar alguém na vida, seguir os passos que eu queria, eu teria que ir além do impossível. Eu segui esse caminho com calma, mas ainda sinto que eu fiz, ao contrário do que era pra ser feito. Não era o que eu queria.

Bom, devo começar do início. Então sente-se, se quiser um café ou qualquer coisa para acompanhar, sinta-se livre.

Tinha seis anos quando eu fiz o meu primeiro amigo. Nunca fui um garoto sociável, sentia medo de me machucar. Bobo não é ? Enfim, ele foi minha companhia por um bom tempo, fazia tudo com ele, falava sobre tudo com ele. Até as piores promessas que nunca seriam compridas. Uma delas foi sobre o assunto do futuro. Prometemos um ao outro que iríamos apoiar um ao outro e seríamos fiéis à nossa amizade. Não sei de onde tiramos isso com apenas sete anos, mas considerem, são apenas sete anos. Conversamos sobre tudo, tudo era motivo de um bom assunto. Corríamos, brincávamos, e sempre um de nós saía machucado, ou se não até os dois !

Bom, eu diria que ele era o meu oposto. Ele tinha coragem, eu não, ele era confiante, eu não, ele não colocava pressão no que fazia, eu colocava. Ele deu a ideia de nos matricularmos no judô, e foi a primeira vez que ele me convidou pra fazer algo com ele. Engressamos no judô, e a cada dia que passava, eu sentia meu corpo ficar mais forte. Mas isso não irá mudar a comparação. Mesmo sentindo diferença, ele ainda se destacava, ainda recebia fama. Essa comparação foi ficando cada vez mais forte no ensino médio, onde ele começou a ser popular. Ele nunca deixou de ser meu amigo, trocava novas amizades para conversar sobre qualquer coisa comigo, o que era realmente fascinante.

Sabe aquela sensação de ser o melhor da escola ? Eu não sabia como era, mas sabia a sensação de ser o mais inteligente da escola. Era a única coisa que sabia fazer direito, ler, estudar e treinar judô. Já ele ? Ele sabia fazer tanta coisa, que até hoje, eu nunca sei dizer o que ele fazia. Era tanta fama, que o principal, eu nunca ouvia falar. Eu sabia o que queria ser quando crescesse, queria ser delegado. A promessa sobre apoiar a decisão do outro nunca ocorreu. Ele dizia que valeria mais apenas de ser policial do que delegado. Ele não sabia a diferença, mas quem seria eu perto do mais popular do colégio ?

Ele ficava comigo sempre no intervalo, seus novos amigos sempre perguntavam o porquê, mas ele os ignorava. Então, como uma forma de hipótese, criaram uma certa mentira. A mesma relatava que ele estaria namorando comigo naquela idade. Ele não pareceu se importar, muito menos eu. Aliás, eles mal sabiam meu nome. A mentira foi rolando, rolando e rolando. Quando vimos, estávamos até dando risada sobre o assunto.

Ele dizia que não sabia o que seria ser, mas dizia que o que vale mesmo é o dinheiro, não o cargo e emprego que você ocupa. De fato, aquilo demonstrava que ele não se importava nem um pouco com o fato do futuro bem sucedido. "Eu quero viver a cada segundo, você quer se adiantar com o futuro", ele dizia. Ele sempre falava isso quando eu tocava no assunto sobre empregos de boa renda. Não era como se ele não se importasse, era como ela tinha tranquilidade em falar aquilo. Ele saía, bebia, ia à baladas, e tudo isso com dezesseis anos. Eu tinha em mente a faculdade que eu queria frequentar, queria uma bolsa de estudos, queria ser um homem de sucesso. Já ele queria se divertir enquanto podia. Nas altas horas da madrugada, enquanto ele bebia e se divertia, eu estudava e treinava judô para aprender a superar a resistência do sono.