Capítulo 20

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Clara...

Céus a gente se arriscou demais.

O show terminou e nós fomos até a estrada para pegar outro táxi, eu estava morrendo de medo que alguém descobrisse a gente, mas a Isadora e a Fey estavam mais calmas como se não tivessem fugido do colégio.

Eu: como a gente faz agora?

Lucas: dinheiro pra voltar para o colégio a gente tem o suficiente.

Ricardo: verdade.

Victória: o problema é a hora. Até a porta vidrada que dá acesso a parte de dentro da escola já deve estar fechada.

Eu: que horas são? - pergunto e a Isadora vê no celular.

Isadora: são 1hr da manhã.

Rafael: sem chances da gente ir para o colégio.

Ricardo: e como a gente vai fazer?

Fey: a gente pensou pouco, podíamos arranjar um plano melhor.

Rafael: mas valeu a pena. - fala rindo.

Victoria: muito, o Lunay é perfeito ao cantar.

Eu: a Leila leilão também né gente?! - falo rindo e todos concordam.

Fey: que tal a gente alugar um hotel só por hoje?

Isadora: melhor não, eu tenho uma ideia.

Ricardo: qual?

Isadora: bora pra minha casa.

Eu: nunca! - falo decidida. _ eu não vou.

Victória: por quê não vai? tem algo contra a casa da Isadora?

Eu: eu só não quero, simples assim.

Fey: eu alinho.

Eu: alinha porque você é fã da Raya, sabemos bem disso.

Fey: nada disso Clara, eu aceito porque diferente de você eu não tenho muitas preferências.

Rafael: tudo bem gente, não vai adiantar  em nada brigar agora. A união faz a solução, então parem por favor.

Victória: o Rafa tem razão.

Ricardo: pensemos! Na minha casa seria uma cova caso formos pra lá porque o meu pai nunca aceitaria isso, a casa da Victória fica na vila não é?

Victória: isso mesmo, lá na central.

Ricardo: a casa do Lucas é distante e a mãe dele também ficaria frustrada, na casa do Rafa eu não sei pessoal.

Rafael: impossível, lá tem a minha avó e ela não é muito amigável, além disso não é perto.

Ricardo: a casa da Fey também é distante então, a única casa de boa é da Isadora. Clara por favor, eu também não quero ir pra lá mas fazer o quê né?!

Isadora: além disso a gente precisa chegar muito cedo para o colégio, da minha casa para o colégio é apenas uma hora ou 40 minutos. Lá não tem morcegos que possam te morder menina Barbie.

Eu: tá certo, a gente vai.

Rafael: tudo bem, bora pegar um táxi.

Isadora: não Rafa calma. A minha casa não é tão longe, caminhando a gente chega! Eu não confio em táxi de madrugada.

Rafael: tudo bem, vamos andando.

Lucas: é cada coisa que acontece. - fala e começa a caminhar, e a Fey corre na frente para caminhar ao lado dele.

Ricardo: levanta daí menina vampiro. - fala e dá a mão na Isadora que estava sentada no passeio, e ela dá a mão.

Isadora: obrigada camarada Drácula. - fala se levantando, e eles seguem o Lucas a Victória e a Fey caminhando um no lado do outro.

Eu: Rafa! - chamo por ele e ele me olha. _ a gente pode conversar rapidinho?

Rafael: tudo bem. - fala e me dá a mão, a gente começa a caminhar de mãos dadas atrás dos outros.

Eu: eu quero me desculpar pela cena de mais cedo, eu não sei o que deu em mim, foi um reflexo que eu simplesmente segui e não tive controle do que fazia.

Rafael: eu super entendo. - fala sorrindo.

Eu: sério?! Não me acha louca?

Rafael: bem, você se mostrou uma princesa, e por vezes as princesas são aventureiras, então... Não vou deixar de considerar você uma princesa por conta de uma ação fora do comum.

Eu: obrigada.

Rafael: eu é que agradeço. Gostei do beijo. - fala e eu começo a rir. _ é sério, pena que o diretor estragou tudo.

Eu: pena né?! Eu estou de castigo por uma boa ação.

Rafael: com certeza ele errou em castigar você, porque eu amei. - fala sorrindo e eu não parava de rir. _ você pode ser professora.

Eu: ah, não! Nunca, o meu pai acredita que eu serei uma grande atriz e modelo.

Rafael: e você acredita nisso? - pergunta e eu fico pensativa parando até de rir.

Eu: bem... Eu... - paro de falar e começo a pensar.

Rafael: o que você gosta de fazer?

Eu: sair, dançar, cantar, desenhar, e gosto de ajudar os outros quando o assunto é moda.

Rafael: então, pense naquilo que você gosta de fazer e siga o que o seu coração mandar. Na direção que o seu coração decidir, ordene que os seus pés se movam para essa mesma direção.

Fala e eu fico pensando, e olho para as nossas mãos que estão juntas enquanto caminhamos.

O colégio internoOnde histórias criam vida. Descubra agora