Parte 42

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Isadora...

Chamada on:

Eu: Olá mãe.

Mãe: Isadora, tá tudo bem meu amor?

Eu: tá tudo bem. Eu preciso que venhas me buscar, é possível?

Mãe: claro minha filha, onde cê tá?

Eu: eu envio a localização.

Mãe: tudo bem, estarei aí o mais rápido possível.

Eu: legal.

Chamada off...

O carro da mãe do Lucas já chegou, e o motorista do Ricardo já levou ele até, ficamos sentados na porta do bar, no passeio que fica lá na frente, eu já estava farta desse dia.

Sr.Fernanda: Lucas podemos ir, eu já falei com o senhor Bilene, agradeci e a gente já pode ir. - fala saindo de dentro do bar.

Lucas: tudo bem mamãe. - fala se levantando.

Sr.Fernanda: Isadora, com quem você vai?

Eu: a minha mãe tá a caminho. - falo sorrindo.

Sr.Fernanda: se cuida tá bom?! Manda uma mensagem no Lucas quando você estiver em casa.

Eu: sim senhora, pode deixar. - falo sorrindo.

Sr.Fernanda: tchauzinho meus amores. - fala e sobe no carro junto com o Lucas e segundos depois dá partida.

Eu: onde você vai ficar Rafa?

Rafa: na casa do meu tio.

Eu: tem tio aqui?

Rafa: sim eu tenho. Fica bem pertinho da casa da Victória mesmo.

Victória: você é sobrinho do Ladislau?

Rafa: isso mesmo.

Victória: ah gente, ele é super gente boa. - fala com satisfação. _ amigo da Sandra.

Eu: só conheci a Sandra hoje mas pergunto... Há alguém que não seja amigo da Sandra? - pergunto rindo.

Victória: a Sandra é amiga de todos. - fala rindo. _ gente eu preciso ir de verdade, tô extremamente cansada.

Eu: pode ir amiga, a gente tá bem aqui.

Rafael: eu vou chamar o senhor Bilene e a gente vai também. - fala e entra no bar.

Clara: conta amiga, o que você e o Lucas conversaram? - pergunta sorrindo.

Victória: bem... Ele disse que tá afim de mim e me beijou. - fala sorrindo.

Eu: eu já sabia de tudo. - falo rindo.

Victória: como?

Eu: ele contou pra mim, antes de falar com você.

Clara: e... Você gosta dele amiga?

Victória: eu me sinto super atraída por ele, quer dizer ele é um gato e sim eu tô gostando dele. - fala morrendo de paixão que na expressão facial se notava e a Clara fica pulando.

Sr.Bilene: pronto Victória, podemos ir. - fala trancando o bar.

Victória: pois é! İnfelizmente. - fala e dá um beijo na Clara e a mim. _ se cuidem tá bom?

Eu: fica tranquila a gente vai se cuidar.

Clara: bons sonhos amiga.

Victória: igualmente pra vocês. - fala sorrindo.

Rafael: até amanhã meninas.

Nós: até amanhã.

Sr.Bilene: foi um prazer vos conhecer.

Nós: o prazer foi todo nosso.

Ele foram em bora e nós ficamos sozinhas nesse passeio.

Eu: não virão buscar você?

Clara: não sei, o armando não atende as chamadas mas daqui a horas ou minutos ele vai ver que liguei e virá me buscar.

Eu: como você aguenta? - pergunto olhando pra ela.

Clara: aguentar o quê?

Eu: ser sempre a esquecida de casa... É que...  Não consigo entender. O teu pai te esquece, e agora o motorista?

Clara: eu também não consigo perceber como você tem a atenção que eu tanto anseio mas você não sabe receber. Como você aguenta ser tão amada e protegida e não gostar? - pergunta me olhando e uma lágrima cai em seu rosto.

Eu: não sei... Eu acho que deve ser pelos traumas do passado mal superados ou coisa assim. - falo dando de ombros concentrando as minhas lágrimas para não caírem. _ eu não quero uma mãe galinha tal vez porque o meu pai me fez ser rebelde e querer ter a minha própria vida sem opinião de ninguém por meio das ações dele.

Clara: e quem sabe eu também mendigo atenção porque não tive uma mãe que me amou até agora. Ela simplesmente se foi como se fosse um vento que a tivesse levado. E não sei o que me dói mais... O facto de eu procurar a atenção que a minha mãe não pode me dar no meu pai e não encontrar ou o facto do meu pai não ter agido nem como meu pai durante esse tempo dos meus 10 aos 16 anos.

Eu: eh... Histórias completamente diferentes mas iguais. - falo sorrindo com lágrimas nos olhos, as palavras da Clara me comoveram. _ quer ir passar essa noite na minha casa?

Clara: não quero incomodar obrigada.

Eu: não é incomodo. Olha a minha mãe chegou. - falo vendo a minha mãe estancionando o carro.

Clara: Isadora...

İnterrompi ela.

Eu: só vem comigo! - falo esticando a minha mão e assim que eu dou a mão pra ela, ela levanta e vamos até ao carro da minha mãe e subimos.

O colégio internoOnde histórias criam vida. Descubra agora