IX

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Oiii demorei mais voltei queridos :)

— Voltando cedo do trabalho? — Me controlo para não pular de susto quando escuto uma voz grave familiar assim que deixo o elevador do prédio em direção a meu Ap

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— Voltando cedo do trabalho? — Me controlo para não pular de susto quando escuto uma voz grave familiar assim que deixo o elevador do prédio em direção a meu Ap.

Meu olhar que até então se encontrava no celular – Instagram especificamente – passeia até as orbes vermelhas familiares.

— Sim. — Respondo casualmente enquanto retomo minha caminhada até a porta da minha casa, guardando meu celular no bolso. — Tive dentista hoje e acabei voltando mais cedo.

— Sei...

Quando ouço seu tom de voz esquisito, paro imediatamente e olho em sua direção.

— O que foi? Precisa de alguma coisa?

— Você prometeu devolver minhas taças ontem.

Ah sim.

— Claro eu... — Balanço a cabeça — Vou pegar pra você.

Ele me olha de um jeito esquisito antes de prosseguir. Tem alguma coisa acontecendo aqui, definitivamente.

— Na verdade... — Ele caminha até parar ao meu lado. — Preciso te perguntar uma coisa.

— Tudo bem.

Nesse meio tempo acabo por convidar ele a entrar em casa de uma vez. Vai saber se existem vizinhos fofoqueiros. Mais deles no caso.

— Pode dizer o que você precisa — Retomo a conversa quando estamos na cozinha, estou pegando as taças que devia a Sukuna.

Vejo que ele se senta nos bancos disponíveis da bancada. Não o conheço muito bem mas parece certo afirmar que ele parece um tanto pensativo hoje.

— Aquele Zen'in da festa, ele tem o mesmo sobrenome da Maki. Os dois são parentes? — Sinto seu olhar fixo em mim.

Posso dizer que quase congelo no lugar. Meu estômago parece tomado por ventos árticos de repente. Engulo em seco antes de apoiar as taças que peguei na pia da cozinha e me virar na direção dos olhos atentos que me queimavam o corpo.

— Bem... Eu... Então. Como você sabe?

— Então ele não mentiu quando disse que te conhecia. — Ele cruzou os braços, me ignorando enquanto as feições finalmente passavam de pensativas para as sérias de sempre.

— Não exatamente. Nos vimos vez ou outra por conta de Maki e suas reuniões de família obrigatórias as quais eu era arrastada, mas ele nunca havia... — Faço uma pausa, escolhendo as palavras certas. — Bom, feito o que fez.

Sukuna definitivamente tem a profissão certa para ele, pois eu me sinto dentro de um tribunal de justiça prestes a ter de pagar por todos os meus pecados – os quais eu nem sei quais são.

— Certo. — Ele balança a cabeça um instante e passa a mão direita inquietamente pelo cabelo rosa bagunçado.

Não tenho tempo de pensar o quão bem ele fica com esse cabelo rosado quando ele se levanta até parar bem a minha frente. Nossos pés quase se encostavam, e de repente eu sentia que meu estômago já poderia virar mais um país congelante tomado por uma neve espessa e profunda.

隣人 - [Ryomen Sukuna]Onde histórias criam vida. Descubra agora