隣人 - [Ryomen Sukuna]

VI

Boa Leitura queridos, desculpa a demora.

— Mellow

Tudo o que eu sentia, era apenas uma escuridão infundada. Meus sentidos permaneceram bagunçados por um bom tempo, me impedindo — Infelizmente — de escutar ou até mesmo ver o que acontecia a minha volta.

Acho que eu tinha passado um pouco demais além da conta.

Foi só quando senti meu corpo ser deitado em uma superfice macia, depois do que pareceu uma eternidade, que meus olhos encontraram forças para se abrir novamente.

— Hum — Um gemido de agonia escapou, eu sentia que minha cabeça iria explodir a qualquer momento. Era nesses momentos da minha vida que eu jurava nunca mais beber.

Uma semana depois eu repetia tudo de novo.

— [nome]?

Aquela voz.

— Minha cabeça... — Consegui dizer. — Eu vou morrer.

— É a segunda vez que você acorda. Já te dei aspirina a alguns minutos atrás, dê um tempo que isso irá amenizar um pouco. — Explicou calmamente o homem que aparentava estar sentado próximo a mim.

Depois do que pareceu uma eternidade em sofrimento, minha cabeça finalmente apresentou resquicios de um aparente alívio, alívio esse que foi suficiente para conseguir pelo menos abrir os olhos e encarar o ambiente a minha volta.

Eu estava no meu quarto, ainda vestida com as roupas da festa. Ryomen estava sentado ao meu lado me encarando com uma expressão que no momento eu não conseguia ler o que transmitia.

E havia mais uma pessoa no quarto.

— Nunu? — Consegui dizer para o homem encostado ao batente da porta do meu quarto.

— Acordou bela adormecida? — Ele ergueu uma sobrancelha. — Eu te trouxe de volta no carro, mas esse ai — indicou com a cabeça para Sukuna. — Insistiu em vir junto.

Percebi a postura do rosado ao meu lado ficar sutilmente mais rigida.

— Fala como se eu não tivesse quase que ter te arrastado pra longe daquela vagab...

— Enfim — Cortou Inumaki. — Você está bem?

— Na medida do possível. E Maki e Panda?

— Panda levou ela embora de Uber. Tudo tranquilo. Foi uma baita confusão na festa. — Ele trocou o peso de um pé para o outro.

Pisquei, me lembrando vagamente daquele filho da puta que veio encher o meu saco. Sukuna deve ter notado a minha mudança de expressão, pois apoiou uma de suas mãos na minha perna logo abaixo do joelho e apertou um pouco, em sinal de alerta.