🌤️. say yes to me

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"Diga sim para mim

Se você for, eu ficarei...Se você voltar, eu estarei bem aqui como uma barca no mar.

Na tempestade, eu permaneço lúcida porque na minha mente só tem você. Na minha mente só tem você..."

Say yes to Heaven, Lana dela Rey

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Sana sentou-se em uma das poltronas de auditórios, daquelas que você tem que puxar o assento para se sentar e pousou a pequena bolsa escura sobre seu colo

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Sana sentou-se em uma das poltronas de auditórios, daquelas que você tem que puxar o assento para se sentar e pousou a pequena bolsa escura sobre seu colo. Em sua diagonal, havia o palco centralizado entre as cortinas vermelhas aveludadas e pesadas, os arabescos dourados bordados ao longo do tecido traziam ao ambiente um charme a mais. As luzes amareladas ajudavam para que o âmbito do local fosse o mais aconchegante, mas ainda sim majestoso. O anfiteatro havia parado na década de trinta por conta dos pequenos recintos mais reservados que eram utilizados para a nobreza antigamente, um pouco mais alto do que as cadeiras enfileiradas ao centro do palco, Sana havia conseguido seu ingresso para aquele local privilegiado.

Sobre o pequeno anteparo que separava aquele piso mais alto das cadeiras normais do teatro, Sana observava as pessoas adentrando e sentando-se em seus lugares para que dentro de alguns minutos a orquestra subisse ao palco. Havia alguns lugares ao seu lado vagos, mas passaram-se os minutos e não houve uma única pessoa que sentara ao seu lado, tinha que admitir que era difícil contemplar as pessoas ali presentes e visualizar amantes marcando presença enquanto entrelaçavam as juntas das mãos, deixavam-lhe beijos na têmporas e compartilhavam sorrisos e olhares graciosos.

A japonesa olhou para suas próprias mãos não encontrando uma aliança em seu dedo anelar, muito menos alguém que foi capaz de sustentar uma relação com ela ao ponto de fazê-la sentir um gosto amargo no começo da garganta. Ela estava começando a odiar a própria companhia. De algum modo, ela tentou não se concentrar muito naquilo quando os músicos presentes em seus ternos escuros começaram a aparecer ao meio das cortinas vermelhas e douradas logo se sentando em seus lugares demarcados. Sana respirou fundo e se preparou porque ela não gostava de música clássica, mas odiava ainda mais permanecer trancafiada em sua casa se afundando em filmes clichês e potes de sorvetes caros.

Quando os primeiros acordes começaram e escalas foram feitas pelos instrumentos de cordas acompanhados pelos de percussão, ela teve que reconhecer que por algum motivo as notas musicais adentrando em seus ouvidos a faziam arrepiar. Ela sentia como se o bombear dos bumbos grandes estivesse dentro de seu coração, ritmando suas batidas com o ditar liderado pelo maestro. Com isso, ela nem percebeu a silhueta esgueirando-se perto de si, mas quando sua visão periférica denunciaram a chegada de um novo alguém, ela não conteve-se a não ser olhar por cima dos ombros.

Lá estava a moça presente em sua pâtisserie, a das bochechas coradas, do sorriso envergonhado, das mãos delineadas com veias e falanges longas:

— Oh... oi. - Um cumprimento envergonhado foi a única coisa que Nayeon fez antes de aproximar lentamente da poltrona ao lado da de Sana.

e se sua flecha me amar? . sanayeonOnde histórias criam vida. Descubra agora