órfãs (pt1)

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Encontrei-me um tanto isolado... Não tinha muita ideia do que fazer... Estava com fome e sem saber onde conseguir comida...rudéus não estavam em casa e o tempo parecia se arrastar...as horas passavam lentamente, já não aguentava mais...Cansado de esperar, decidi ir até a vila próxima, então peguei meu capuz, o grimório e uma bolsa com facas, para a jornada. A vila era movimentada e simples, habitada por diversas raças de todas as idades, e entrei em um corredor de vendedores... nunca vi tanta gente reunida, o problema era o excesso de falatório, que me causava dor de cabeça, logo o burburinho aumentava e eu começava a sentir vertigens, desabando no chão inconsciente. Talvez por isso eu não devesse estar ali... 

Acordei em um ambiente vazio e extremamente estranho, escuro, coberto por um cobertor no chão e um travesseiro, com a luz entrando apenas pelas frestas do telhado quebrado, iluminando o espaço…

"Você está bem?" - perguntou-me, preocupado, um garoto - meu nome é Hayato e o seu? Observando-o atentamente, percebi que ele era um humano, semelhante àqueles monstros que me mantinham preso... O que ele queria comigo?! Será que ele vai me devorar? Será que vai me mandar de volta para aquele lugar? Eu estava perdido em meus pensamentos até que ele prosseguiu: "Está com medo...? Eu também estou... você fala?" Respondi afirmativamente. "Bem... não precisa temer a minha presença... Sou russo, por isso falo de forma engraçada. Fugi dos cavaleiros, por isso, por favor, evite fazer barulho alto." Curioso, perguntei: "Por que está fugindo?" Ele respondeu com tristeza: "Eles são pessoas más... Não gosto deles." Em seguida, me apresento a ele como Vincent, o espanhol. "É um prazer, Vincent." Surpreso, perguntei se ele vivia sozinho. Hay contou: "Não, tenho um companheiro e uma companheira, Yura. Conheci-os na gaiola, a prisão do tráfico de crianças."

"Caramba…”

Uma garotinha se aproxima de mim com comida (pão e água) e me encara desconfiada, sem comer. A garotinha era uma elfo, e eu não confiava em elfos... Nem em humanos, aliás?? O QUE ESTOU FAZENDO AQUI?!! 

Logo Hayato percebe meu desconforto e se deita ao meu lado. 

- Está tudo bem, estou com você...

- Ah?... 

Deixava pois, ele era pequeno menor que eu, o acariciava até ele dormir.. 

Yura pega a comida e come sozinha, parecia precisar mais do que eu... Aliás, o que terá acontecido com eles para que isso ocorresse? E por que Hay me ajudou? 

Enquanto refletia, escuto Yura falando: 

- Que menino estranho... Por que Hay insistiu em trazê-lo? O que ele tem?

- O que você disse? 

- Eu não disse nada!! Você está louco?!! 

- Como assim?!... 

Olho atentamente para ela quando... 

- Ele é muito estranho... 

Ela não movia a boca...

EU LEIO MENTES?!!!!

A Destruição - Reescrevendo um mitoOnde histórias criam vida. Descubra agora