Capítulo 22

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Charles

Adeline acabou adormecendo em meus braços. A noite não terminou como eu imaginava, admito que estou um pouco frustrado, mas a situação do ex dela me preocupou.
Quantos abusos ela não teve que aguentar? Me doeu ver a forma como Adel ficou quando teve a crise de pânico, como me implorava para que ficasse junto a ela e quando disse que o único abuso que não sofreu foi o  físico, me fez querer cuidar dela ainda mais. Afonso não parecia um homem e sim um monstro, o qual eu nem conhecia mas já odiava com todas minhas forças, só por ver o quão mal ele ainda fazia a minha doce Adel.
Eu estava decidido que iria cuidar dela para que nada mais de ruim a acontecesse.
Peguei meu celular com todo cuidado para que ela não acordasse e conversei por mensagem com Lorenzo, dizendo a ele que precisava levar a mídia o final de meu relacionamento com Alex, me preparando da forma correta para ter Adel em minha vida. Junto a isso, vem a sua segurança e a de Stella, com quem ela dividia apartamento. Não sei até onde vai a loucura de Afonso em ir atrás dela, mas iria contratar alguém da minha empresa de segurança para que fique de olho, mesmo que de longe. Ainda não sei se vou dizer isso a ela, tenho medo que Adeline se sinta mal com a situação, mas a minha maior prioridade no momento é a sua segurança.
Olho para ela, que ainda dorme em meu peito e acaricio seus cabelos. Queria tanto que as coisas fossem mais fáceis para nós dois.
Em todos esses anos de carreira, a primeira vez que desejei ser um cara comum, foi ali. Ser apenas um rapaz recém formado em... direito ou sei lá o que, procurando um emprego melhor e conhecendo uma jovem jornalista linda, gentil e engraçada que procura alguém para dividir a vida e um futuro juntos, tendo que lutar todos os dias para ter uma vida sem muito luxo, mas feliz, batalhando para criar nossos filhos e um dia levá-los a Disney. Eu seria feliz assim, ninguém nunca me despertou esse tipo de sentimento, mas era fácil me ver com Adeline em qualquer situação que vida nos colocasse, exceto que fosse longe dela.
Eu estava começando a ficar sonolento quando vi que a mulher ao meu lado despertou.

- Acordei você?

- Não. - ela respondeu. - Estava tendo um pesadelo.

- Quer falar sobre? - eu disse abraçando-a ainda mais.

- Está tudo bem. Foi só um sonho ruim. - ela então me abraça com força e aproxima seu rosto do meu. - Que bom que a minha realidade é ter você comigo.

Meu coração parece explodir de felicidade ao ouvir o que ela falou. Não pude deixar de sorrir e então a beijei. Um beijo lento e gostoso.

- Você sabe que pode viver essa realidade sem se preocupar com o fim dela, não sabe? - pergunto assim que paramos nosso beijo.

- Charles... - ela diz com pesar. - Nós já falamos isso, as coisas não são...

- Falei com Lorenzo e vamos emitir uma nota sobre o fim do meu relacionamento amanhã ou depois. - digo acariciando seu rosto. - Eu quero ter você na minha vida, Adeline. Será que é difícil entender?

- Mas Charles, é tudo muito repentino. E se não der certo?

- Não estou pedindo para se casar comigo... AINDA - falo com uma risada e ela me acompanha. - Apenas para tentar algo.

- Relacionamentos são complexos demais, Charles. As pessoas se machucam com o passar do tempo. Eu não quero que as coisas terminem mal entre nós dois.

- Não tem porque isso acontecer.

- Por que acha isso?

- Porque você é tudo o que eu sempre quis e agora que te tive por um breve momento, não consigo mais ver a minha vida sem você. - me declaro com tudo o que estava sentindo. - É muito cedo pra falar isso, mas nada nunca foi tão certo, Adeline. Em poucos dias me fez sentir o que nenhuma mulher fez em toda minha vida. Se me disser que não sente o mesmo, que tudo isso aqui não passou de uma leve distração, quando você voltar para Londres eu prometo que nunca mais te procuro, mas se me disser que sente algo parecido, uma faísca que seja, sou capaz de lutar por você até o fim.

Adeline me olhava com os olhos arregalados e tinha uma expressão de surpresa em seu rosto, aos poucos sua respiração foi ficando mais rápida e um brilho apareceu em seu olhar, seus lábios se abriam em um sorriso.

- Eu achava que esse tipo de declaração só aconteciam em livros e filmes...Isso é um sonho, não pode ser real... as coisas não funcionam assim pra mim. - ela tinha os olhos marejados enquanto dizia isso.

- Sei que você passou por muitas coisas ruins, mas estou aqui pra mudar isso. Já falei, quero te fazer feliz. Só preciso que você aceite isso.

Ela estava pensativa e não desvia os seus olhos dos meus.

- Se você estiver mentindo, eu juro que...

- Eu não estou mentindo. - segurei seu rosto com as duas mãos. - As coisas podem funcionar da forma que achar melhor, ir com toda calma do mundo.

- Ok. - ela diz com um sorriso.

- Ok? - me espanto. - Você está aceitando?

- Estou aceitando te conhecer melhor, nada de namoro por enquanto. Você vai precisar me conquistar, do modo antigo.

- Tipo conhecendo sua família, te levando em encontros românticos no cinema? - pergunto com um sorriso de orelha a orelha.

- Sim. Claro que tudo na medida do possível, sem envolver a mídia. Não quero ninguém me acusando de destruir seu namoro, eu já me culpo o suficiente por isso.

- Você não foi culpada disso, tire essa ideia da cabeça.

Ela me olha com o sorriso mais encantador do mundo, mas aos poucos fica séria.

- Não me faz arrepender de te dar uma chance, Charlie.

- Prometo que não vou fazer isso, mon ange.

E então Adeline me beija.
Um beijo quente, cheio de vontade e apaixonado, e eu a puxo para cima de mim, lentamente ela se afasta, olha em meus olhos e acaricia meus cabelos e depois torna a me beijar. Eu puxo ainda mais seu corpo para o meu, que está queimando de desejo. Facilmente inverto nossas posições e começo a beijar seu pescoço, descendo para seu seio e quando ela arfa baixinho em meu ouvido, fico completamente louco.

- Me avise quando quiser parar. - digo baixinho a ela, com receio de que não queira que as coisas avancem tanto quanto eu.

- Só depois que você me fizer gemer seu nome, Charlie. - ela diz em um tom baixo e sedutor que me deixa louco. Não esperava por essa resposta.

Ela consegue me tirar do sério de uma forma sem igual. Como aquela coisinha delicada que chorava em meus braços há algumas horas atrás poderia se tornar essa mulher sensual me dizendo esse tipo de coisa?
Aos poucos nossas roupas foram parar no chão e realizei o seu desejo com maestria.

- Minha música favorita é o meu nome saindo dos seus lábios enquanto te faço gozar. - digo a ela.

- Para de falar e me beija. - Adeline diz  com um sorriso perfeito em seus lábios.




🫧

Notas:

Eita nois, o casal que kkkkkk botando em dia o tempo perdido.

Lembrando que esse capítulo está sem correção ainda, então pode haver alguns errinhos , estou muito na correria e esse foi o único momento que consegui parar para escrever.
Espero que estejam gostando.

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