Helena LuccacioUm sorriso surge em meu rosto enquanto estou caminhando novamente para junto do homem que tem estado em meus pensamentos constantemente.
Nikolai está novamente parado ao lado do seu carro, que é diferente do de ontem a noite, dessa vez com um óculos cobrindo os olhos azulados, os cabelos seguem alinhados perfeitamente e agora ele usa uma camisa com a manga curta.Vejo seu sorriso de lado, chego em sua frente e sou surpreendida com suas mãos puxando a minha cintura em sua direção. Sinto o cheiro amadeirado, o perfume masculino chega até mesmo a ser sensual, não é algo extremamente forte, mas um aroma que parece deixá-lo ainda mais convidativo.
Nossos lábios se unem, o beijo é lento, deixo que ele conduza o ritmo delicioso, a língua se mistura com a minha e sua mão me agarra com mais força.
— Descobri que eu precisava disso desde o minuto em que acordei. -Ele me revela com seu corpo ainda colado no meu, abro um sorriso feliz. — Vamos logo antes que eu desista de te levar para tomar café e mude nossos planos.
Essa sua frase me deixa curiosa, me faz imaginar possibilidades que ele poderia fazer acontecer. Seu tom foi diferente, um tom mais sexual e eu peguei a frase no ar. Diferente do que acontecia na presença de outros homens com quem já estive, essa frase não me deixou apavorada, entediada ou nada desse tipo. Pelo contrário, imaginar eu e Nikolai em um momento mais íntimo não é tão estranho assim.
— Estou com fome, Niko. Não pode mudar nossos planos. -Ele me ajuda a entrar no carro.
— Certo, seu apetite é algo fantástico, gosto que não se preocupa se deve ou não comer algo. -Ele fala pela perspectiva que teve ontem do jantar, eu não me acuei a comer. — Não tem essas frescuras com o corpo, apesar que obviamente, você não precisa se preocupar com isso. -Seu olhar desce pelo meu corpo e isso me faz corar.
— Eu nunca me preocupei muito com isso, gosto de ter uma boa alimentação, mas se quero comer algo, eu vou lá e como. -Ele põe o carro em movimento.
— Sou parecido com você. -Seu olhar vem até mim. — Se eu quero comer algo, eu vou lá e como. -Ele pisca um dos olhos para mim e tento não levar sua frase para o duplo sentido, mesmo com minhas pernas querendo formigar com seu tom sensual.
— Não sei, Niko, você me parece ser um homem que cuida muito do corpo. Deve passar boas horas na academia, ter uma boa alimentação...
— Sim, eu treino bastante. Gosto de correr e ter uma boa alimentação, mas nada exagerado demais, não vivo ao extremo nesse quesito. -Me conta. — A propósito, está linda! -Ele me elogia, sua mão encontra a minha e ele leva em direção a boca a beijando.
— Obrigada, Niko! Você também está lindo. -Minha mão continua na sua enquanto ele dirige, vejo a habilidade que ele tem em conduzir o veículo com uma mão só. Os dedos são grossos, algumas veias estão mais saltadas, é uma típica mão masculina mas extremamente atraente. Aliás, não acho que exista nada nele que não seja atraente.
Chegamos no local que ele reservou minutos depois, Nikolai me ajuda a descer do carro e caminha com as mãos na base da minha coluna. Diferente do jantar, essa vez vejo mais pessoas, ele nos conduz até uma mesa com uma vista incrível para o mar azulado. O Rio de Janeiro é verdadeiramente um absurdo.
Nikolai pede pães, sucos, alguns frios, doces, uma infinidade de comida e quando as mesmas chegam eu custo a acreditar que seremos capazes de acabar com todas.
— Prove esse. -Ele traz um pedaço pequeno de um pão doce para mim, Nikolai põe na minha boca e mastigo devagar sentindo a delícia que é. — Gostou? -Confirmo com a cabeça sem poder falar.
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A Vingança. -Série Família Bellini V.
Romansa"Existe uma escuridão que me rodeia, não existe esperança em me esvair dela, mas ainda assim, sem eu querer, uma luz adentrou em meu caminho. Um raio de sol.". Nikolai Bellini, o mais novo entre seus irmãos, é um homem que não é fácil de lidar, c...