As Entidade

Capítulo: 23

Sarah e Emily, após o confronto com a entidade, encontram-se sentadas nos degraus da entrada da escola de entidades. O Professor Jonas estava imerso em pesquisas, desvendando os mistérios por trás da entidade dissipada. Enquanto o sol se punha no horizonte, uma inquietação pairava sobre as duas amigas.

A experiência recente tinha deixado suas marcas. Sarah olhou para as mãos, ainda sentindo a pulsação da energia espiritual que ela controlava durante a batalha. Emily, ao seu lado, brincava com um fio invisível de sua amiga, registrando os braços invisíveis que Sarah usava na luta.

"Você acha que isso vai acontecer de novo?" Emily perguntou sua expressão refletindo a preocupação que compartilhamos.

Sarah suspirou, os olhos fixos no horizonte. "Não sei, Emily. O professor Jonas disse que as entidades muitas vezes são sintomas de desequilíbrios nos reinos espirituais. Se uma apareceu, poderia haver outras."

Emily concordou, sentindo a gravidade da situação. "Talvez seja melhor estarmos qualificados. Afinal, agora somos parte disso."

A noite caiu, envolvendo a escola em sombras que lembram as incertezas das amigas. A tranquilidade aparente escondia um nervosismo, como se o próprio ambiente estivesse ciente de que algo maior estava se desenrolando.

O professor Jonas, percebendo a tensão, se mudou delas. Seu olhar saudável captou a ansiedade nos rostos dos jovens.

"Não há necessidade de preocupação excessiva", começou ele, tentando oferecer conforto. "Estamos tomando precauções para garantir a segurança da escola. Além disso, suas habilidades serão fundamentais para enfrentar qualquer desafio que surja."

As palavras do Professor trouxeram algum problema, mas as sombras da incerteza ainda persistem. A escola, uma vez um refúgio de aprendizagem, agora se via no centro de eventos que transcendem as lições convenientes.

Ao longo dos dias seguintes, Sarah e Emily mergulharam em treinamentos intensivos, refinando suas habilidades e aprendendo novas maneiras de canalizar a energia espiritual. A escola tornou-se um campo de treinamento, seus corredores ecoando com as sugestões dos poderes que estavam sendo desenvolvidos.

Enquanto treinavam, a sensação de camaradagem crescia entre os alunos com habilidades especiais. Logan, com sua força extraordinária, ajudou a treinar os aspectos físicos. Kall, com seu olhar alvo, compartilhava insights sobre controle e soluções. E Emily, com seus próprios poderes únicos, explorava maneiras de aprimorar suas capacidades.

No entanto, mesmo com a união e o treinamento, uma sombra permanece na mente de todos. A incerteza do que poderia surgir a seguir lançava uma névoa sobre a rotina diária. As noites foram particularmente inquietas, com sonhos repletos de imagens fugazes e presságios indistintos.

Uma manhã, durante uma pausa nos treinos, Sara e Emily voltaram no jardim da escola. O sol brilhava no céu, mas a apreensão permanecia.

"Sarah," Emily começou, hesitante, "você já pensou sobre o que o Professor Jonas disse? Sobre a origem dos nossos poderes?"

Sarah franziu a testa, contemplando a questão. "Ele mencionou algo sobre sermos entidades, certo? Algo sobre uma entidade do passado se manifestando em nós."

"Exatamente", selecionada Emily. "É uma ideia fascinante, mas também assustadora. Será que isso significa que carregamos o peso das escolhas e ações de outra vida?"

As duas amigas ficaram em silêncio por um momento, absorvendo a magnitude do que isso poderia significar. A jornada espiritual delas não era apenas uma exploração de habilidades extraordinárias; foi uma exploração das essências próprias, das conexões entre passado e presente.