Sinopse:
Em Auradon, onde a magia e os contos de fadas se entrelaçam, S/N sempre foi uma garota fora do comum. Com um coração bondoso e espírito aventureiro, ela encontrou sua melhor amiga em Red, a filha rebelde da temida Rainha de Copas. Juntas, a...
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Uma hora após a festa de boas-vindas de Mal e Ben, os reinos estavam silenciosos novamente. Nos corredores vazios e nos salões desertos, cada convidado já havia retornado aos seus respectivos domínios. No País das Maravilhas, o castelo da Rainha de Copas estava envolto em um silêncio perturbador. Lá, em seu quarto, a Rainha de Copas estava mais pensativa do que nunca.
Sentada à frente do seu espelho dourado, ela penteava o cabelo enquanto olhava seu reflexo. Sua mente, no entanto, estava longe dali, perdida nos eventos da noite passada. A conexão que havia sentido com S/n não saía de sua cabeça. Algo mudou naquele breve toque e troca de olhares, algo que ela sabia ser errado, mas não conseguia evitar.
A Rainha de Copas, uma figura de poder e autoridade, estava acostumada a controlar seus sentimentos. Contudo, o desejo que sentia por S/n era diferente de tudo que já havia experimentado. Era um desejo ardente, quase primitivo, que a fazia se sentir vulnerável e exposta.
Enquanto penteava o cabelo, seus pensamentos eram dominados pelos olhos hipnotizantes de S/n. Cada detalhe da interação entre elas estava gravado em sua mente, repetindo-se como um disco quebrado. Ela queria aquilo, mesmo sabendo que era errado. Havia aceitado a imoralidade do sentimento, mas não se importava. O desejo era mais forte que a razão, e ela se viu novamente pensando em s/n.
Ela se viu revivendo cada segundo da festa. Lembrou-se de como os dedos de S/n roçaram os seus brevemente, provocando uma corrente elétrica que subiu por seu braço. Lembrou-se dos olhares furtivos que trocaram, cada um carregado de uma promessa que ela sabia que não poderia cumprir, mas que desejava desesperadamente. A sensação da proximidade de S/n a fazia sentir um calor que nenhum vestido ou coroa poderia justificar.
"Como uma pessoa como eu pode estar se sentindo assim?" ela se perguntou, encarando seu reflexo com olhos duros. Era uma rainha, uma figura que deveria ser intocável, acima de sentimentos humanos tão banais quanto o desejo. Mas ali estava ela, rendida a emoções que mal compreendia.
Ela tentou se distrair, focando na rotina noturna de beleza. Mas tudo parecia inútil. Cada vez que fechava os olhos, via o rosto de S/n, sentia a maciez de sua pele, ouvia sua voz suave. Era uma tortura deliciosa que a fazia desejar mais e mais. Ela sabia que dormir seria a melhor opção, uma tentativa de fugir desses pensamentos avassaladores.
Ela caminhou de um lado para o outro em seu quarto, tentando se ocupar com qualquer coisa. Abriu um livro de estratégias de guerra, mas as palavras pareciam sem sentido. Tentou bordar, mas suas mãos tremiam levemente. Até mesmo a música, que geralmente a acalmava, parecia apenas amplificar a ansiedade. Cada som, cada melodia, trazia de volta a imagem de S/n.
A Rainha de Copas apagou as luzes do quarto e se deitou na cama, puxando os cobertores de seda sobre si. Fechou os olhos, esperando que o sono a levasse rapidamente. Mas cada vez que os pensamentos começavam a se aquietar, a imagem de S/n invadia sua mente. O desejo ardente não permitia que ela descansasse.
