Capítulo 31

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Não retornei para a escola, Sebastian e Jayson foi na escola explicar o acontecido e recolher as minhas coisas que ficaram no quarto, não precisaria delas ou que eles fossem buscar, mas para manter as aparências eles optaram em recolher.

Como minhas notas e o relacionamento com todos era ótimo, nenhum professor foi contra minha ausência e ainda deixaram claro que eu poderia aprender em casa esse final do ano letivo. Realizei as atividades e as provas enviadas por e-mail e como esperado fui aprovada com a nota máxima.

Henry estava mais apegado a mim do que antes, ele deve ter ouvido ou visto seus avós serem encaminhados para o Rio Lete, pois ele ficou alguns dias mais manhoso e choroso. Não conversamos mais, mas ele vem se esforçando muito para aprender a falar.

Ele desenvolveu um idioma apenas dele, mas conseguimos entender algumas palavras, então a comunicação está mais fácil, ele não sai da sala de treinamento quando estou nela, acompanha todos os rituais, feitiços e poções que faço atentamente como se eu estivesse sendo sua professora.

O aniversário do Henry foi comemorado normalmente, mas apenas entre nós em casa. Teodora como sempre muito prestativa e observadora, ela já entendeu que ficarei fora, para que Jayson se concentre em Henry.

O pirralho também já me conhece, pois grudou em mim de uma forma que não consigo nem ir ao banheiro sozinha, pois ele fica na porta esperando que eu saia e se alguém tenta o afastar de mim ele realiza um escândalo que parece que estamos o matando.

O último mês de férias, foi calmo e providenciamos meu material e claro que muitas deram em cima de Jayson que aparentemente aposentou sua fase de galinha, pois ele não saiu de casa momento algum ou quando saia fazia questão que Henry e eu o acompanhasse. Com a compra do material já providenciei a decoração do meu quarto com acomodações para Nyta, ele será em branco e dourado como é em casa e a diretora em momento algum se opôs ainda mais quando conheceu Henry pessoalmente.

Já nas últimas semanas Henry me olhava e chorava silenciosamente e para não levantar suspeitas fui com ele para o submundo, claro sem ninguém saber. Aproveitei que Jayson havia subido para tomar banho e nos joguei ao submundo pelo meu subconsciente.

Caraca, como você é gata — Henry me fala assim que me vê na minha forma, tamanho normal — Agora entendi o motivo do meu pai surtar.

— Como é Henry?

— Para de se fazer de burra Lya, você é a maior gata.

— Não diga bobagens.

— Espera — Henry parrou com tudo no meio do meu quarto que tenho em Elysium — Por que não fiquei sabendo dos seus namorados?

— Porque não sou burra de pegar ninguém daqui — ele concordou com a cabeça e assim que processou o que eu disse ficou completamente vermelho de raiva — Para com esse ciúme, te trouxe aqui para saber qual é o drama?

— Você não vai voltar — ele fala triste e com a voz embargada.

Isso comigo não cola — ele desmancha a cara e me mostra a língua — Você acertou, não planejo voltar, quero que treine e cuide de Jayson.

— Não joga ele para mim não, você não tem noção de como ele fica insuportável longe de você.

— Se vira, você é inteligente e vai conseguir levar ele.

— Você quer dizer manipular né...

— Eu não disse nada, quem falou foi você — digo erguendo as mãos para o seu em forma de rendição e ele joga uma almofada em mim.

O Contrato da Rosa NegraOnde histórias criam vida. Descubra agora