Capítulo 56

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— Não pode culpá-lo — Jhon falou entrando da biblioteca.

— Não estou.

— Então é pior do que estava pensando, está se culpando — confirmo com a cabeça — Minha baixinha não fica assim.

Jhon se sentou ao meu lado na janela e acabo me entregando as lágrimas assim que ele me abraçou, ele não falou nada, mas senti sua magia trancar a sala e isso me deu liberdade de deixar sair todo o choro que estava me sufocando.

— Pronto — digo após um tempo chorando e Jhon solta um riso nasalado negando com a cabeça.

— Você é muito prática.

— Não vem com essa — ele me abraça forte transmitindo todo o seu carinho.

— Vai me explicar agora? — nego com a cabeça — Deixa eu tentar novamente, me conte o que está perturbando essa mente diabólica e pervertida.

— Você venceu idiota, eu sinto que a qualquer momento Jayson vai me afastar novamente e tudo ruirá.

— Você está certa em partes, sua intuição grita para não se apegar, pois vai acabar logo, o que ela está esquecendo de te avisar é que o motivo, logo ele irá morrer, mas não antes de você o ver surtar por envelhecer e você permanecer a gostosa que é.

— Eu posso...

— Eu sei que pode, você sabe que pode, mas ele mesmo assim vai surtar e mais uma briga vai surgir em meio tantas outras, daí vai chegar o momento que tantos ignoram, a morte vem para ele.

— Jhon...

— Não Lya, eu sei que isso é normal e também sei que você tem essa noção — ele me segura nos ombros olhando em meus olhos — O que você está esquecendo é que até lá vocês podem se amar muito, se divertir muito e é exatamente nisso que seu foco tem que estar, deixe para sofrer depois te prometo que vou estar aqui se você me permitir, é só me chamar, para você venho facinho e rapidinho.

A conversa com Jhon me fez muito bem eu estava tão imersa em meus pensamentos que nem percebi que o Natal já tinha se aproximado, a decoração foi feita exclusivamente por Sebastian e Henry e claro que Ralf por trás para garantir que os dois não se matem, ou destruam a casa.

Na noite de natal estávamos todos na sala após o delicioso jantar que Teodora nos preparou, ela pediu para ser dispensada da noite e no outro dia, sei que gostaria de estar na companhia dos seus amigos, então a liberei sem nem deixar ela terminar de falar.

A troca de presentes foi rápida e percebi que Jayson estava inquieto enquanto Henry segura o riso de todas as formas. Mas ponto alto foi quando os três resolveram ir dormir em simultâneo. Ao pé da escada, Henry me fez sinal de silêncio e subiu rindo, ele certamente sabia o que estava acontecendo.

— Lyara — Jayson me chama as minhas costas e ao me virar o vejo de joelhos a minha frente segurando uma caixa, minha respiração se acelerou — Eu sei que fui uma péssima pessoa e gostaria de corrigir esse erro, aceita namorar comigo?

Eu não conseguia responder à voz, não saia por mais que eu abrisse e fechasse a boca minha voz se recusava a dizer sim, ao perceber que Jayson já estava ficando mais que inquieto eu seguro seu rosto e o beijo.

Beijo que começa calmo e vai esquentando e as mãos começam a passear pelos nossos corpos, o momento nos fez esquecer completamente onde estávamos e nos entregamos aos toques ali mesmo, ou era o nosso desejo, mas não foi bem assim.

— Por favor, eu realmente não quero ter essa cena gravada na minha mente — a voz do Henry me assustou e antes que eu pudesse me levantar, Jayson me puxou para sentar entre suas pernas e esconder sua ereção.

O Contrato da Rosa NegraOnde histórias criam vida. Descubra agora