No turbulento mundo das maldições, os feiticeiros jujutsu precisam unir forças para reparar os danos causados pelo ataque de Shibuya. Yuki Tsukumo, uma feiticeira de nível especial, e Choso, um híbrido de maldição e humano, são encarregados para pro...
Mal chegamos e temos tarefas a fazer, de acordo com o diretor da escola de Jujutsu, há maldições em uma casa de ópera daqui, a energia amaldiçoada parece incomum, mesmo para Tóquio.
Olho para Yuki que está caminhando ao meu lado. Seu corpo está em alerta, sua postura ereta enquanto a respiração sincroniza com o ritmo de seus passos, com tudo, percebo o brilho de divertimento presente em seus olhos. O sol da tarde lança sombras sobre os prédios altos, faz parecer picos de gelo, embora esteja um calor insuportável, e esse terno que estou usando não ajuda.
_Uma casa de ópera, parece interessante, porque alguém sentiria emoções negativas em um lugar como esse?_Yuki pergunta virando na minha direção, não tinha percebido que estava ficando para trás.
_Não sei, é melhor ficarmos atentos quando estivermos lá._apenas murmuro a resposta.
_Não precisa se preocupar tanto assim, daremos conta._ela abre um sorrisinho confiante, tenho que confessar que até que é convincente, quase faz com que eu acredite que será fácil. Quase._Mas então, o que seremos? Primos? Irmãos, Namorados...?
Engasgo com a menção que ela faz, parece que essa mulher não tem nenhum tipo de vergonha, sinto minhas bochechas esquentando e sou obrigado a controlar a circulação do meu sangue.
_Se bem que, somos muito diferentes fisicamente, essa história de familia não iria colar_Ela continua, achando graça da situação e principalmente do meu espanto.
_Tanto faz pra mim.
_Me fale o seu tipo de mulher que vai ficar mais fácil de atuar_Yuki sugere, ainda com aquele brilho travesso nos olhos. Espertinha.
Quando chegamos a casa de ópera, o ambiente é grandioso, as portas possuem vários ornamentos, esperado de um lugar frequentado por famílias de classe alta, no entanto, há algo estranho no ar, uma sensação de opressão que não combina nada com todo esse luxo.
Está sentindo essa energia sufocante, Choso?_Os dedos de Yuki encontram o meu antebraço, andamos em passos remotos e robotizados, como as pessoas aqui.
_Sim, parece ser uma maldição de nível dois ou mais.
O salão principal é vasto, com fileiras de assentos de veludo vermelho, todos voltados para o palco. A cortina carmesim está fechada, mantendo em segredo o espetáculo prestes a começar. O som de murmúrios animados e o farfalhar de programas se mistura no ar, enquanto o público aguarda com expectativa.
Escolhemos nossos assentos, ficamos com os camarotes privados, desse jeito, nossa visão é ampla e privilegiada,Yuki senta na poltrona, cruzando as pernas de modo que pareça uma dama da alta sociedade entediada o suficiente para vim assistir uma ópera, o decote na lateral do seu vestido fica destacado com o movimento. Destacado demais. E por algum motivo me obrigo a desviar o olhar.
_É a sua primeira vez em um lugar como esse?_Tsukumo me encara, a sua postura quase se desfazendo para ficar mais relaxada.
_Sim.
_Perfeito! Então aproveite, eu vou resolver a nossa vida, tchauzinho_Yuki começa a se levantar do assento, passando por mim, mas antes que consiga minha mão segura o seu braço, meu aperto é firme.
_Onde você pensa que vai?_falo entre dentes com a esperança que ninguém ouça esse showzinho.
_Já falei_ ela tenta se soltar, isso só faz meus dedos se apertaram ainda mais.
_Eu não estou em Tóquio para ficar assistindo espetáculos, Tsukumo.
Ela abre a boca para retrucar, mas antes que consiga somos suspensos.
_Com licença senhores, caso estejam interessados, temos locais mais apropriados para essas interações...calorosas.
O quê...
Nos viramos para ver um atendente uniformizado, com um sorriso educado, mas levemente sarcástico. Meu rosto queima de vergonha e solto o braço de Yuki imediatamente.
_Não, não é isso que parece_tento explicar, mas minhas palavras saem atropeladas.
Yuki apenas ri, claramente se divertindo com a situação.
_Obrigada pela sugestão, mas estamos bem aqui_ela responde, dando um sorriso despreocupado para o atendente enquanto apóia o peso nos meus ombros. Ele apenas inclina a cabeça em um gesto de compreensão antes de se afastar.
_Vamos focar na missão, por favor_murmuro, ainda tentando me recompor.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
