Over the rainbow - Versão Sillie

Capítulo 28

– Então se eu te beijasse agora... - Começou, com a respiração pesada. - você não ficaria chateada? - Perguntou mordendo seu lábio inferior, ainda com a voz quase nula, apenas para confirmar se havia entendido certo. Sentiu suas mãos suarem e tremerem, por isso apertou os punhos.

– Não. - Sadie respondeu em um fio de voz e Millie assentiu, voltando a encarar seus olhos, respirando fundo antes de se inclinar mais, hesitantemente e temeu estar cometendo o maior dos erros. Não deveria estar fazendo isso, não deveria mesmo!

Até que seus lábios finalmente se encontraram com o doce toque dos lábios de Sadie, fazendo ela mudar de ideia instantaneamente. Deveria sim estar fazendo! Já deveria ter feito isso muito tempo atrás.

Millie sentiu explodir dentro de si um pânico diferente, sentiu seu estômago revólver como costumava cada vez que tocava seus lábios nos de Sadie, mas foi quando sentiu Sadie adentrar a língua em sua boca, aprofundando o beijo, que sentiu como se tivesse sido abduzida. Uma fome que ela nem sequer sabia existir dentro de si se apossou de seu corpo, fazendo ela levar sua mão até a nuca de Sadie, com intuito de aproximar mais seus corpos.

Tratou de beijar Sadie com toda a suavidade do mundo, não queria que sua voracidade e impaciência machucassem Sadie, já que a mesma tinha um pequeno corte no lábio superior.

Sadie, com seu braço direito, puxou Millie para seu colo, fazendo a mesma soltar o tubo de pomada sobre a cama. Millie se ajeitou com uma perna de cada lado do corpo de Sadie e passou seus dois braços pelo pescoço da mais velha, cuidadosamente para não atingir o local machucado. Millie sentiu seu corpo se aquecer ao lembrar que, enquanto sentia a língua de Sadie deslizar pela sua, deliciosamente, ela estava no colo de Sadie e, bem, o que separava Sadie de estar nua era apenas uma minúscula calcinha.

Foi quando Millie arrastou as unhas vagarosamente em sua nuca que Sadie apertou com vontade a cintura de Millie, fazendo a mesma soltar um gemido involuntário na boca de sua esposa. Sadie se sentiu incendiar com tal harmonia para seus ouvidos e isso só aumentou quando Millie mordeu seu lábio inferior de forma sensual.

Sentiu o beijo se tornar mais desesperado,
mas ao sentir o braço de Millie esbarrar seu ombro não conteve em soltar um resmungo baixinho.

– Oh meu Deus, desculpe. - Millie pediu. Sadie riu negando com a cabeça. - Sou um desastre, você deveria saber disso. - Sussurrou sorrindo, selando os lábios de sua esposa sem pressa. - E por isso deveríamos focar no mais importante aqui: A pomada

– Certo. - Sadie disse rindo, vendo Millie se retirar de seu colo e de repente se sentiu envergonhada por estar nua da cintura para cima. Se deitou na cama e logo Millie, com mais dificuldade do que nunca, pois havia conhecido o sabor daqueles lábios, aplicou a o conteúdo do tubo nos hematomas de Sadie.

Conversaram coisas triviais após o episódio do beijo e, assim que Millie terminou de passar a pomada, Sadie preferiu vestir uma camisa branca e fina de botões. Millie agradeceu mentalmente por isso e se inclinou, apagando a luz do abajur.

– Boa noite, Sads. - Sussurrou.

– Boa noite, - . Respondeu. Queria dar um beijo de boa noite em sua esposa, mas honrava o que havia prometido à Millie quando lhe propôs casamento: Nada seria forçado ali, respeitaria cada vontade e decisão de Millie.

Sentiu os braços de Millie lhe abraçarem minutos mais tarde, se aconchegando nas curvas de seu corpo e sorriu para si. Logo caiu no sono.

[...]

Millie abriu os olhos piscando várias vezes, só para constatar que não estava sonhando. Sadie a encarava sem dizer nada.

– Bom dia! - Sadie disse. Seus hematomas estavam levemente menos roxos e seus cabelos desgrenhados.