𝐃𝐄𝐒𝐓𝐈𝐍𝐎 caprichoso

𝗔𝗕𝗦𝗨𝗥𝗗𝗢𝗦 𝗜𝗡𝗘𝗦𝗣𝗘𝗥𝗔𝗗𝗢𝗦

          "Espere um minuto..." Sasaki Kojirou solta uma risadinha prolongada, quebrando o silêncio que havia se instaurado na sala de jantar. "Acho que escutei algo de errado..."

Não tinha como Adão estar falando sério sobre aquilo. Por que diabos alguém iria querer presentear a humanidade com uma dimensão? Isso não fazia o menor sentido.

"Você... Hm... Você poderia repetir novamente...? Onegaishimasu...?"

O espadachim de cabelos grisalhos, em um gesto de desespero, decide humildemente voltar a questionar o ancião.

Em contrapartida, Adão repete a notícia com a mesma calmaria anterior: "Para homenagear nossa vitória no Ragnarok, Zeus planejou nos premiar com um dimensão... Onde, segundo ele, poderíamos passar o restante da quarentena em segurança..."

As explicações absurdas do pai da humanidade fazem Kojirou voltar a ficar boquiaberto, sem conseguir encontrar forças para reagir de outra maneira.

Quando o espadachim acordou naquela manhã, em um dos quartos de hóspedes daquela gigantesca mansão, ele jamais imaginou que iria escutar aquilo de Adão.

Especialmente no meio da manhã, no fatídico momento em que todos os Einherjar estavam tomando café sem grandes preocupações.

[Desconsiderando as brigas rotineiras, é claro, já que elas não contavam-]

Mas Adão, por outro lado, não perde tempo antes de ajeitar o pão que estava quase caindo da mão de Nikola ao estender sua explicação.

"Portanto... Gostaria de avisar a vocês que, daqui dois dias, estaremos nos mudando da mansão e-"

"Hey, hey, hey! Pode parando por aí!"

Da ponta da mesa, Leônidas inesperadamente decide começar a interromper a fala do pai da humanidade enquanto se levantava da cadeira.

"Que papo de merda é esse?" O espartano vocifera com uma expressão irritada. "Adão... Não me diga que você realmente cogitou a ideia de aceitar essa maldita proposta-"

"Leônidas!"

Por ainda estar preso em seu estado de surpresa, Sasaki Kojirou acaba repreendendo a falta de educação do Rei de Esparta de forma inconsiente.

Isso faz o guerreiro nomeado lançar um de seus infames olhares mortais em sua direção, fuzilando-o com todo seu extenso mal-humor.

"... Eu mereço..." Simo Häyhä murmura para si mesmo, desejando ter uma de suas armas em mãos para silenciar de vez aquele brutamontes barulhento.

No meio dessa confusão estava Sakata Kintoki, a alma azarada -e exausta- que abria um sorriso tenso ao tentar amenizar a situação.

[Brunhilde não poderia ter escolhido um grupo mais diferenciado para representar a humanidade-]

"Min'na-San... Vamos nos acalmar um pouco-"

"Não repita essa merda!" Leônidas corta com um rosnado, se virando para encarar a heroica figura japonesa nos olhos. "Você sabe o quanto Zeus é um maldito depravado!"

A irritação do espartano acaba fazendo o restante dos humanos superarem seus respectivos estados de supresa, voltando finalmente a si.

Desta forma, Qin Shi Huang logo começa a sorrir de forma arteira quando a ideia de provocar o guerreiro temperamental aparece em sua mente.

"Leônidas... Meu querido irmão... Devo lhe avisar que esse comportamento não é nada digno de um Rei~"

"Vai pro inferno!" Naquele ponto, Leônidas já havia esquecido o motivo central de sua raiva. "E não me chame assim, porra!"