𝗠𝗔𝗡𝗛𝗔 𝗧𝗨𝗥𝗕𝗨𝗟𝗘𝗡𝗧𝗔

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          Uma das criações modernas que Leônidas mais amou, após conhecer pela primeira vez, foram os travesseiros modernos. Com toda a certeza.

O conforto que aquelas maravilhosas almofadas conseguiam garantir era uma promessa irrecusável que encantou o teimoso Rei de Esparta desdo primeiro momento.

Nada disso, no enquanto, justificava o fato de que Leônidas possuía um arsenal de almofadas em seu quarto que ultrapassava a quantidade de dois dígitos.

Se você perguntasse ao espartano a origem dessa estranha obsessão, ou quando ela começou, você não receberia nenhuma resposta. Pois nem mesmo Leônidas sabia explicar o que havia acontecido com sua vida.

No começo era um impulso pequeno, ignoravel, somente alguns travesseiros novos por ano. Mas agora, no dias atuais, o poderoso espartano não conseguia sair de uma loja sem levar (pelo menos) um travesseiro para casa.

E sabe qual era a pior parte? Leônidas conseguia notar as pequenas diferenças entre todas elas apenas olhando. O que era tão bizarro e inútil quanto parecia em teoria.

E isso, por fim, explica a quantidade exorbitante de almofadas que estavam espalhadas pelo seu quarto temporário aleatoriamente.

No meio daquela bagunça estava Leônidas, profundamente adormecido no meio de vários travesseiros enquanto abraçava seu modelo favorito.

[Aquele havia sido o primeiro travesseiro que Leônidas ganhou de presente de aniversário dos seus soldados-]

O chão do quarto também estava infestado de travesseiros. Alguns que caíram da cama, no meio da noite, e outros que apenas estavam lá por estar.

Em outras palavras: era um caos desorganizado. Mas, apesar disso, o teimoso Rei de Esparta se negava a aceitar a gravidade de sua situação. Preferindo continuar fingindo ignorância.

Seus doces sonhos, por outro lado, são logo interrompidos por Geirölul que abre a porta do quarto com brutalidade, sem se importar em quebrá-la acidentalmente.

"LEÔNIDAS- Puta merda..."

A mudança brusca de emoção, que faz a valkyria mudar de furiosa para confusa em poucos segundos, não impede Leônidas de levantar assustado e bater a mão contra a cômoda sem querer.

"Porra..."

O espartano xinga enquanto, inconscientemente, mandava um olhar fulminante na direção da mobília. Como se aquele objeto inanimado fosse uma pessoa com sentimento perversos e desejos hostis.

"Mas que merda é essa, Leônidas?" Geirölul questiona com a testa franzida. "Você vai abrir a porra de uma loja de travesseiros ou coisa parecida?"

Leônidas não responde a nenhuma de suas perguntas, preferindo cair de cara nos seus travesseiros macios e rosnar ao invés de socializar como um ser humano normal.

"Esse barulho foi para mim?" Geirölul engasga, parecendo estar ofendida pelos motivos errados. "Eu sou sua melhor amiga, seu maldito leão selvagem! Então trate de parar com isso!"

Leônidas geme: "Eu não sou um maldito leão-"

"É sim! Nem tente negar isso!"

O suspiro cansado que Leônidas solta estava longe de ser digno de um Rei mas, naquele ponto, nenhum dos dois ligava para isso.

Geirölul roda os olhos em resposta ao som dramático do humano, já estando acostumada com seus -adoraveis- hábitos felinos.

A semideusa também aproveita o momento para entrar dentro do caótico quarto, com o objeto de se aproximar de Leônidas.

𝐃𝐄𝐒𝐓𝐈𝐍𝐎 caprichosoOnde histórias criam vida. Descubra agora