No dia seguinte, Alecsander acordou com os primeiros raios de sol e, ao tatear a mesa da cabeceira para acender o abajur, acabou pondo as mãos em um envelope.
O menino sentou-se na cama e acendeu a lâmpada. Ele olhou para as outras camas, todos ainda dormiam. Sua atenção voltou-se para a carta, era de sua mãe destinada a ele e ao seu irmão. Molly provavelmente esqueceu-se que laranja não era a sua cor, o envelope que guardava a carta era de uma cor berrante de laranja.
Alecsander abriu a carta com um creek e começou a lê-la, ela os parabenizaram por terem sidos selecionados à Grifinória, mencionou que Gina sentia falta deles, e contou um pouco sobre o trabalho de Arthur, falou sobre as pequenas pragas em seu jardim que voltaram e terminou a carta perguntando sobre eles e seus irmãos.
Alecsander segurou a carta contra o seu peito e respirou fundo, ele sentia saudades de seus pais e de Gina, aquela estava sendo a primeira vez que passaria tanto tempo longe de casa. Ele colocou a carta sobre o travesseiro — pretendia entregar a Rony assim que ele acordasse — e pulou da cama, sentindo-se estranhamente energizado.
Depois de tomar banho e escovar os dentes, ele vestiu o uniforme e levou um tempo maior ajeitando a gravata.
Ao sair do banheiro, ele foi acordar os seus colegas, já eram seis horas e em breve começaria o café da manhã.
[...]
— Ali, olha.
— Onde?
— Entre os gêmeos ruivos.
— De óculos?
— Você viu a cara dele?
— Você viu a cicatriz?
Os murmúrios acompanharam Harry desde a hora em que ele saiu do dormitório. Os adolescentes que faziam fila do lado de fora das salas de aula ficavam nas pontas dos pés para dar uma espiada, ou ia e vinha nos corredores para vê-lo duas vezes. Alecsander desejou saber alguma azaração para que pudesse usar, porque toda aquela situação era estressante e eles estavam tentando encontrar o caminho para as suas aulas.
Havia cento e quarenta e duas escadas em Hogwarts: largas e imponentes; estreitas e precárias; umas que levavam a um lugar diferente às sextas-feiras; outras com um degrau no meio que desaparecia e a pessoa tinha que se lembrar de saltar por cima. Além disso, havia portas que não abriam a não ser que a pessoa pedisse por favor, ou fizesse cócegas nelas no lugar certo, e portas que não eram bem portas, mas paredes sólidas que fingiam ser portas. Era também muito difícil lembrar onde ficavam as coisas, porque tudo parecia mudar frequentemente de lugar. As pessoas nos retratos saíam para se visitar e Alecsander tinha certeza de que os brasões andavam.
Os fantasmas também não ajudavam nada. Era sempre um choque horrível quando um deles atravessava de repente uma porta que a pessoa estava querendo abrir. Nick Quase Sem Cabeça ficava sempre feliz de apontar a direção certa para os alunos de Grifinória, mas Pirraça, o Poltergeist, apresentava duas portas fechadas e uma escada falsa se a pessoa o encontrasse quando estava atrasada para uma aula. Ele despejava cestas de papéis na cabeça das pessoas, puxava os tapetes de baixo de seus pés, acertava-as com pedacinhos de giz ou vinha sorrateiro por trás, invisível, e agarrava-as pelo nariz e guinchava: “PEGUEI-A PELA BICANCA!”
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𝕎𝕖𝕒𝕤𝕝𝕖𝕪ʰᵃʳʳʸ ᵖᵒᵗᵗᵉʳ
Fanfiction━━ 𝕎𝕖𝕒𝕤𝕝𝕖𝕪ʰᵃʳʳʸ ᵖᵒᵗᵗᵉʳ em andamento... ❛❛Alecsander Weasley é o sétimo filho de oito irmãos, até aos dez anos o garoto passava despercebido entre tantos outros filhos de Molly Weasley, herdava as roupas gastas de seus irmãos m...