WOUNDED HEARTS

WOUNDED HEARTS - CHAPTER ONE

WOUNDED HEARTS - CHAPTER ONE
Pov. Valentina Sofia F. Alencar

Acordo em um quarto de hotel e olho para o lado cama e vejo uma mulher loira dormindo profundamente depois do que rolou não sei ao menos o seu nome. Estou chateada porque não sei quando voltarei pra Itália novamente, terei que ir para minha fazenda no brasil, atrás de novos sócios, minha produção de vinhos tem aumentado bastante. Os sócios daqui não estão dando conta devido ao crescimento das minhas exportações, e eu não confio em nenhum funcionário pra fechar um contrato. Percebi que não tem um só competente para fazer isso, então terei que ir, eu gosto do campo e sinto falta, mas ultimamente estou amando acordar com uma mulher diferente na cama. Antes do meu pai falecer, meu foco era estudo e trabalho pra que eu pudesse me tornar capaz de herdar e manter tudo quando ele não tivesse. Até hoje sou muito grata a ele por tudo que fez por mim. Me tirou de um orfanato e me escolheu para ser sua filha mesmo sabendo da minha interssexualidade.

Fui abandonada pela minha mãe naquele lugar quando nasci, vivi um inferno lá dentro, sempre apanhando por causa da minha condição. E o tempo foi passando e com isso ficava mais difícil alguma família querer me adotar, aí ele apareceu seu Antônio Carlos Fontes Alencar. Estava passando pelo corredor visitando o orfanato quando nos encontramos e ele me olhou nos olhos e disse "Parabéns princesa! Você será minha herdeira e a próxima Bilionária Alencar". Desde aquele dia ele me fez ter os melhores professores particulares e fui para faculdade e me formei em Administração e quando retornei para finalmente começar a trabalhar ao seu lado descobri que ele estava com câncer e tinha apenas três mês de vida, então não sai do seu lado e aprendi tudo que podia para honrar sua memória quando se fosse e foi isso que fiz, já faz dois anos que ele morreu. E fiz a exportadora crescer 80%. Me levanto da cama vou em direção ao banheiro, tomo um banho e me arrumo, minhas malas já estão no carro, vou com meu motorista até o aeroporto, vou no meu jato particular e seguirei viagem até o brasil rumo a fazenda Alencar. Depois de um tempo chegamos na fazenda e já avisto Francisco me esperando com um grande sorriso no rosto. Francisco é a pessoa que administra a fazenda, ele cuida de tudo aqui e sempre foi como um segundo pai pra mim.

Francisco - Minha menina que saudades. - fala me abraçando.

Valentina - Também estou morrendo de saudades meu velhinho. - digo e ele me olha fazendo uma cara de bravo por chamá-lo de velhinho.

Francisco - Não me chame assim mocinha, não estou tão velho assim não. - diz.

Vamos andando em direção a casa rindo e conversando sobre o andamento das produções da fazenda, apesar de eu acompanhar tudo de longe. Francisco me mostra toda a casa que está em ótimo estado.

Francisco - Uma faxineira vem uma vez por semana e deixar tudo limpo e bem conservado. Mas me diz minha menina, quando vai arranjar alguém para que eu possa ver uns mini Alencarzinhos correndo por esses campos em minha filha? - pergunta.

Valentina - Não quero saber de família Francisco, esse negócio de amor não é pra mim. - respondo.

Francisco - Mais e aquela moça morena que você namorava, foi a única mulher que namorou... - o interrompo.

Valentina - Não importa, e não quero falar sobre isso e obrigado, mais você pode me deixa sozinha por favor. - falo e ele olha sem entender, mas me deixa sozinha como pedi.

Quando fazia faculdade eu me apaixonei por uma colega e estão começamos a namorar, mais certo dia quando estava chegando em seu apartamento para fazer uma surpresa, vi ela beijando outra garota no corredor e depois elas entraram no apartamento. E daquele dia em diante vi que esse negócio de amor não era pra mim. As mulheres que fico só são sexo, não me apego a ninguém.