Dia das mães

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Paolla 

- Mamain? - Ouço a vozinha da minha filha me chamar e sorrio antes mesmo de abrir os olhos pra vê-la com o rosto quase que colado ao meu,o cabelinho loiro bagunçado e os pares de olhos azuis tão lindos quanto os do pai. - Toma,é pá você. 

- Pra mim? - Pego a florzinha amarela das mãozinhas gordinhas dela e me sento na cama a trazendo pro meu colo. - Obrigada,meu amor. Você foi buscar essa flor lá no nosso jardim? 

- Shim. - Ela assente sorrindo e vejo seus dentinhos de leite lindos. Me derreto toda por ela. - O papá nem viu eu. 

- E onde ele tava? 

- Fazendo uma suplesa pá você. - Ela explica animada e algo me diz que eu não poderia saber disso que ela está contando. - Mas é segledo,mamain. 

- Tudo bem. Eu sou ótima em guardar segredo e fingir que estou surpresa. - Digo beijando a bochechinha macia dela. Ela olha pros meus seios e eu sei exatamente o que a minha gulosinha quer. - Deixa a mamãe advinhar...você quer mamar? 

Ela não responde e apenas balança a cabeça afirmativamente. Ajusto ela em meu colo e desço a alça da camisola e ela logo alcança o primeiro peito e começa a mamar. Fazemos contato visual como sempre foi desde o dia em que ela veio a esse mundo e eu me pego admirando cada detalhezinho dela. Minha filha é perfeita de beleza e de saúde. Graças à Deus. Ela tem os traços do pai e o meu jeito mandão e exigente de fazer as coisas. Davi costuma dizer que ela vai dominar o mundo aos cinco anos de idade e eu não duvido nada. Com apenas um ano ela já domina todos nós e essa casa por completo. Ela é a nossa luz,nossa alegria e nossa maior escola. Aprendemos muito com ela a cada dia. 

Levo minhas mãos até seus fios loiros e lembro que o meu cabelo era exatamente assim quando eu tinha a idade dela. As fotos não mentem. Pelo menos isso a minha garotinha puxou da mãe. Toco a testa dela com meus dedos e desço pelo seu nariz lindo a fazendo rir em meio a mamada. Toco em suas bochechas e por fim levo meus dedos a boca pra levar um beijo até a pele dela. Eu simplismente amo esses nossos momentos juntas. Há doze meses que a hora dela mamar se tornou o nosso momento sagrado onde ninguém nos atrapalha e onde só a gente sabe o quanto é gostoso esse contato pele a pele que só nós duas temos. 

Acho que estava maluca quando achei que ter um filho seria um fardo pra mim. Minha filha é minha vida e por mais que eu nunca tivesse a pretensão de romantizar a maternidade nunca tive problemas quanto a trabalhar,fazer meus projetos darem certo e cuidar do bem mais precioso da minha existência. Não posso dizer que é fácil. Tem vezes em que preciso levar a minha menina pros estúdios e enquanto fazem minha make e meu cabelo eu dou de mamar. No meio das gravações eu tenho que dar de mamar e isso nunca me tirou do foco. As produções saem exatamente como o esperado. Cheguei a conclusão que aquele medo todo de ser mãe por achar que teria que abrir mão de tudo que eu fazia era bobo. Eu não abri mão de nada e ainda ganhei o presente mais lindo e especial de todos. 

Observo ela mamar com calma e seguro em sua mãozinha estendida pra mim. Por mais que já tenha um ano de vida eu não pretendo tirá-la desse privilégio de tomar o leite materno nem tão cedo. A recomendação é até dois anos e eu pretendo ir até o final. Espero que não tenha problemas até lá. Vejo que ela vai ficando satisfeita e larga meu seio em seguida. Ajudo ela a sentar no meu colo outra vez e erguo a alça da camisola. A porta é aberta e o Davi entra com uma enorme bandeja com o café da manhã e o Diogo entra logo atrás com um violão. 

- Feliz dia das mães! - Davi grita e deixa a bandeja em cima da cama pra vir me dar um beijo. - Apesar de muitas vezes ser chata e mandona demais eu preciso assumir que você é foda. Te amo,mamãezinha. 

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⏰ Última atualização: Aug 23 ⏰

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