𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 𝟎𝟏

121 11 0
                                    

uma pessoa ruim

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

uma pessoa ruim. 

———————————————————————

CERTA VEZ ouvi alguém dizer que tudo o que fazemos tem consequências, as vezes boas, as vezes desastrosas. E levando em consideração que as cortinas amadas de minha mãe viraram cinzas, eu deduzo que as consequências da minha festa sejam cabulosas. 

A festa durou até o amanhecer, e agora, que todos se foram, a bagunça e os problemas das malditas consequências recairam sobre meus ombros.

Há copos espalhados por toda casa, bebidas derramadas pelo chão e garrafas vazias por todos os lados, algumas bitucas de cigarro em cima da mesa e um leve cheiro de fumaça e álcool no ar. Um verdadeiro caos.

Não estou preocupada em arrumar tudo antes de meus pais chegarem, e ao lembrar do fora que levei de Jordan ontem acho que mereço um descanso.

Me jogo no sofá amarronzado e fecho os olhos em uma falha tentativa de esquecer meu papel de trouxa. Ouço barulho de um carro entrando na garagem e instantaneamente percebo que meus problemas só estão começando.

Passos de salto alto se aproximam rapidamente de onde estou.

— Qual a sua definição de não fazer nada estúpido? — minha mãe pergunta visivelmente irritada.

— O que aconteceu aqui, filha? — meu pai falou em um tom completamente diferente.

Ele sabe muito bem o que aconteceu, uma festa louca pra cacete, mas prefere ouvir minha explicação.

— As coisas saíram um pouco do controle. — apontei para a cortina que jazia queimada. — Desculpa, pai.

— Não é para ele que você tem que pedir desculpas, é para mim. — minha mãe continuou autoritária, como se me tratar como filha fosse um tremendo sacrifício.

— Seja um pouco menos rígida, Laura, nós já fomos jovens, e também já estivemos sozinhos em uma mansão. — o homem alto, moreno e estranhamente musculoso pediu com cautela.

— Não é porque você é mole com ela que eu também tenho que ser. — ela disse começando a se irritar. — Quem vai limpar toda essa bagunça?

— A empregada vem amanhã, ela resolve. — Marcos respondeu calmamente, assentindo em minha direção.

Meu pai sempre me apoiou — ao menos, sempre que esteve presente — apesar de minhas péssimas decisões. Tenho consciência de que confio demais no amor que ele sente por mim, e esse é o principal motivo por me safar de todas as minhas aventuras.

Minha mãe, por outro lado, balançou a cabeça negativamente e subiu as escadas pisando duro, não antes de me olhar seriamente. Conhecendo-a como conheço, sei que ela vai achar alguma forma de me fazer pagar pelas malditas cortinas.

𝐓𝐀𝐊𝐄 𝐎𝐅 𝐓𝐇𝐄 𝐌𝐀𝐒𝐊     ̶  ̶  cobra kai Onde histórias criam vida. Descubra agora