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SORRIO fracamente ao ouvir o áudio que o Bellingham me mandou, revirando os olhos, ainda risonha, e desligo o celular.
— Não vai deixar de falar com esse moleque nem na noite das meninas? Isso é sério? — Emi diz chocada e eu rio baixo, comendo a pipoca que Lia preparou.
Hoje é terça-feira e foi o único dia disponível na semana pra gente fazer o dia das meninas de todo mês aqui na minha casa. A gente faz pipoca, vê filmes, skin care, finge que é manicure e entre outras coisas.
— Também não tô entendendo, Emily. — Lia concorda, se sentando ao lado dela depois de voltar do banheiro.
Reviro os olhos e tomo um gole do refrigerante.
— Como vocês sabem que eu tô falando com ele?
— É muito fácil descobrir. Você fica dando sorrisinho e negando com a cabeça toda hora. — Emily explica e Amelia concorda com a cabeça.
— Vocês estão de complô pra cima de mim, isso sim. — elas riem alto.
— Você que não admite que tá afim dele. Fala sério, o que custa falar logo? — Lia pergunta e eu me sento na cama.
— Não custa nada, porque eu não tô afim dele. — Emily me estapeia e eu a olho boquiaberta. — Que isso Emily?!
— É isso que você merece por ser tão sonsa! A cara nem treme, Amelia! Tá vendo!?
— Eu não sou sonsaa! — exclamo rindo, fazendo elas rirem também.
— Imagina se fosse, então. — Emi revira os olhos. — Ainda não acredito naquele papo furado de que vocês não se beijaram dentro daquele carro. Não é possível que vocês sejam tão devagar.
— Eu penso o mesmo. — as duas começam a reclamar entre si e deixo os meus pensamentos voarem.
Eu não contei daquele dia pra elas até hoje e agora estou me sentindo meio culpada. Tenho certeza de que se eu contar agora elas vão me matar.
Mas agora, além daquele dia no carro, tem a bendita sexta-feira.
Eu e Jobe nos beijamos. Sentados no tapete da casa dele.
