"Tá, vamos lá, só mais uma vez.
Meu nome é Neil Josten, eu fui picado por uma aranha radioativa, e pelo último ano eu tenho sido o primeiro e único homem aranha. E as coisas estão indo bem, eu diria da forma mais equilibrada do que nunca, os vilões...
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Tá, vamos lá, só mais uma vez.
Meu nome é Neil Josten, eu fui picado por uma aranha radioativa, e pelo último ano eu tenho sido o primeiro e único homem aranha. E as coisas estão indo bem, eu diria da forma mais equilibrada do que nunca, os vilões sabem a hora de apanhar, e eu sei a hora de bater.
Pelo último ano, eu enfrentei diversos vilões, combati alguns assaltos e ajudei velhinhas a atravessarem a rua como um bom amigo da vizinhança deveria ser. Tentei não reprovar em humanas e linguagens, e ser presente na vida dos meus amigos. E principalmente, protegi ao máximo minha identidade secreta. Pelo menos é o que eu acho, enquanto entro no meu quarto furtivamente e tiro a máscara que esconde o rosto do herói mais amado de Nova York.
— Neil, você vai se atrasar!! — Estremeço ao ouvir o grito do tio Stuart, e seus passos se aproximando do meu quarto.
— Já vou! — Começo a tirar desesperadamente o meu uniforme.
Por que tinha que ser tão colado?
— Eu sei que você está nervoso pelo seu primeiro dia de aula... — Eu definitivamente estou mais nervoso com ele abrir a porta do meu quarto do que ir para uma nova escola.
— Sim, claro. — Os passos começam a ficar mais próximos.
Rapidamente me enfio no terno — Sim, um terno — do uniforme, arrancando a máscara do meu rosto, e indo em direção a porta. Abrindo de uma só vez dando de cara com o tio Stuart.
Dou um sorriso que pode iluminar até o sol.
— Achei que teria que te apressar mais — Me encarou surpreso, olhando de cima abaixo. Tentei segurar o sorriso pelo máximo de tempo possível. — O uniforme combinou com seus olhos.
Olhei para mim mesmo, encarando o suéter azul escuro, e o terno mais azul ainda. Não era nem nove da manhã e eu já tinha salvado Nova York, e protegido minha identidade. Mas ainda sim, eu era só um garoto que iria começar o ensino médio.
Suspirei aliviado.
— Me lembre o por que de eu ter que usar esse uniforme ridículo mesmo. — Pedi, indo em direção a sala e me jogando no sofá, nenhum pouco surpreso ao ver uma reportagem sobre o assalto de hoje de manhã.
