A deal with the Máfia - Jensoo Intersexual

Capítulo 11

JISOO

Termino de revisar os números com Jaewon e Kostya e olho para o relógio. São quase sete da noite; a tarde inteira voou com todas as reuniões e papéis que eu estava atrasada. Eu me pergunto o que Jennie está fazendo. Ela disse que iria aparecer, mas não o fez, e eu serei amaldiçoada se eu souber por quê, mas isso não me cai bem. 

— Por quanto tempo você planeja continuar com isso, Jisoo? 

Eu olho para Jaewon que está sentado em uma cadeira do outro lado da minha mesa. Kostya já saiu, então somos apenas nós dois.

— Com isso?

— O casamento. Você nem sequer teve um casamento na igreja. As pessoas vão falar.

— Não, elas não vão.

— Como você sabe?

— Porque eu vou silenciá-las, Jaewon. Da mesma forma que silenciei meu pai. — Eu inclino minha cabeça para o lado. — Você se lembra daquela noite?

Ele fica tenso e não diz nada, mas noto a veia pulsando em seu pescoço. Sim, ele se lembra muito bem daquela noite. 

— Se você não tiver outras perguntas, pode sair. — Eu aceno em direção à porta. 

Ele se levanta e sai do meu escritório. 

Jaewon começou a agir de forma estranha nos últimos meses. Ele sempre foi um pedaço de merda preguiçoso que prefere que outras pessoas trabalhem para ele enquanto ele leva todo o crédito. Ele está tentando assumir mais responsabilidades de Kostya recentemente, que é a principal razão pela qual eu suspeito que ele tenha algo a ver com aquela bomba.

Vou ter que fazer algo sobre ele, com ou sem prova, e logo. Agora, no entanto, estou morrendo de vontade de saber o que minha esposa peculiar tem feito a tarde inteira, então eu ligo para Varya. 

— Onde ela está?

— Ainda aqui na cozinha. — diz Varya, seu tom divertido. 

— O que ela esteve fazendo lá esse tempo todo?

— Venha e veja por si mesma.

Desço o longo corredor e entro na cozinha. Jennie está de pé ao lado da superfície de trabalho, colocando pedaços redondos de massa em uma panela grande enquanto Igor está atrás dela, supervisionando. Mesmo que ela esteja usando um avental, sua blusa de renda rosa e jeans estão cobertos de farinha. Seu rabo de cavalo está torto, e ela tem algo que parece geleia na bochecha esquerda. 

— Igor está ensinando a ela como fazer piroshki. — diz Varya enquanto se aproxima de mim. — Eles estão em seu terceiro lote.

— Igor fala apenas russo. Como ele pode ensinar alguma coisa a ela?

— Eu não faço ideia. Ele diz a ela o que fazer, e quando ela faz errado, ele grita.

Minha cabeça vira para o lado para olhar para Varya.

— Ele gritou com minha esposa?

— Ela gritou mais com ele.

— Pelo quê?

— Bem, ele gritou porque ela queimou o primeiro lote. Ela gritou porque ele não disse quanto tempo eles deveriam ficar no forno. Nenhum deles sabe sobre o que o outro está gritando. Isto é hilário. 

Ficamos ali na porta e os observamos. 

— O que aconteceu com o segundo lote? — Eu pergunto. — Queimou também?

— O segundo foi bom. Acabaram de tirar do forno quando os meninos começaram a vir almoçar. Todos que passavam devoravam um ou dois e, em cinco minutos, todos sumiram. — Ela ri. — Ah, ela estava tão brava.