A deal with the Máfia - Jensoo Intersexual

Capítulo 27

Um mês depois 

JENNIE 

Diferentes tons de preto e cinza, e nada mais. Pego um pouco da tinta amarela no meu pincel e tento adicionar algumas pinceladas sobre as formas escuras da minha tela, mas só acaba manchada com a camada anterior de preto. Isso meio que reflete meu estado de espírito nas últimas semanas. Tons de preto, e cada tentativa de adicionar um pouco de cor acaba sendo um fracaso. 

Deixo a tela secar e vou ao banheiro. As camadas anteriores devem secar até amanhã à noite, e vou tentar novamente. Eu me pergunto quando poderei processar qualquer coisa além de tons de cinza. Certamente não será amanhã. 

Três tubos de tintura de cabelo estavam espalhados ao lado da pia. Eu já tentei roxo, e durou duas semanas antes de sair. Que apropriado. Eu alcanço o segundo tubo. Talvez o azul dure mais. 

Levo duas horas para terminar com meu cabelo e tomar um banho, e são quase seis da manhã quando finalmente vou para o meu quarto. O sol já começou a nascer, então eu puxo as cortinas pesadas sobre a janela e subo na cama. Ainda não consigo dormir durante a noite, então troquei e comecei a ir para a cama de manhã cedo e trabalhar a noite toda. No momento em que eu fechasse meus olhos eu veria Jisoo virando a faca novamente, suas mãos cobertas de sangue. Essa cena era muito mais fácil de lidar durante o dia. 

Essa fase passou depois de um mês, e agora a única coisa que vejo em meus sonhos é Jisoo. Infelizmente, nada torna mais fácil lidar com essa nova visão, dia ou noite. Às vezes, quando acho especialmente difícil dormir, fecho os olhos e finjo que ela está ao meu lado. 

Talvez eu devesse sair, fazer as malas e pegar o primeiro trem para qualquer lugar, mudar em um ponto aleatório, até que eu esteja em algum lugar distante. Eu poderia encontrar um emprego em uma fazenda ou algo assim, limpando merda de cavalo e pintando no meu tempo livre. Ou posso começar a usar merda de cavalo em vez de tinta. Comece uma nova onda artística. Sim, vou considerar isso.

JISOO

Hyun Bin entra na minha cozinha e fica ao lado da ilha, com as mãos cruzadas atrás das costas. Ele observa o médico trabalhar no meu braço. 

— Os coreanos manipularam um de nossos armazéns. — diz ele. 

— O dano?

— Só o prédio, nada que não possa ser consertado.

— Alguém ferido?

— Era um dos armazéns vazios, então não havia nenhum detalhe de segurança alocado lá.

Deixe para os coreanos queimarem um armazém vazio. Idiotas.

— Certifique-se de dobrar os homens que estão cuidando do produto.

— Já foi feito.

Agradeço ao médico, me levanto e vou em direção à janela que dá para o pátio.

— O que ela tem feito?

— Ela mudou o cabelo novamente. Está azul agora.

— Alguma… pessoa?

— Ninguém, até onde pudemos ver.

— Quando uma pessoa entrar em cena, e isso acontecerá eventualmente, certifique-se de que eu nunca descubra, Hyun Bin.