CAPÍTULO DEZESSEIS

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OII DIVOS E DIVAS

O capítulo de hoje é um pouco mais delicado, abordei mais algumas partes do candomblé e espero que, assim como tem sido até então, haja respeito perante as informações aqui passadas. Gostaria de ressaltar que tudo o que eu escrevo sobre candomblé Ketu vem de acordo com a vivência em meu terreiro e os ensinamentos passados pelos meus mais velhos, não são todas as casas de candomblé que seguem as mesmas coisas que falei aqui, tudo bem? Pois essa é uma religião ancestral, baseada em vivências históricas.

Não se esqueçam de curtir e comentar, eu sempre gosto da interação de vocês aqui, é uma troca muito gostosa e me arranca diversos sorrisos!

 Peço desculpas para qualquer erro gramatical.

Ademais, peguem seus cafés e boa leitura 💖

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Pov: Narrador

- Quatro dias? - Exclamou Faye, permitindo que um bico manhoso se formasse. 

Yoko saiu do banheiro com os cabelos recém secos, vestindo apenas uma camiseta folgada da namorada e uma calcinha de renda, ela revirou os olhos vendo a expressão triste de Faye e sentou-se ao seu lado na cama.

Faye embebedou-se com o cheiro pós banho de Yoko. 

- Nada te impede de ir comigo, você me disse que não trabalharia no feriado. - Sugeriu ao encostar as costas no encosto da cama. 

- Dormir em barracas, no frio de dez graus, passar o dia no sol, terminar a noite em festas e dormir menos de duas horas? - Ofegou falsamente. - Eu canso somente de pensar. 

Novamente, Yoko revira os olhos, usando uma de suas mãos para empurrar o corpo de Faye, que gargalhou em seguida. 

- Pare de agir como uma velha, você me disse que adorava os jogos universitário. 

- Na minha época de faculdade sim, mas já fazem alguns anos. - Disse antes de deitar a cabeça no colo de Yoko, que acariciou seus cabelos. - E eu achei que tínhamos obrigações do candomblé nesse feriado. 

Yoko sorriu em resposta, ainda era um pouco inacreditável que Faye havia começado a frequentar seu terreiro, inclusive nos rituais mais tradicionais e fechados; Faye, por sua vez, estava amando conhecer cada vez mais dessa religião tão fascinante.

- Nós temos, mas eu fui liberada pela mãe, ela disse que eu preciso me divertir um pouco também. Mas você ainda pode ir com as minhas irmãs. 

Faye soltou um longo suspiro. 

- Vai me deixar sozinha no meio do fogo cruzado?

Algumas semanas se passaram desde a viagem ao sítio dos Armstrong, Marissa estava melhor, havia começado suas sessões de terapia e parecia ainda mais madura, porém, sua relação com View permanecia abalada, a mais velha não conseguia admitir que sua caçula estava realmente crescendo, enquanto a adolescente não aguentava mais ser tratada como criança. 

Praticamente todos os dias Yoko tentava conversar com ambas, escudando os dois lados da história e conversando, na tentativa de apaziguá-las, mas havia falhado miseravelmente até então. O clima entre as irmãs Lertprasert estava tão ruim que até mesmo Freen e Becca haviam entrado na missão de reconciliação, Faye e a doutora saíram com View para jantar, afim de escutá-la e aconselhá-la, ao mesmo tempo que Rebecca e Yoko organizaram uma festa do pijama com Marissa; mas nada havia adiantado. 

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