• 𝐒/𝐧 𝐅𝐨𝐫𝐭 •
A gravidez é uma coisa bem cansativa. Minhas costas doem e eu me sinto cansada sem nem levantar da cama. Fermín não me deixa fazer absolutamente nada, a casa está uma bagunça (e agora eu moro com Fermín), e eu não posso arrumar nada. Ele está focado no futebol e não me prioriza, eu estou carente em bem sensível ultimamente, então ando sempre triste e me perguntando o por quê de eu ser tão dramática às vezes.
— Eu acho que deveria falar com ele logo. — falei para Priah, ela estava com quase um mês de gravidez, ainda não contou para ninguém além de mim.
— Héctor está estranho. Não passa nenhum tempo comigo e me deixa de lado para jogar com os amigos dele.
— Fermín está na mesma comigo. Mesmo sabendo que estou grávida ele ainda continua assim, ele nunca foi assim e agora se distrai com coisa qualquer e parece que sou apenas sua amiga.
— Homens são tão estranhos, depois falam que nós mulheres somos bipolares. — ri. Por um lado ela estava certa.
— Realmente, eles são incompreensíveis ás vezes. Queria entender o por quê disso.
— Um dia descobriremos.
— Sabe... eu estava pensando em uma possibilidade totalmente fora de contexto, mas acho que pode ser verdadeira. — Priah pediu para mim prosseguir e me ouviu atentamente. — Fermín não liga mais para mim, só foca no futebol e em fazer coisas fúteis, eu acho que ele está me traindo.
— O que?! S/n, pode ser que você esteja certa, mas em minha opinião isso é totalmente loucura da sua cabeça. Fermín não teria coragem, com certeza não.
— É, acho que não. Mas nunca se sabe, vou ficar atenta aos detalhes, beijos amiga, Fermín chegou.
Se cuida muito, te amo. — desliguei meu notebook, logo me deitei esperando Fermín vir até mim.— Boa tarde meu amor! Como foi seu dia? Nossa princesa está bem? Eu irei sair, tudo bem? Te amo.
— ele veio até mim, meu sorriso se cerrou e eu parei de lhe abraçar.— Eu cansei. Direitos iguais. Eu também estou saindo.
— Não. Deita, sem esforço algum e sem estresse nenhum, não faz bem nem para você, nem para nossa bebê.
— Fermín, eu estou simplesmente cansada de ter você no meu pé 24 horas por dia me dizendo onde eu devo estar e o que devo fazer, já tem uma semana que não vejo minha mãe, nove dias que não vou aos treinos para te ver, não saio mais com minhas melhores amigas, só saio para ir para a faculdade, não posso comer quase nada que gosto, e ainda tenho que ficar trancada nesse quarto, eu quero liberdade assim como você tem, eu sei me cuidar e não vou sair por aí sendo sequestrada ou sendo morta por uma bala perdida, sei me cuidar e sei cuidar da nossa criança, você não me prioriza mais e some quando quer, isso é um pai presente? Não! Você só liga pro seu futebol, eu cansei Fermín, cansei! — me levantei de uma vez, fazendo minha barriga doer, mas logo prossegui ignorando a dor e indo para o closet e pegando uma roupa que me agradava.
— Você não sabe o que tá falando, eu tô dando o meu máximo pra não ficar no banco, quero que você se orgulhe de mim, não quero que a gente se afaste, me deixa dar o que eu tenho, quero mostrar que sou bom, e agora é o momento que mais tenho oportunidade. E eu me preocupo sim. Eu só quero ver você feliz e bem de vida, querendo comprar o que gosta pra nós e pra nossa filha.
— Me deixa, você não tá sendo um bom pai mesmo querendo fazer isso, e aposto que mesmo quando a bebê nascer, não vai ser um também!
— Para de falar um pouco e me ouve, você tem que parar de ser egoista e pensa mais em quem você ama, S/n! As coisas não funcionam do jeito que você quer, tudo tem uma consequência e eu tenho um emprego, e eu lutei por isso.
— Olha Fermín, quer saber? Vai se fuder, você e seu futebol! Foi a mesma coisa com o Héctor, ele começou a ficar frio assim! Depois virou um idiota e eu nem sabia mais quem era o meu irmão, agora você tá igual, eu cansei disso. — meus olhos já se encontravam cheios de lágrimas, eu não sabia se era sentimento real ou hormônios da gravidez, logo meu corpo amoleceu e eu apenas me vi caindo no chão, minha visão escureceu e eu perdi a consciência, logo apagando.
— E... não sei se você tá me ouvindo, mas eu te amo, e muito. Sei que não estou tão perto de vocês ultimamente, mas independentemente de tudo eu sempre irei te amar, pra todo o sempre. Nossa menina vai ter uma mãe incrível, por mais que eu não esteja sendo um pai bom, sei que ela vai se orgulhar da mãe que tem. — senti uma mão em meu rosto, despertei e abri meus olhos com dificuldade.
Eu estava em um leito de hospital, Fermín estava com lágrimas nos olhos, mas as secou após ver que meus olhos já estavam abertos.— Me desculpa. Eu me exaltei. Eu errei com você, não foi intencional, perdão...
— Não, tudo bem. Eu errei também. Vou me dedicar mais. — apenas sorri, não expressei mais nada, eu ainda estava meio zonza e sem consciência. Olhei ao meu redor tentando entender o ambiente.
— Com licença, senhor López... cheguei com os exames e não tenho notícias muito boas. Mas a sua dama em breve estará bem o suficiente para ter alta.
— direcionei meu olhar para o homem em minha frente, obviamente um doutor.— É algo grave? Ela tá bem? O bebê também? Tem algo com elas? — Fermín parecia desesperado, e eu também não estava muito diferente.
— Sim. Está sim. Não necessariamente. Sim e não. Eu vou responder tudo, se acalmem. — ele respirou fundo, se sentou e chateado resolveu falar. — S/n Fort García perdeu sua bebê. Devido ao estresse excessivo que ela havia tendo, que foi de mais. O bebê não aguentou, realmente as chances de perder a bebê eram muito baixas, mas nunca impossível. — meu mundo desabou. Pelo o visto, coisas ruins só acontecem comigo e com Fermín. Comecei a chorar, e logo abracei Fermín que já estava igual a mim.
🫠
Nada a dizer
Mal volto e faço isso🥲
Boa noite, amanhã vou tirar meu passaporte,
rumo á Barcelona! 💙❤️🙏🏻
Logo trago atualizações 🥲
Sofram aí comigo, beijos 🤍
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𝐌𝐘 𝐁𝐄𝐒𝐓 𝐄𝐍𝐄𝐌𝐈𝐄 , 𝘧𝘦𝘳𝘮𝘪𝘯 𝘭𝘰𝘱𝘦𝘻.
Fanfiction𝐒/𝐍 𝐅𝐎𝐑𝐓 , uma garota de 18 anos que mora em Barcelona, irmã de Héctor Fort, que sente uma grande atração pelo seu maior inimigo, mas desconta seu amor através do ódio, mal sabe ela que Fermín López, de 19 anos sente o mesmo pela garota... Tal...