Capítulo 18

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Sinto carinhos na minha bochecha e vou despertando aos poucos.

— Estamos quase chegando, você dormiu por quase três horas.

Miguel fala e eu tento raciocinar direito onde eu estou e o mais importante... Quem sou. Me ajeito um pouco na poltrona. Ele riu ajeitando meus cabelos. Malu estava no colo do meu pai olhando a paisagem pela janela. Meus olhos lutam para ficarem acordados.

— Qual a sua programação para quando chegar?

Viro de lado olhando para ele.

— Vamos dormir na casa dos meus pais hoje e amanhã iremos para Santorini. Malu ficará com eles até a gente voltar.

Miguel pensa um pouco.

— Por qual motivo ela não vai com a gente?

Sorri.

— Ela ficará um pouco com os avós. Já era algo que ela me pedia há muito tempo.

Ele apenas concorda. O comandante avisa que vamos pousar. Eu abro minha janela e observo a cidade ficando cada vez mais perto. Não demora muito para o avião encostar em solo grego.

— Já vou avisando. As mulheres aqui não estão acostumadas com uma beleza assim. Você vai chamar bastante atenção.

Ela gargalha. O avião para e nos levantamos. Um carro nos espera, Uma suv preta é estacionada por alguém do aeroporto. O segurança de Miguel desce na frente para cumprimentar o rapaz.

— Vamos ter que ficar com Simon o tempo todo na nossa cola?

Pergunto enquanto vamos descendo.

— Sim, é para a nossa proteção. Sou uma pessoa pública.

Assinto. Minha filha se estica e me entrega a bolsa com a cachorrinha dentro.

— Mamãe, eu estou com fome.

Rimos.

— Já vamos para a casa do vovô.

Entramos no carro. Papai foi na frente indicando o caminho até em casa.

— Enquanto estamos na estrada estou fazendo um pedido de pastitsio para todos nós.

Miguel me olha sem entender. Sorriu.

— É um prato grego de massa assada com carne moída e molho béchamel. É uma delícia, você pode ver que minha filha adora.

Ele não parece muito convencido, mas não questiona muito. Chegamos ao distrito onde meu pai mora.

— Meio longe, achei que vocês moravam em Atenas mesmo.

Paramos em frente ao prédio. Saio do carro respirando os ares.

— Só um pouquinho longe.

Eu rio. Ajudei Magda a sair do carro, os homens ficaram responsáveis por pegar as malas. Magda abre a porta e ela fica feliz por está em casa.

— Minha casinha. Nem acredito.

Os rapazes deixam as malas na sala mesmo. Miguel entra e fica surpreso com o tamanho do lugar.

— Meu quarto com Andreas é aqui embaixo. Lá em cima estão os outros, você acomoda os rapazes, Lia?

Assinto. Subo na frente com Malu. Mostrei um quarto para Simon se instalar. Ele agradece. Miguel chega perto da minha orelha.

— Eu espero dormir com você. 

Sorri. Malu fica com o quarto que era de Amélia. Todos os seus brinquedos e ursos ficaram aqui quando ela foi embora. Vou até o meu quarto, na verdade é um quarto de hóspedes que meu pai tentou deixar mais parecido comigo.

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