Capítulo 20

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Estávamos com alguns minutos em silêncio.

— Onde a sua tia mora?

Miguel me entrega meus óculos escuros. Viro na auto estrada.

— Ela tem um bar e restaurante na vila de Kamari, além de uma pousada que abriga brasileiros de férias. Normalmente são jovens.

Ele parece pensar um pouco.

— Espera… Brasileiros?

Assinto.

— Ela abriga a todos, mas em sua grande maioria Brasil. Ela tem esse vínculo, pois seu marido é brasileiro. Felipe tem restaurantes no Brasil também, em Salvador para ser mais específico.

Explico. A vila não é longe do aeroporto. Estaciono o carro e vamos a pé levando nossas malas. Chegamos em frente a pousada, bato no sino e uma moça morena aparece. Ela é mais alta que eu, parece não me enxergar e só olha para Miguel que a ignora completamente.

— Quem é, Eleni?

Minha tia me encara.

— Saia da frente… Lia!

Minha tia pula em mim. Ela me aperta e pulamos juntas. Ela me solta e começa a me dar tapas na bunda.

— Porque não me avisou que vinha sua peste. Eu podia ter ajeitado as coisas melhores. 

Eu sorri. Miguel parece assustado por causa das loucuras da minha tia.

— Tia… Eu não vim sozinha.

Ela olha para trás de mim.

— Finalmente arranjou algo que preste. Olha só, como é seu nome?

Ela me empurra e vai até Miguel.

— Miguel García, sra. Lykaios.

Minha tia acerta o braço dele.

— Senhora nada, aqui é Thalia ou tia. Você é da família. Quem é esse poste aí?

Fico cada vez mais envergonhada.

— Meu segurança.

Ela se encaminha até Simon.

— Eu devia ter avisado que ela é um tanto animada. 

Tia volta a sua atenção para nós. Ela pega uma chave com a menina no balcão.

— Se vistam. Vou esperar vocês lá no restaurante.

Subimos para o nosso quarto. Miguel entrou na frente. Fechei a porta e pulei em seus costas entrelaçando as pernas nele.

— Nossa…

Ele fala de susto. Agradeci aos céus por ele ter me segurado. Ele caminha comigo assim até a sacada do quarto.

— Ainda acha que Ibiza é melhor?

Perguntei beijando o pescoço dele.

— Sim

Sei que Miguel está se divertindo.

— Cara, você é muito teimoso.

Ele joga a cabeça para trás rindo. Miguel me leva até a cama. Eu fico em pé e agarro seu pescoço o beijando. A chama que acendeu em mim quando eu o conheci aumentou. Por um momento pensei que se essa fantasia acabar eu posso me machucar bastante. Tento não pensar nisso no momento e curto o momento.

— Eu estou com saudades de você.

Pulo caindo sentada. Puxo sua cabeça para fora da calça. Abro o cinto dele, desabotoei a calça e vi seu membro firme e ansioso por meus toques. Abaixei a cueca e o vi. Acrescentei na minha lista de coisas mais bonitas já vistas, isso está em primeiro com toda certeza. Passei a mão por ele, Miguel jogou a cabeça para trás. Fiz questão de admirar o poder que a minha mão tem sobre ele. O coloquei na boca e me movimentei. A pele dele é macia, me perco naquele momento e faço questão de olhar para ele. Miguel faz um rabo de cavalo no meu cabelo com as mãos me fazendo ir mais fundo. Ele acelera os movimentos e chega ao orgasmo. O líquido quente desce pela minha garganta e eu sinto orgulho de mim mesma. Ele continua com a mão nos meu cabelo e de olhos fechados. Miguel abre os olhos, que estão escuros.

— Agora é a minha vez!

Ele me deita, solto um gritinho. Miguel se livra das suas roupas e se abaixa no chão mesmo. Ele puxa minha calcinha e joga em algum lugar. Seus lábios tocam a parte interna das minhas coxas me fazendo arrepiar. Seu polegar sobe e desce na minha parte sensível. Me contorço esticando meu pé de tesão. Miguel beija minha intimidade, seus lábios fazem milagre. Agarrei os cabelos dele, minhas pernas ficaram trêmulas e acabei prendendo a cabeça dele com as pernas.

— Ahhh…

Grito e chego ao clímax. Estou tão relaxa. Miguel me vira e coloca um travesseiro na altura do meu quadril. Ele me penetra devagar sentindo toda a minha extensão.

— Poha, você é gostosa e é minha.

Ele diz entre dentes.

— Siiim! 

Confirmei. Miguel agarra meus cabelos e penetra mais forte ainda. Faço movimentos contra sua pele e gozamos juntos. Ele coloca a testa nas minhas costas. Comecei a rir com o efeito do orgasmo. 

— O que foi?

Balancei a cabeça.

— Eu estou com medo. 

Sei que ele está me olhando.

Pov. Miguel 

Sair de cima dela ainda sem entender o que ela tinha dito.

— Como assim?

Pergunto me sentando.

— Tenho medo disso acabar. Eu não quero me machucar de novo. 

Puxo Lia para o meu colo.

— Você ainda duvida do meu amor por você? Eu quero você do meu lado sempre. 

Ela beija meus lábios.

— Estamos bem atrasados. Vamos tomar banho.

Ela se levanta tirando o vestido. Eu a deixo ir na frente. Ouço o barulho do chuveiro. Abri a minha mala e peguei a surpresa para Lia. Espero que ela goste. Me juntei a ela e fizemos amor mais uma vez. 

Terminei meu banho por último. Quando eu entrei no quarto quase tive um infarto quando vi Lia vestindo um biquíni fio dental. Ela ajusta a calcinha para ficar do tamanho dela.

— Me ajuda com a parte de cima?

Eu ainda estou em choque.

— Você vai ficar assim?

Ela se olha.

— Porque, não? Para de besteira. A maioria aqui vão ser peitos e biquínis pequenos. Principalmente do grupo de brasileiras que estão aqui. São bem menores que esse.

Resolvo não brigar por isso. Ajudei a amarrar o biquíni como ela me ensina. Lia veste o short jeans deixando aberto para mostrar a alça da calcinha.

— Só não sei se vou me  acostumar com isso.

Ela ri e caminha até mim.

— Eu só tenho olhos para você. Sua camisa está com três botões abertos e eu não estou reclamando, sabe o motivo?

Neguei me sentindo enfeitiçado por ela.

— Porque sei que no final esse corpo aqui é meu. 

Lia morde meu lábio. Ela ajeitou sua pequena mochila e saímos do quarto. Descemos para a recepção. A moça continua me encarando de um jeito estranho. Saímos da pousada de mãos dadas. Simon está atrás de nós.

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