13. Annabeth invade um vestiário

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Oii gente, segunda atualização do dia! Ainda quero trazer a terceira hihihi 😘 espero que gostem e boa leitura! 

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A questão era que o teste de inglês estava difícil.

Depois de passarmos pela aula de história juntos, Annabeth me abandonou para ir estudar cálculo avançado, então ignorei a aula do segundo período e fui estudar inglês atrás das arquibancadas do campo de futebol. Quando cheguei ali, espantei um casal que se beijava e abri o caderno.

Assim que o sinal tocou de novo, voltei para os corredores da escola e me preparei. Entrei na sala de aula. Os garotos e Annabeth acenaram para mim, o professor apareceu e distribuiu os testes.

E eu cogitei a possibilidade de chorar no meio da prova ou de sair correndo da sala de aula e fingir que nunca havia ido para a escola naquele dia. Na verdade, eu nem queria ter me levantado da cama.

Nunca imaginei que o meu professor fosse capaz de fazer aquele tipo de coisa. Paul Blofis parecia ser um cara legal, mas só ao ler a primeira questão da prova, percebi que ele não era. Sua mente era tão maligna assim? Como ele conseguia dormir a noite?

Quando saí da sala depois de ficar uma hora sentado na cadeira e queimando os meus neurônios para responder perguntas impossíveis, senti que toda a minha energia terminou completamente por causa daquela maldita prova. E eu ainda tive que aturar mais outras aulas do dia.

Ou seja, a segunda-feira foi ruim.

Mas, incrivelmente, o resto da semana foi bom. Minha febre passou completamente e tentei me esforçar na escola. Anotei algumas informações dispersas, saí com meus amigos para o Central Park e trabalhei na CL. Minha mãe me perguntou se eu podia mesmo falar com Paul sobre o seu livro, então tive que engolir todo meu rancor pelo teste maldito e fui falar com ele.

A pior parte era que eu não conseguia odiá-lo. Paul aceitou logo que perguntei se ele poderia ajudar minha mãe a revisar o livro – mas apenas riu quando tentei convencê-lo a me dizer as respostas da prova. Nossa conversa terminou com ele me passando seu número de telefone para que eu o entregasse a minha mãe.

No mesmo dia os dois começaram a trocar mensagens. Flagrei minha mãe com um sorriso bobo para o celular, e comecei a suspeitar que meu professor e Sally Jackson não estavam apenas conversando sobre revisões de livros.

Até que a sexta-feira chegou, e era mais um dia de treino de natação.

Mesmo que eu fosse mais cansado que o habitual para a casa nas sextas já que não pegava o ônibus para voltar, o treino era muito bom. Ótimo, na verdade. Porque além de treinar com todo o time e o treinador, eu também tinha direito a mais uma hora na piscina sozinho como um bônus de ser capitão.

Aquela hora era mágica.

Eu amava ver toda a área da piscina vazia, sem ninguém. Com apenas eu, a água, o som dos meus passos ecoando quando eu subia na plataforma, o som do meu salto na piscina e do meu corpo se movendo sem parar até chegar à outra ponta.

Nadar era maravilhoso. Eu nadava desde os sete anos, quando estava vendo as Olimpíadas na televisão e me encantei pelo esporte. Não deixei minha mãe dormir direito até que fizesse parte de um time de natação também, então ela me colocou no time da escola que eu estudava na época.

Quando a Goode High School entrou na história, finalmente me estabeleci. Então fui reconhecido pelo meu desempenho nas piscinas e me tornei capitão do time.

Por isso, lá estava eu, nadando e nadando e nadando sem parar por aqueles 60 minutos que faziam a semana escolar inteira valer a pena. Sempre me imaginava nadando em nome de alguma faculdade, também. Essa era uma motivação e tanto.

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