14. Me torno o rei das bicicletas

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A última atualização de hoje hihi, espero que gostem e boa leitura! 😘

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Eu não saía muito nas sextas-feiras à noite, mas sabia que toda a cidade de Nova York fervilhava independentemente do dia ou hora. Então não fiquei surpreso enquanto andava junto com Annabeth pelas ruas cheias de gente, luzes e cores.

Nós pegamos o metrô até a Grande Estação Central e de lá fomos até a minha cafeteria favorita no mundo inteiro: a City Lights.

Quando passamos pela entrada, o cheiro de chocolate e café se tornou presente. A CL estava lotada, om alguns homens e mulheres que paravam ali para comer ou beber algo rápido depois do trabalho, ou famílias que pediam tortas inteiras para dividirem entre si.

Cumprimentei os funcionários que conhecia depois de me sentar junto com Annabeth em uma mesa mais afastada. Nós olhamos o cardápio – mesmo que eu já o soubesse de cor – e, quando acenei para chamar algum garçom, me surpreendi com quem veio: Reyna Arellano.

Ela andou na nossa direção, vestindo o uniforme característico da CL e carregando um bloquinho de papel com uma caneta presa atrás da orelha. Seu cabelo escuro estava trançado e caia de lado por seu ombro.

— Nem nos seus dias de folga você consegue ficar longe daqui, pirralho? — Reyna implicou quando parou ao meu lado. — Isso é o que eu chamo de amar o seu emprego.

Revirei os olhos.

— Que bom que você aprecia tanto a minha presença, Rey. — Falei. Notei quando o olhar da minha amiga parou em Annabeth e depois em mim e repetiu o mesmo processo várias vezes.

Limpei a garganta para chamar sua atenção.

— O que vão querer? — Reyna perguntou, saindo de seu transe e tirando a caneta detrás da orelha enquanto abria o bloquinho de papel.

— Café preto e leite gelado. — Respondi, olhando de soslaio para Annabeth. — O café tem que estar muito quente. E dois cupcakes, dos grandes.

— Cobertura azul? — Reyna perguntou sem desviar os olhos do bloquinho.

— Obviamente. — Sorri. — Por que você está trabalhando?

— Mamãe demitiu Octavian, então estou cobrindo ele até que ela contrate alguém novo. — Minha amiga respondeu, prendendo a caneta atrás da orelha novamente. — Pode sorrir, Percy, eu sei que você quer.

Não consegui resistir a um sorriso. Eu sabia que era ruim ficar feliz pelo fracasso de alguém, mas esse alguém era Octavian. O garoto mimado e irritante que costumava ser garçom na CL e me incomodava desde que comecei a trabalhar naquele lugar. Se ele estava saindo, eu estava celebrando.

Reyna sorriu junto comigo antes de se afastar e andar para a cozinha.

— Há quanto tempo você trabalha aqui? — Ouvi Annabeth perguntar.

— Desde os quinze anos. — Respondi. — Por quê?

A loira repuxou os lábios.

— Você parece conhecer mesmo as coisas. As pessoas também.

Dei de ombros.

— E você? Há quanto tempo trabalha na NYPL? — Perguntei.

— Desde os quatorze.

— Aposto que você decorou todos os livros e seções da biblioteca.

Annabeth deu um sorrisinho.

— Quase isso.

— Então se eu perguntasse qual o quinquagésimo segundo livro da prateleira 12 da seção de ficção da sala 5, você saberia me dizer? — Perguntei como se tivesse noção do que estava perguntando.

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