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𝗛𝗔𝗡𝗡𝗔 𝗕𝗥𝗢𝗪𝗡 ☼

...

- Mas mudando de assunto, eu soube que sua peça vai ser nesta sexta.

- Sim, eu tô muito animada, mas também nervosa.

- Eu sei que você vai se sair bem. - Nos encaramos.

Eu não sei explicar o que eu senti; era como um frio na barriga, como se tivesse mil borboletas no meu estômago.

- Desculpa a sinceridade, mas eu quero muito te beijar agora. - Ele se inclinou um pouco para frente.

Calma, não surta....

EU TO SURTANDO!

- Eu não te impediria.

Ele sorriu, colocando as mãos em meu rosto.

- Hanna Brown! - escuto a voz da minha mãe.

Merda.

- Eu te procurei por todo lado, mas eu sabia que esse imbecil ia trazer você para um lugar como esse!

Agora, o frio na barriga que estou sentindo é diferente. Parece que as borboletas morreram e o medo tomou conta do meu corpo.

- Mãe, desculpa, eu... - sou interrompida.

- Cala a boca, garota! Eu não quero ouvir tua voz, ela me irrita! - isso foi pior que um tiro. - Pra casa agora!

Lentamente, caminho até ela.

- Você julga demais a sua filha - diz Ethan, com um tom provocante na voz. - Eu sei que você já se apaixonou por um delinquente.

Oi?

- Cala a boca, seu... marginal!

- Era um dos presidiários que o seu marido colocou na cadeia, certo?

Olho para minha mãe, vendo seu corpo ficar rígido; ela estava pálida.

- Qual era o nome dele mesmo? - Fingiu pensar. - Johnny!

- Você não sabe do que está falando!

- Eu posso não ser cem por cento limpo, mas ele também não era.

- Olha, eu não ia falar isso para minha filha porque parece que ela gosta de você. - ri. - Mas você, seu imbecil, foi acusado de contratar um hacker para apagar os dados do meu cliente.

Oi?

Ethan me olhou.

- E não me arrependo, e se for pra ser preso, que seja!

- Não se preocupe, Ethan. Eu vou fazer de tudo pra te colocar na cadeia.

...

Quando chegamos em casa, minha mãe me jogou no chão.

- Eu não quero mais te ver com esse menino, Hanna!

- Por quê? Mãe, ele me faz feliz. - Sinto um tapa no meu rosto.

Toco no local atingido, que ardia como fogo, enquanto lágrimas se formam nos meus olhos.

- Você está proibida de falar com esse garoto!

- Eu te odeio! - Subo quase correndo para meu quarto, deixando-a falar sozinha.

Eu não aguento mais.

Entro no meu quarto e vou ao banheiro me olhar no espelho.

Eu tava chorando... Mas não era de tristeza era ódio.


Eu estava chorando... Mas não era de tristeza, era ódio.

Olhei para a pia e vi minha mini faca.

Eu comprei escondido da minha mãe...

É para automutilação.

Já que ela fez meu pai parar de pagar a minha terapia.

Tem outra maneira de aliviar o que estou sentindo? Porque, se tem, eu não conheço.

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Criminal - Ethan Zillow Onde histórias criam vida. Descubra agora