Flávia Saraiva parte 2

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Já haviam se passado três meses desde que Flávia havia assumido seu namoro e, consequentemente, três meses desde que nos afastáramos. Eu sabia que a deixara no escuro e que ela estava magoada. Conhecia Flávia o suficiente para saber que ela provavelmente se culpava pelo nosso afastamento. Mas eu também não podia ignorar meus próprios sentimentos. Estava me torturando, permanecendo tão próxima dela enquanto ainda tinha sentimentos. Talvez fosse melhor que nos afastássemos. A verdade é que eu sentia muita falta dela, isso era inegável.

Enquanto me arrumava com Lorrane e Júlia para o jantar com toda a equipe, incluindo a comissão técnica, soubera que Flávia levaria seu namorado. Isso me deixou apreensiva, pois sempre evitei ver os dois juntos. Meus sentimentos por Flávia ainda não haviam desaparecido. Aquele amor forte ainda estava aqui, e sempre estaria, mesmo sabendo que não seria correspondido.

Lorrane me chamou, e eu saí de meus pensamentos ao vê-la com Júlia, que me observavam.

— Ham? O que você disse? — perguntei, e as duas riram.

— Eu perguntei se você está bem para ir a esse jantar. Você sabe... ele vai estar lá com ela e os dois vão agir como...

Ameaçando queimar Lorrane com a chapinha, ela se calou.

— Ok, vou ficar calada — disse, levantando a mão em rendição.

— Eu tô bem, ok? Já falei que superei — falei dando de ombros. Elas se entreolharam.

— Se você superou, então eu sou alta e tenho 1,90 de altura — Júlia disse, revirando os olhos, e Lorrane riu.

— Se sofrer pela Flávia fosse esporte olímpico, a S/N já teria trazido o ouro para nós — as duas caíram na risada. Finjo irritação. Melhor rir do que chorar, e essas duas conseguiam me fazer rir mesmo em um estado deplorável.

Terminamos de nos arrumar e descemos para o carro, indo em direção ao restaurante. A conversa leve durante o trajeto ajudou a aliviar meu nervosismo em encontrar Flávia e seu namorado.

Julia parou o carro e eu respirei fundo. As duas me olharam e disseram que tudo ia dar certo, e eu concordei. Sim, tudo ia dar certo.

Ao entrarmos no restaurante, avistamos uma mesa cheia de pessoas. Reconheci Jade, que acenou para nós sorrindo. Acenamos de volta e nos dirigimos à mesa. Flávia e seu namorado, cujo nome eu não fazia questão de saber, estavam lá. Cumprimentei todos e me sentei, com a grande sorte de ficar em frente a Flávia.

Boa, S/N, me xinguei mentalmente. Flávia me lançou um leve sorriso e eu retribuí. Meu Deus, ela estava tão linda. Seu namorado a envolveu com o braço de maneira possessiva, e ela se mexeu de forma desconfortável. Algo não estava certo. Quem conhece Flávia sabe o quanto ela valoriza o toque físico com quem ama.

Tentando disfarçar meu olhar atento, me juntei a uma conversa com Jade, seu marido e Rebeca. Após todos fazerem seus pedidos, vi de relance Flávia e seu namorado cochicharem. A expressão dos dois não estava boa. Flávia pediu licença e se afastou da mesa, indo ao banheiro. Sem que ninguém percebesse, o namorado dela também se levantou e foi atrás dela. Fingi que precisava de água e fui ao banheiro também. Antes que chegasse, vi os dois discutindo. Nunca tinha visto Flávia tão brava. Ele foi para cima dela e agarrou seus braços com força, fazendo-a se assustar. Intervi imediatamente. Quem ele pensava que era?

— Oi! Tá tudo bem aqui? — sorri forçadamente. Ele a soltou e se afastou. Flávia me olhava assustada, e eu não sabia se era pela minha chegada ou pelas ações dele antes de eu aparecer.

— Tá sim. Só estávamos conversando, né amor? — ele olhou para Flávia, que concordou com a cabeça, e ele sorriu.

— Entendi — falei, fingindo acreditar.

— Flávia, me ajuda com uma coisinha rapidinho? — me virei para ela, que me olhou confusa, mas aceitou.

— Ajudar no quê? — o namorado dela perguntou, sério. Eu fiz meu melhor sorriso.

— Coisas de mulher, sabe... estou naqueles dias e preciso de uma ajudinha — falei com a minha melhor voz doce. Ele ficou sem graça.

— Oh, sim... desculpa. Vou voltar para a mesa. Estou te esperando, Flávia — disse e voltou para a mesa. Bufo irritada e me viro para Flávia, que tinha os olhos lacrimejando. Minha expressão caiu e eu logo me preocupei.

— Ele te fez algo? — perguntei, e ela negou com a cabeça várias vezes.

— Flávia, você sabe que pode me contar se ele fez algo. Eu posso te ajudar — dei um passo em direção a ela, mas ela se afastou, limpando as lágrimas.

— E você se importa? — ela riu ironicamente.

— Sim, eu me importo. Eu não queria, mas eu me importo. — Suspirando, ela me olhou sem entender.

— Você era uma das minhas melhores amigas, S/N, e você se afastou como se eu não fosse nada para você e agora age como se nada tivesse acontecido? — disse incrédula. Eu desviei o olhar e fechei os olhos com força.

— Eu não podia continuar sendo sua amiga... você não entende — falei cansada. Ela bufou.

— Eu realmente não vou entender se você não falar...

— Eu gosto de você! — interrompi-a, e ela me olhou surpresa.

— Eu gosto de você romanticamente, Flávia. Eu sou apaixonada por você e por isso me afastei — soltei a respiração que nem sabia que estava presa.

— Você... gosta... de mim? Eu... — ela estava em completo choque.

— E é por isso que me importo com você. Me importo até demais, então... se ele estiver fazendo algo com você, me avisa que eu quebro a cara dele agora mesmo — falei, brava. Ela sorriu, e eu senti um frio na barriga com aquele sorriso.

— Ele... eu não gosto dele. Ele é muito... agressivo, não sei — contou, e eu fiquei atenta.

— Agressivo? Ele já te bateu? — perguntei, séria, e ela negou.

— Não! Mas teve uma vez que ele apertou meu braço tão forte que ficou roxo por dias — ela falou triste. Flávia já teve seus dias ruins, mas nunca a tinha visto daquele jeito. Parecia que o brilho dela tinha sumido.

— Flávia, por que você não contou a alguém antes? Se ele faz isso, não está muito longe de te bater — me aproximei dela e dessa vez ela não se afastou.

— Eu sei, S/N. Já estava pensando em terminar tudo mesmo — deu de ombros. Nossos olhares se encontraram, e aqueles olhos castanhos ainda me olhavam com ternura.

— S/N, posso te perguntar uma coisa? — ela se aproximou mais, fazendo eu sentir a respiração dela contra meu rosto.

— Pode... — falei em um sussurro.

— Eu ainda teria alguma chance com você? — perguntou, sua voz baixa e rouca, fazendo eu me arrepiar.

— Você está dizendo que... — olhei para ela confusa, mas havia uma pontinha de esperança em meus olhos.

— Você me faz sentir coisas inexplicáveis, S/N. Só sou burra por não ter percebido isso antes — ela levou uma das mãos até meu rosto, acariciando. Meu Deus, eu nem acreditava que isso estava realmente acontecendo.

— Sim... você teria muitas chances comigo — sorri, e ela riu.

— Bom saber... — ela deixou um beijo no canto da minha boca e voltou para a mesa. Ri sozinha, incrédula, mas tão extremamente feliz.

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Eu ia fazer um final triste mas decidi que de triste basta a realidade né gente KKKKKK
Vamos ser feliz na fic!

Espero que gostem e eu aceito pedidos, então podem mandar que eu vou estar fazendo com o maior carinho. Bjs e votem e comentem!

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