Imagines atletas

Carolana

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Zé tinha dividido o time em dois para que pudéssemos treinar e jogar uma partida. No meu time estavam eu, Natinha, Rosa, Aninha, Júlia K e Macris. No time adversário, estavam Gabi, Nyeme, Tainara, Daroit, Carolana e Roberta. Com o apito de Zé, Gabi fez o saque, e Natinha recepcionou a bola, que subiu para mim. Eu a joguei numa diagonal curta, acreditando que não haveria chance de bloqueio.

Foi então que vi Carol subindo para bloquear. Em vez de conseguir o bloqueio, a bola atingiu diretamente o rosto dela. Carol caiu no chão, com as mãos no rosto. Assustada, corri até ela, passando por debaixo da rede. Ela estava gemendo de dor, as mãos cobertas de sangue. Quando ela tirou as mãos do rosto, vi que seu nariz estava sangrando.

— Meu Deus, Carol! Desculpa, eu não sabia que você iria aparecer! — falei desesperada, tentando ignorar o fato de que eu tinha pavor de sangue e estava quase passando mal.

— S/N, leve a Carol para a enfermeira e me avise se for algo sério! — ordenou Zé, ajudando Carol a se levantar. Ela se apoiou em mim e eu a conduzi até a enfermeira.

Enquanto a enfermeira fazia o curativo, eu andava de um lado para o outro, nervosa. Felizmente, não era nada grave; a pancada havia sido apenas muito forte. Saí dos meus pensamentos quando ouvi a voz de Carol pela primeira vez desde o acidente.

— S/N, daqui a pouco você vai abrir um buraco no chão se continuar — disse Carol, e eu parei de andar, aproximando-me dela.

— Você está bem? Por que você foi bloquear aquela bola? — perguntei rapidamente, e ela riu.

— Minha função é bloquear, S/N! — respondeu, como se fosse óbvio. Revirei os olhos.

— Aquela bola não tinha como ser bloqueada! Você sabe disso!

— Tá bom... tá bom... você está certa, desculpe — ela levantou a mão em rendição e eu me aproximei mais. Coloquei a mão em seu queixo, fazendo sua cabeça levantar, e observei seu nariz, que ainda estava um pouco inchado.

— Idiota... fiquei preocupada com você — falei baixo, e um sorriso de lado se formou em seus lábios. Só percebi quão perto estávamos quando ela suspirou e eu senti seu hálito em meu rosto. Nossos olhos se encontraram, e eu senti aquelas famosas borboletas no estômago. Seus olhos castanhos eram hipnotizantes. Minha mão deslizou do seu queixo para seu pescoço, e senti suas mãos envolvidas em torno da minha cintura.

— Ficou preocupada, é? — sussurrou no meu ouvido, dando um pequeno beijo na minha mandíbula.

— Fiquei muito preocupada... o time não pode perder nossa melhor bloqueadora — falei, passando o dedo indicador levemente pelo seu rosto. Ela sorriu com aquele sorriso encantador. Aproximando-me de seus lábios, nossos narizes se tocaram, fazendo-a gemer de dor e eu fazer uma careta.

— Acho que vai ter que ficar sem beijos por um tempo... — falei com um olhar culpado, e ela cerrou os olhos.

— Que castigo, meu Deus — choramingou ela, e eu ri do seu drama.

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