Flávia Saraiva

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Era a hora de eu dizer adeus a todo aquele sentimento que eu tinha guardado por anos, de deixar todo aquele amor forte que eu construí ao longo do tempo. Olhei a foto recente que Flávia postou, assumindo seu namoro. Meus olhos já transbordavam lágrimas novamente e meu estômago se revirava de enjoo. Era difícil, mas eu sabia que esse dia chegaria. Eu sabia que o amor que eu sentia por Flávia não era recíproco e me contentei em ser apenas amiga dela para não a perder de vez. Tola... eu já a tinha perdido.

Estava tão fraca para levantar, cansada demais para fingir que estava bem. Eu realmente queria que fosse eu. Não entendia por que não podia ser eu. Eu estive aqui durante tanto tempo e, em algum momento, achei que ela poderia gostar de mim também. Bom... agora meus sentimentos não eram tão importantes. Falar o que eu sinto não mudaria o que ela sente em relação a mim. Esse era o problema.

Desliguei o celular e me deitei na cama, tentando criar coragem para levantar e me arrumar para o treino. Teria que vê-la. Escutei o interfone tocar e estranhei. Não estava esperando ninguém. Arranjei forças para me levantar e atendi.

— Alô? A Júlia? Pode liberar. Obrigado.

Estava confusa, já que eu não tinha combinado nada com Júlia naquela manhã. Rapidamente, a campainha tocou e eu abri a porta para ver Júlia com sua mochila e roupa de treino já pronta.

— É... você está pior do que eu imaginava — ela disse, sorrindo tristemente.

Bufo em resposta e vou até o banheiro para ver meu reflexo. Eu estava quase irreconhecível. Meus olhos tinham olheiras fundas, estavam avermelhados e inchados, minha boca continha alguns machucados de tanto morder e meu cabelo parecia que não via uma escova há décadas.

— S/a, sei que não deve estar sendo fácil, mas você não pode faltar ao treino — Júlia falou com doçura, enquanto me abraçava fortemente.

— Vai passar, S/a... vai passar... — ela sussurrou, acariciando minhas costas. Permiti que minhas lágrimas tomassem conta mais uma vez.

Chegamos à CT e eu me olhei no espelho do carro de Júlia, tentando ver se a maquiagem conseguia esconder, pelo menos, minhas olheiras. Júlia desceu do carro e eu a acompanhei, pegando minha mochila e entrando. Já conseguíamos ver Jade, Flávia, Rebeca e Lorrane treinando. Júlia e eu fomos até elas e eu senti um enjoo subir ao ver Flávia sorrindo para mim.

— Bom dia, meninas — Júlia disse animadamente, abraçando uma por uma e colocando sua mochila junto com as delas.

— Bom dia, gente — respondi com um leve sorriso para todas, mas saí dali indo até nosso treinador e fisioterapeuta. Meu Deus... eu não conseguiria ficar ali sem desabar em lágrimas. Sabia que elas estranharam, já que eu costumava abraçar uma por uma e logo trazer uma conversa animada para o grupo. Hoje eu começaria com a fisioterapia no meu joelho e depois faria os aparelhos. Estaria sozinha para fazer isso, já que as meninas já teriam terminado e estariam na fisioterapia.

Após terminar a fisioterapia, fui até os aparelhos e, ao começar na trave, escorreguei e caí quando ouvi a voz de Flávia. Ela correu até mim, perguntando se eu estava bem.

— Mas que merda, Flávia! Que susto — falei, um pouco brava, mas minha expressão era de dor. Não havia sido nada sério, mas cair nunca era bom.

— Desculpa... — ela disse, meio triste, e eu percebi que havia sido grossa desnecessariamente.

— Desculpe por ter falado grosso. Não foi sua culpa — suspiro e percebo que estávamos perto demais. Me levanto e ela faz o mesmo.

— Você está bem, S/n? Está estranha hoje — ela pergunta, preocupada, e eu solto uma risada irônica.

— Está tudo bem, Flávia — falo, simples, e ela continua me encarando. Abre a boca para falar algo, mas seu celular toca. Vejo escrito "amor" no visor. Engulo em seco, tentando não deixar o enjoo me vencer, e entrego o celular para ela. Flávia agradece e atende com um lindo sorriso, um sorriso que nunca seria para mim. Arrumo minhas coisas para ir embora, e depois diria ao Chico que não estava me sentindo bem, o que não era mentira. Amanhã eu reporia o treino perdido.

Flávia me vê indo embora, mas não desliga o celular. Ela tinha outra prioridade, e eu sabia disso. Também sabia que a tinha perdido e que nada poderia ser feito.

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Um triste pq a vida não é um morangoKKKKKKKK

Espero que gostem e eu aceito pedidos, então podem mandar que eu vou estar fazendo com o maior carinho. Bjs e votem e comentem!

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