Sinto calor apesar do clima frio é meu nervosismo dando sinais, suspiro e passo as mãos sobre a roupa perfeitamente passada, tudo precisa está perfeito afinal vai ser minha primeira vez saindo sozinha, para me divertir!
Acabei de completar 18 anos e como presente de aniversário pedi para sair sozinha nem que seja uma vez, meu aniversário foi semana passada e a minha irmã disse que ia pensar com o anúncio do festival chegou a minha oportunidade de experimentar a liberdade, a Silvana, Sil para os íntimos minha irmã relutou muito, precisei implorar, ela é um tanto paranóica e controladora.Quando nossos pais faleceram em um trágico acidente de trânsito ela assumiu minha criação, tinha nove anos e ela vinte anos, fui aquela gravidez tardia, surpresa mamãe estava com quarenta e papai cinquenta e dois, fui a única sobrevivente, foi um engavetamento, motorista de uma carreta perdeu os freios e a tragédia aconteceu, muitos mortos, feridos, o nosso carro ficou imprensado entre um ônibus e uma caminhonete, a pancada me fez desmaiar na hora, quando despertei alguém do lado de fora segurava minha mão e dizia que tudo ia ficar bem, começo a chorar não podia me mexer, estava no meio de uma pilha de ferros retorcidos, meus pais não respondiam, tudo tão aterrorizante, depois de várias horas fui retirada com ferimentos superficiais, dos meus pais sobrou apenas pedaços, caixões lacrados e após foram cremados.
Sil mau nos custava, tinha sua vida estava no terceiro ano de contabilidade e noiva do Dário que tinha acabado de consegui passar no concurso para a polícia municipal, se conheceram na faculdade e ele a levou para morar com ele, paraim foi assustador de um lar calmo e amoroso passei a viver no caos, a Sil é estressante, mau deixou eu ter meu momento de luto, me criou na base do sufoco, tem um gênio um tanto controlador, daquelas pessoas neuróticas, tudo tem que está no lugar, alinhado, a vida dela é trabalhar e limpar a casa, faxina a casa praticamente todos os dias, Dário fica mais na rua por causa do trabalho e eu ela manda estudar, mau saio do quarto, só posso usar o celular uma hora por dia mais não posso ter redes sociais e jogos só se tiver propósito de raciocínio alguma coisa educacional então tenho muitos app de livros, também gosto de dramas asiáticos, séries, no dia a dia internet só para estudo ela faz questão de vasculhar o histórico do computador para ver se não estou entrando em sites ou abrindo perfis em redes sociais e tals, não posso usar maquiagem, roupas curtas, da moda, queria fazer mexas no cabelo mas ela não deixou, enfim ela manda e eu obedeço, é a regra, quando tento me impor deixa claro que me acolheu, me deu teto e parou sua vida pra me criar, usa disso para me tornar cada dia mais submissa as suas vontades, enfim pelo menos hoje vou ser normal, assim esperoDesço e os dois estão na sala, Sil se levanta e vem arrumar minha roupa, coloca a camisa para dentro da calça, olha no relógio e faz aquela cara de dúvida já tremi, me encara - Acho melhor você ir com a gente amanhã, você não tem noção de nada e...
Meus olhos marejam, quero muito ter um dia só pra mim, olho para Dário meu cunhado que é um pé no saco também mas é um pouco mais normal que a esposa, que percebe minha angústia.
- Amor deixa ela! Já tem 18 anos a educamos bem, sem grilos , aqui .... - Tira algumas notas da carteira e me dá
- Nada de bebidas alcoólicas e fica longe daqueles desgraçados dos ciganos, são um bando de marginais, ladrões safados!
Agradeço e antes que a Sil surte saio correndo, o festival e a dois quarteirões de casa, é o famoso festival de inverno, escuto a louca da minha irmã gritando
- MEIA NOITE EM CASA MOCINHA, MEIA NOITE!
- TÁ! - Apresso o passos já começo a escutar as músicas típicas, conforme ando vou notando os cartazes pelos postes, muros, ultimamente vem acontecendo vários sumiços na cidade e nas cidades vizinhas, alguns corpos foram encontrados desfigurados, todos apavorados e chegaram a cogitar até em um serial killer, o prefeito decidiu adiantar a data do festival para abafar o medo,
o festival serve como distração um pouco de diversão já que todos estão tão tensos ultimamente.
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Shukar
ParanormalPaula 18 anos, nunca beijou, foi a festas, não tem amigos, sua vida é estudar, sem parar por imposição da irmã mais velha que praticamente a criou, autoritária, rígida, controladora. A única esperança de Paula era a faculdade, seria seu escape até e...